4.5
Eu não sei o que me deu para está na garupa de um cara totalmente desconhecido.
Eu não sou assim, não faço as coisas por impulso, tomo meu tempo para pensar sempre, mas desde que o cafajeste do meu ex, fez a cachorrada comigo que minha vida não está mais nos trilhos.
Pior de tudo é ter meu avô o homem que me criou e que eu amo mais do que tudo nesse mundo, se aliar com esse idiota e fazer uma sujeira dessa comigo, e ainda achar que eu me casaria porque para ele o homem é quem assume a diretoria, só que ele não contava que eu jogaria tudo para o ar.
Eu não estudei, me preparei e sonhei em administrar a rede de hospitais da família para vim um idiota tomar meu lugar e principalmente me passando a perna, de jeito nenhum.A velocidade da moto diminui e ele para em um drive-in.
- Para onde quer que eu te leve?
- Sinceramente. Ele me olha com atenção.
- Não tenho a mínima ideia. Ele pensa por um instante.
- Cade a loira?
- Valentina está viajando, me deixa em qualquer ponto de táxi eu só precisava respirar um pouco e ficar longe daquela casa.
- Entendo. Ele rir.
- Do que você está rindo?
- Essa era a sua fuga?
- Porque você tem uma melhor?
- Deixe-me adivinhar, essa é a sua primeira fuga? Arregalo os olhos e ele rir.
- Bem já que seus planos são super empolgantes, acho que se comprar algo para comer e se abrigar na minha casa não é algo que esteja nos seus planos.
- Sua casa? Questiono.
- É, não estou insinuando nada, você disse que não tinha para onde ir hoje.
- Um hambúrguer com fritas está ótimo.
- Olha só me surpreendeu.
- Você não sabe nada sobre mim bonitão.
- Bem patricinha nem você sobre mim.
Fizemos nossos pedidos e o caminho até sua casa fiquei pensando no que aconteceu na festa.- Bem vinda a minha humilde residência.
Entro e observo o apartamento, é bem pequeno mas aconchegante e limpo, sério não tem uma peça de roupa espalhada, nem sapato e nem caixa de pizza ou garrafa de cerveja típico de homem.
Ele entra por uma porta e quando volta está só com a camiseta os braços de fora e uma tatuagem amostra são chamas ao redor do braço direito.
- Fique a vontade. Ele fala e vai entrando na pequena cozinha e pega pratos colocando na mesinha de centro e ainda estou em pé.
- Ei você não pensa em ficar aí a noite inteira não é? Saiu do meu transe e apoio a bolsa no sofá, tirando minha jaqueta e o moletom, estou com um body preto com transparência abaixo dos seios, e abro o zíper das botas deixando ela na entrada.
- Senta aqui. Ele já arrumou tudo e passamos a comer.
- Você mora sozinho?
- Sim, já algum tempo, e você mora naquela mansão?
- Sim, desde pequena.
- Você e seu irmão?
- Era.
- Era? Engulo em seco.
- Meu irmão morreu já faz alguns anos.
- Eu sinto muito.
- Tudo bem, já faz algum tempo. Pigarreio.
- Você tem um pouco de sotaque. Ele sorrir e agora vendo bem de perto é muito bonito.
- Sou italiano.
- Uau está bem longe de casa.
- Bom eu vim bem pequeno então não é que sinto falta do meu país e não tenho nenhum parente me esperando.
- Porque? Desculpe não precisa responder.
- Sou filho único ao menos que eu saiba, e perdi minha mãe.
- Sinto muito. Fico em silêncio.
- Ruggero eu quero pedir desculpas, eu me sinto horrível de verdade. Ele arqueia a sobrancelha.
- Eu não te conheço e te acusei de ser... bem isso não foi legal.
- Tudo bem já passou, acho que agora você me conhece um pouquinho não é?
- Claro somos amigos. Falo me achando.
- Amigos? Ele pergunta.
- Porque não? Olha que eu sou a melhor amiga que alguém poderia ter.
- Tem alguém aqui que o ego é muito grande.
- Vai dizer que não?
