3.5
Confesso que sentir falta das patricinhas no bar essa semana, Sebas falou com Valentina que o tranquilizou sobre o processo.
Hoje tem o evento em que vou trabalhar com Júnior, saímos mais cedo do bar, fui correndo em casa e agora estou chegando no endereço.Riquinhos? Isso é pouco para definir uma mansão.
O segurança vem até o portão e informo que sou barman para festa, ele pede meu documento e o entrego, depois de conferir a lista sou liberado para entrar sigo para o local indicado onde poderia estacionar, Júnior está ali descarregando o furgão.
- Riquinhos não é? Ele faz uma careta.
- Não é a primeira vez que trabalho para eles. Ele indica o local e o ajudo com as caixas.
Depois de organizar o bar, nos chamam para jantar e logo depois fomos nos trocar.
- Sério? Gravata borboleta? Ele rir e vai para frente do espelho colocar a sua.A festa começa, fico no bar preparando as bebidas e Junior ao meu lado servindo, fora os garçons que circulam.
- O senhor que está se aproximando é o dono da festa. Assinto e continuo preparando.
- Boa noite, um martini.
- Podemos lhe oferecer um drink senhor? Junior pergunta e ele tira os olhos do celular penso até que vai recusar.
- Aceito. Então preparo algo com menta e limão.
Coloco na frente dele, que olha para mim pega a bebida e experimenta. Continuo preparando outros.
- Como é seu nome meu rapaz?
- Ruggero.
- Ficou muito bom Ruggero, obrigado. Assinto, não imaginava um agradecimento e lembro de Agus falando que nem todos são iguais.
No meio da noite antes de servirem o jantar o local já está cheio deles.
Me abaixo para pegar uma caixa de morangos quando Júnior tosse engasgado.
- Tudo bem ai? Pergunto ele olha para mim e depois para frente, então levanto.
- A porra.
- Você conhece?
- Queria não conhecer.
- Que gata cara. Estou preparando o coquetel e olho para ela entrando no salão com um blazer preto aberto e uma saia preta curta para variar e um salto alto que a deixa com a bunda ainda mais empinada, e quando ela se vira percebo que está vestida somente com um sutiã preto sexy, o dono da festa se aproxima e beija seu rosto, ela revira os olhos fala alguma coisa empina o queixo faltou só bater os pés, como uma garotinha mimada.
Uma mulher muito parecida com ela se aproxima e elas conversam então aponta para o bar.A mulher sorrir para mim e cumprimenta, arrisco o olhar por cima do seu ombro e ela está ali parada olhando para mim.
Escuto o pedido da senhora e quando volto a olhar um cara segura o braço dela e a arrasta sumindo por um corredor.
Isso não devia ser da minha conta, então continuo fazendo meu trabalho.
Ao menos até o bar ficar cheio e não paramos um minuto, em um certo momento um grupinho se forma ali e a fumaça começa, cigarro e charuto e não sei mais o que.
Isso não me incomoda, só que se inalar por muito tempo minha respiração diminui e preciso fazer o uso da bombinha, o que já está acontecendo porque já fiquei ruim com a porra do gato em casa e agora isso.
Puxo o ar com um pouco de força, Júnior serve o mais rápido que consegue porque o grupo simplesmente resolveu se instalar bem aqui.
- Rugge vai eu cuido.
- Não... Eu...
- Vai logo cara eu seguro aqui.
Largo tudo e ando rápido com o peito apertado, tiro a gravata, empurro a porta e abro minha mochila procurando a bombinha, mas não encontro, jogo tudo no chão e nada de encontrar, sento encostando as costas na parede apoiando os braços no joelho e tento respirar normalmente, fecho os olhos esperando que a sensação melhore e me sinto sufocar.
- Abre a boca. Abro os olhos surpreso.
- Vamos. Abro a boca e ela aperta uma vez engulo e puxo o ar.
- Devagar, isso, de novo vai. Seus olhos não saem dos meus.
Ela se inclina e abre os três primeiros botões da minha camisa.
Ficamos por um tempo em silêncio, seu olhar em mim, e minha respiração ofegante.
Quando sinto o ar sair dos meus pulmões mais livre suspiro aliviado.
- Você está bem agora?
- Estou, como você sabia que...
Então lembro das bombinhas que estavam na minha mochila.
- Eu tinha alguém parecido em casa, meu irmão tinha asma, e minha avó nunca deixou faltar. Ela levanta a bombinha.
- Toma vai que você precisa novamente.
- Não, eu só esqueci de colocar na bolsa.
