Na manhã seguinte fiquei de encontrar com Valentina no café e confesso que estava preocupada se Ruggero olharia ao menos na minha cara, se fosse comigo eu não faria me conheço sou ótima com amizades mas se pisar na bola comigo eu sou vingativa.Empurro a porta de vidro e o sininho faz barulho a loira já está ali rindo alto de algo que Sebastián falou.
- Aí está você. Ela salta do banquinho e nos abraçamos.
- Eu te proíbo de viajar por tanto tempo assim. Falo.
- Eu sei meu bem eu senti sua falta. Nos afastamos e retiro meu casaco.
- Não acredito que você deu meu sonho para ela? Ele rir e me inclino sob o balcão para dar um beijo em sua bochecha.
- Os seus estão guardados, apesar da loucura de ontem, sentimos falta das duas essa semana. Olho ao redor procurando-o.
- Onde está meu amigo bonitão? Pergunto.
- Ele vem no horário do almoço, precisou passar no hospital.
- Mas ele está bem?
- Sim, agora está. O telefone dele toca e fico com o agora está.
A garota simpática pega nossos pedidos e vamos para uma mesa.
- Estive procurando a noite inteira.
- O que?
- Um meio, segundo o que papai conseguiu, dê uma olhada. Pego os papéis.
- Então quer dizer que preciso ter uma quantidade de ações superior ao candidato do conselho e expressamente ser casada. Bufo.
- Porque eles são tão retrógrados.
- Isso era para evitar vai e vem de mulheres já que a presidência quem assumia eram os homens.
- Isso é ridículo.
- Foco aqui. Ela faz um esboço no papel.
- Você tem sua parte e do seu pai, mas falta as ações do Caio, como sua irmã você pode reaver.
- São cinco por cento, se eu consigo vou a trinta.
- Isso eu contatei um detetive. Minha cara confusa denuncia.
- Agustín, precisamos encontrá-lo, com o último só conseguimos um número e já falaram que não é dele, então precisamos de um melhor.
- Eu não sei mais onde procurar, eu vasculhei seu quarto, fui até a casa onde moravam meus tios e não encontrei nada.
- Vamos acha-lo, ele é nossa chave, você chega a cinquenta e cinco e nem seu avô tem isso, o conselho não vai poder opinar e você toma seu lugar.
- Você está esquecendo de algo muito importante. Ela me olha.
- Eu não tenho um marido e o príncipal não pretendo me casar. Ela revira os olhos.
- Isso é o de menos vamos encontrar o Agus o resto a gente ajeita.
- Tudo bem vai. Passamos mais algumas horas ali conversando e nos despedimos de Sebastián, resolvo ir até o hospital ver como estão as coisas.
Converso um pouco com o diretor um pouco que me conforta sobre a escolha do conselho, mas não me dou por vencida.
Quando estou passando pelo ambulatório paro.
Um cara de costas é idêntico a Ruggero, chamo mais ele não me ouve.
A médica parada olhando para porta está com uma expressão triste.
- Desculpe aquele rapaz. Aponto para a porta.
- O Ruggero, você o conhece?
- Sim, sei que não deveria perguntar pois tem todo o código de médicos. Ela franze o cenho.
- Sou Karol Sevilla. Levanto a mão e ela fica surpresa.
- Senhorita Karol me desculpe não sabia que era você.
- Está tudo bem, aquele paciente é um amigo e preciso saber o que ele tem, pois o seu problema de saúde é grave.
- Sim, ele teria que fazer uma revisão todo ano, e se for o caso fazer o tratamento específico.
- Porque ele ainda não fez?
- Ele não tem seguro.
- Ruggero não tem seguro. Repito suas palavras e a medica pega um prontuário.
Saiu com esses pensamentos, olho para o bar do outro lado mas rapidamente algo entra no meu campo de visão, reviro os olhos, e sigo o caminho ao contrário para o ponto de táxi.
- Karol por favor vamos conversar.
- Não temos nada para falar Marcos. Ele segura meu braço.
- Eu quero você ao meu lado na presidência, não vou fazer isso sozinho.
- É claro que você precisa de mim, fui eu que fiz o projeto como vai saber colocar para funcionar cada coisa se não participou de nada.
- Querida pense bem, aquele lugar é seu, eu estou assumindo por mera formalidade mas vai ser você. Solto uma risada amarga.
- Eu não nasci para viver na sombra de homem, mesmo com condições financeiras excelentes eu me esforcei muito e batalhei para sentar ali sem você.
- Amor é só questão de tempo podemos sempre mudar tudo... Ele se aproxima coloca as mãos no meu rosto.
- Eu te amo, vamos só nos casar logo e poderemos mudar o que você quiser.
- Não.
- Não? Mas Karol.
- A minha resposta ainda é não. Dou as costas e aceno para o táxi.Já deitada na cama meu celular vibra e vejo um número desconhecido.
- Soube que me procurou hoje "amiga" espero que esteja tudo bem.
Seu amigo bonitão.
- Ei bonitão, fiquei preocupada você está bem?
- Estou ganhei um dia de folga, volto ao trabalho amanhã. Uma ideia me passa pela mente.
- O que está fazendo?
- Vendo tv.
- Certo.
- ???.Coloco um casaco em cima do meu pijama e agarro uma bolsa colocando uma roupa dentro, arrasto a bolsa com o laptop e desligo as luzes, saiu pelas portas dos fundos onde a segurança é menor e entro no táxi informando seu endereço, no caminho passo para comprar um lanche e sorvete.
Vou subindo as escadas e ligo para ele.
- Você não dormiu não é?
- Não.
- Isso é bom.
- Porque? A porta da vizinha se abre.
- Gata Selvagem. Ela fala sorrindo.
- Gata Selvagem? Ele repete.
- Estou na sua porta bonitão. Sorrio de volta para ela.
- Olá, espero que seu gato não esteja fazendo visitas.
- De jeito nenhum, meu gatinho não é empata foda. A porta já está aberta e ele está olhando de uma para outra.
- Até mais gatinha.
- Até mais vizinha. Ele se encosta na soleira da porta.
- A que devo a honra patricinha ou devo chamar de gata selvagem?
- Bem esses apelidos vieram de você, de qualquer maneira estava entediada e queria companhia.
- Bem se você me garantir que amanhã não vai ter o FBI na minha porta. Reviro os olhos e levanto a sacola e depois a outra.
- Sorvete.
- Porra não acredito que me ganhou pela barriga. Solto uma gargalhada e ele me puxa para dentro fechando a porta em seguida.
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O Depois
FanfictionEu queria não ter forças, queria não levantar, queria não falar, queria não fazer se quer um movimento mas não, sou um ser humano e fui feito com um instinto de sobrevivência e por mais que a vida bata eu continuo em pé. Como? Não tenho ideia, eu s...