Você adoraria ser meu amigo que eu sei. Empurro seu braço e ele rir.
- Certo amiga, você quer uma camisa?
Olho para ele questionando.
- Vai dormir assim? Olho a hora.
- É tudo bem eu aceito.
- Vem pode dormir no quarto eu fico com o sofá.
- Eu posso ficar no sofá, não vou tirar você da sua cama.
- Olha a patricinha querendo dormir no sofá?
- Esqueça o que eu disse você fica com o sofá. Ele rir e o sigo até o quarto.
Que como a casa está muito arrumado, até mais do que o meu.
Me entrega uma camisa e deixa toalhas para mim.
- Boa noite princesinha fora do castelo.
- Cachorro. Entro no banheiro e retiro minhas roupas, abro a torneira e deixo a água cair molhando todo meu corpo.
Depois de seca coloco a camisa e o cheiro dele é tão bom, solto os cabelos e saiu do banheiro, levanto o cobertor e me aconchego nos travesseiros dele.
Quando estou quase cochilando escuto um barulho, e logo depois algo se mover em cima de mim, fico dura no lugar e abro os olhos devagar quando viro a cabeça, grito no susto.
A porta se abre e Ruggero aparece na hora que pulo da cama, esquecendo que estou com um cobertor que enrosca nas minhas pernas ele tenta me segurar mas perde o equilíbrio e caímos os dois na cama.
- O que aconteceu? Ele pergunta e levanto a cabeça, o que faz ele passar a mão no meu rosto afastando as mechas do meu cabelo nossos olhares se prendem um no outro e meu coração acelera então escutamos um miado e olhamos imediatamente para o outro lado.
- Aquilo aconteceu, ele estava em cima de mim, porque não me avisou que tinha um gato. Você não pode ter um gato.
- A felino filho da puta. Ruggero puxa o cobertor e joga de lado e me puxa para cima para que me equilibre nas pernas.
- Essa peste não é minha é da vizinha nua tarada.
- Como?
- Uma longa história, não sei como ele consegue entrar aqui.
- Não pegue nele. Falo um pouco alto.
- Eu tenho que tirar ele daqui ou vou ter que detetizar a casa.
- Deixa que eu pego.
- Pensei tivesse medo. Ele diz quando seguro o gato.
- Não tenho.
- E porque gritou?
- Porque ele me assustou passando a mão... Ops a pata em mim.
- Gato safado. Caminho ate a sala e abro a porta.
- Onde eu deixo? Uma porta se abre e uma morena está saindo.
- Noé, então foi aí que se meteu.
- Esse gato é seu?
- Sim. A mulher responde e atravesso o corredor empurrando o gato em seus braços.
- Obrigado.
- Obrigado um caralho, não deixe seu gato zanzando e invadindo a casa dos outros, não quero ele aqui de novo ou não verá seu felino.
- É você é realmente uma gata selvagem.
- Oi.
- Nada não, pode deixar ele não vai mais incomodar vocês.
Quando chego a porta empurro Ruggero para dentro que está segurando a risada, que não demora a explodir quando eu fecho a porta.
- Qual foi a graça.
- Patricinha você é barraqueira não imaginei.
- Ela me chamou de gata selvagem.
- Ah isso é culpa minha, ela vive me convidando para entrar quando devolvo o gato. Minha sobrancelha vai lá em cima.
- Eu respondo que tenho uma gata selvagem na cama.
- Há. Ela pensou então... Que... Hum ... Bem.
- Isso mesmo.
- Acha que ele vai aparecer durante a noite?
- Acho que a vizinha ficou com medo suficiente para trancar o gato em casa.
- Ótimo, sua cama é maravilhosa não quero dividi-la com gato.
- Bem talvez um outro tipo de gato. Dou risada.
- Voce dorme no sofá hoje bonitão. Ele pisca um olho e volto para o quarto.
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O Depois
Fiksi PenggemarEu queria não ter forças, queria não levantar, queria não falar, queria não fazer se quer um movimento mas não, sou um ser humano e fui feito com um instinto de sobrevivência e por mais que a vida bata eu continuo em pé. Como? Não tenho ideia, eu s...