- Karol é você? Escuto a voz do meu avô assim que fecho a porta de casa.
Ele olha a hora no relógio e depois para mim e me preparo para mais uma discussão.
- Onde esteve, sentimos sua falta em casa.
- Estava trabalhando. Apoio a bolsa no sofá e ele ergue uma sobrancelha, meu sorriso aumenta.
- Nada com que deva se preocupar só estava me divertindo.
- Quando sua raiva vai passar avô com saudade aqui.
- Quando você tomar juízo seu Bernardo. Ele faz bico.
- Vô, eu amo você, mas o que fez comigo machucou, eu nunca pensei em me decepcionar com você mas aconteceu.
- Querida existem coisas que estão além de mim. Aceno com a cabeça.
- Pois é, existem coisas que estão além de mim também.
- Sabe estive avaliando o seu projeto...
- Meu projeto foi roubado não é meu. Ele faz um gesto com a mão como se não fosse nada.
- Então eu percebi algo que você não terminou foi uma ideia. Ele olha para mim e sei exatamente do que está falando.
- Acho que você poderia terminar não é? Eu gostei da iniciativa o hospital no Brooklin precisa de um atendimento maior e muitos ali não tem condições para isso.
- Eu vou trabalhar e desenvolver essa ideia, mas como acionista, já que não faço parte da comissão administrativa.
- Não precisa ser assim você sabe, o Marcos fez tudo pensando em você. Solto uma gargalhada.
- Nem o senhor pensou em mim quanto mais ele.
- Querida você o amava tenho certeza que pode deixar de lado... O interrompo novamente.
- Vô, o que é o amor? Ele se cala.
- Vamos me responda o que é o amor, eu já lhe fiz essa pergunta uma vez e não foi tão difícil responder.
O amor é uma construção de duas pessoas sábias que decidem ser amigos, companheiros cúmplices e amantes.
Que apesar dos problemas que nunca faltam se escolhem todas as manhãs para continuar caminhando juntos pela estrada chamada vida.
- O senhor disse bem, amigos, companheiros e cúmplices eu não escolheria alguém como Marcos para caminhar comigo nessa estrada e eu sei que apesar de tudo a única coisa que o senhor presa ainda é o amor ao menos foi assim que me criou, então esqueça.
Porque ele não faz parte da minha escolha. Ele so assente e eu vou para o meu quarto.Na manhã seguinte me arrumo como de costume e pego todo meu material, está na hora de fazer algo.
Encontro vovó e tomamos café da manhã juntas, conversamos um pouco e vou para a escritório da Sevilla.
Não tenho sequer um lugar aqui, mas está na hora de mudar isso.
Entro na presidência e Ana sorrir para mim.
- Ana a sala do meu irmão ainda está vazia. Ela arregala os olhos e acena que sim.
- Ótimo estarei me instalando lá. Quando vou entrando na sala.
- Karol. Marcos está parado no corredor e sorrir para mim eu só reviro os olhos e entro batendo a porta o que é inútil porque ele entra logo em seguida.
- Então resolveu aceitar, eu sabia que isso iria acontecer...
- Não sei do que está falando, estou aqui porque esse lugar é meu. Viro a plaquinha do meu irmão para que ele veja escrito, diretor executivo geral.
- Você não pode tomar esse...
- Não só posso como já tomei, retiro os papéis da minha bolsa com toda documentação do meu irmão.
- Eu posso não sentar na presidência e não fazer parte do conselho administrativo, mas esse cargo aqui é só meu. Sorrio falsamente, então desculpe chefe eu tenho muito trabalho a fazer, acredito que você também. Aponto para porta e me inclino apertando o botão no telefone.
- Ana todas as questões que antes eram para o meu irmão e que estão na presidência pode mandar diretamente para mim.
- Você sabe que ainda não assumir por completo preciso...
- Você pode achar alguém na esquina, ela vai fazer exatamente o que você quer. Me concentro no computador e só escuto a porta bater.Minha manhã foi dívida em assinar contratos e duas reuniões, mas não aguentava ver Marcos querer dar ordens e meu avô como seu cachorrinho encerrei meu dia, afinal era um sábado e não vou ficar enfurnada ali, ao menos fora eu consigo pensar melhor.