- Eu vi aquele grupo fumando e quando você saiu do bar eu só... Bem só pensei que poderia ajudar.
- E ajudou, obrigado. Fico em pé e fecho os botões.
- Para onde vai?
- Tenho que voltar para o bar. Ela assente e volto para o bar.- Tudo bem? Junior pergunta e afirmo que sim e logo a senhora de antes aparece pedindo um dirnk.
- O de frutas vermelhas vó é a especialidade dele. A senhora sorrir.
- Se ela disse que é sua especialidade então eu quero provar. Ela está com uma taça de champanhe nas mãos e levanta para mim.
- Como você se chama?
- Ruggero.
- Eu sou Helena.
- É um prazer conhecê-la senhora.
Entrego o drink e ela experimenta, olho para onde Karol estava e o cara de antes está ali com ela, que revira os olhos e olha para as unhas.
- Você conhece a minha neta?
Volto meu olhar para a senhora que tem um sorrisinho no canto dos lábios.
- Ela gostou do drink.
- Ela tem razão é divino, Karol querida venha até aqui, faz um para ela também porfavor.
- Sente- se aqui querida o Ruggero vai preparar um para você também.
- Quando essa palhaçada vai acabar vó?
- Você sabe como é o seu avô.
- Eu sei bem o que ele pretendia essa noite.
- Karol podemos conversar. O cara de antes. Ela se vira.
- Não, acho que você se faz não é possível.
- Calma querida.
- Calma? Eu vou mandar ele se foder se não sair daqui. Troco um olhar com Júnior.
- Marcos querido acho melhor da um tempo para ela.
- É Marcos querido escute a dona Helena ou sou capaz de esmagar suas bolas. Seguro a risada e olho para Júnior que está do mesmo jeito, o cara sai irritado.
- Bonequinha não foi isso que eu te ensinei.
- Não, é verdade tem razão, perdão vovó eu avisei não é, deveria ter ido lá e esmagado as bolas dele. A avó rir que joga a cabeça para trás.
- Bem eu vou atrás do seu avô, os garotos vão lhe fazer companhia, só não deixe que ela exagere ou aquele rapaz vai ficar sem as bolas. Ela beija o rosto da neta e vai.
- Então esse era o seu problema com álcool, você tem um instinto assassino, ou melhor esmagador de bolas. Ela sorrir e aceita a bebida.
- Você está bem mesmo? Faço que sim.
- Rugge podemos fechar o bar.
- Que inveja vocês já vão?
- Acho que sim.
- Queria poder fugir daqui. Ela parece irritada.
- E porque não faz?
- Sem que esses armários me sigam. Ela faz sinal e vejo os seguranças.
- Quem é você, a filha do presidente?
- Pior a neta de Bernardo Sevilla.
- Fiu. Assobio pois sei que é dono de uma rede de hospitais, inclusive o que tem perto da minha casa.
- Bem poderia te oferecer uma carona, mas não acho que vai querer subir na garupa de uma moto. Ela faz uma careta.
- Foi o que pensei.
- Eu não disse que não aceito. Olho para ela.
- Quanto tempo?
Observo o que tenho para guardar.
- Quinze minutos na saída para funcionários minha moto está ali.
Ela termina a bebida e sai.Quinze minutos depois estou fechando meu casaco quando ela aparece com um coque no cabelo e uma jaqueta de couro preta em cima de um moletom e olho para baixo.
- Você tem noção que está de saia?
- Nem vem, não vou colocar calças adoro minhas pernas.
- Eu também. Ela levanta a sobrancelha.
- Quer dizer não é nada contra suas pernas elas são ótimas mas...
Paro de falar pois me atrapalhei todo coisa que não acontece, abro o compartimento tirando o capacete e ela põe na cabeça rapidamente e se aproxima de mim colocando minhas mãos em sua cintura e fico sem entender.
- Os seguranças, eles não me viram sair, eu troquei de roupa e prendi o cabelo. Ela sussurra e arrumo o capacete observando eles passarem por nós.
Ligo a moto e estendo uma mão ajudando ela a subir pego a mochila que estava pendurada no outro braço e coloco entre nós.
- Vai ajudar que ninguém veja sua calcinha.
- Você está preocupado com a minha calcinha? Saiu da casa passando pelos seguranças que não percebem em momento algum quem está na minha garupa.

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O Depois
FanfictionEu queria não ter forças, queria não levantar, queria não falar, queria não fazer se quer um movimento mas não, sou um ser humano e fui feito com um instinto de sobrevivência e por mais que a vida bata eu continuo em pé. Como? Não tenho ideia, eu s...