Entro no bar e Sara já está ali, me abraça de lado e aponta para a mesa que costumo ficar.
Estava distraída, quando um copo é colocado na minha frente e meu computador abaixado.
Sorrio ao ver Ruggero, meu colírio diário.
- Obrigado bonitão estava mesmo precisando.
- Que bom, porque eu caprichei.
- Acho que quem caprichou foi a sua mãe, não estava falando do suco e sim de você meu colírio. Ele rir e senta ao meu lado, deixa um beijo na minha testa.
- O que está te preocupando. Franzo o cenho.
- Você está em tempo de passar pela tela do computador, pensei que iria chorar por não conseguir. Meus ombros caem e ele passa um braço sob os mesmos.
- Como posso te ajudar? Sorrio fraco.
- A menos que entenda em como posso resolver isso... Levanto a tela e ele ler tira o braço do meu ombro, se aproxima da tela novamente e olha para mim.
- Você está falando sério?
- Eu ainda não sei como fazer, mas eu preciso ajudar a demanda de emergencia é enorme para coisas ambulatoriais, não quero te encher com isso.
- Não, é isso... É... Incrível. Sorrio fraco.
- Eu não sei o que fazer, ainda não é incrível.
- Karol a iniciativa é incrível. Ele pensa um pouco.
- Você tem em média essa quantidade de atendimento na emergência, já pensou em criar uma quantidade diaria, e colocar os médicos do ambulatório diretamente na emergência ao invés do paciente ir para o pronto socorro ele saberia que pode ser atendido ali.
Cria um cadastro, estabelece a quantidade, talvez assim ajude. Ele fala fazendo esboços no meu bloco e estou chocada.
- Eu espero que você não esteja passando mal.
- Estou chocada, eu passei meses tentando algo e não cheguei a isso, você sentou aqui e iluminou a porra do meu dia. Ele rir que os olhos se fecham.
- Vou te dar uma recompensa por isso bonitão. Falo e ele levanta aquela sobrancelha safada para mim, aproveito e me aproximo um pouco mais do seu rosto e vejo seu sorriso se desfazer e ele engolir em seco, aquilo me deixa com mais vontade, acabo mordendo a pontinha do lábio inferior e seu olhar cai ali, ele passa a língua nos lábios super sexy.
- Se eu colar minha boca na sua, e fizer minha língua deslizar na sua garganta o que acha que vai acontecer. Ele sorrir super sexy agora.
- Não acho que isso vai dar certo aqui.
- Tem razão, se fizer isso a plateia pode assistir a nossa rapidinha.
- E quem falou de rapidinha, é impossível.
- Tem razão.
- Tenho?
- Olhe só para você, não sei nem por onde começar. Ele morde os lábios o que me causa um formigamento.
- Quem disse que é você que vai começar?
- Disputa de poderes, adoro isso deu até calor.
- Só calor? Ele me desafia.
- Bem minha calcinha pode... Ele tapa minha boca com a mão.
- Chega não quero ouvir da sua calcinha. Ele se afasta.
- Vou trabalhar.
- E chupar gelo. Ele volta a me olhar.
- Diminui o calor.
- Você é doida garota. Ele me puxa para os seus braços e me aperta forte e adoro esse abraço.
- Obrigado por me ajudar você é incrível.
- É você quem vai fazer acontecer não eu.
- Mesmo assim a ideia foi sua, você leva jeito para os negócios.
- Sebastian também fala a mesma coisa.
- Você deveria ouvir e fazer algo a respeito.
- Eu sou formado em administração.
- Mentira, e quando pensou em me dizer vou te contratar já. Ele rir.
- Eu já tenho um emprego sabia.
- Eu dobro seu salário.
- Ei alguém está tentando me roubar funcionário. Sebastian aparece e reviro os olhos.
- Estraga prazer eu estava quase conseguindo.
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O Depois
FanfictionEu queria não ter forças, queria não levantar, queria não falar, queria não fazer se quer um movimento mas não, sou um ser humano e fui feito com um instinto de sobrevivência e por mais que a vida bata eu continuo em pé. Como? Não tenho ideia, eu s...