Parte 33

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- Karol querida é você? Vovó vem descendo as escadas quando vou entrando na sala.
- Sim, o que aconteceu? Pergunto já porque ela parece um pouco agitada.
- Nada demais, só o seu avô fazendo drama. Reviro os olhos e ela sorrir.
- Preciso dizer que estou orgulhosa da mulher que você se tornou? Me aproximo e a abraço.
- Hum esse sorriso lindo é só pra mim ou tem alguém por trás dele. Suspiro e pego minha bolsa que havia apoiado no sofá.
- Tem, o meu para sempre.
- Aí falando em para sempre enviei para o seu email uma lista do que já consegui.
- Do que a senhora está falando?
- Seu casamento, achou mesmo que eu iria deixar passar assim?
- Certo vó, só não exagera está bem? Ruggero não tem nenhum familiar, não está acostumado com festões e essas coisas.
- Ele se casou com uma Sevilla você é a festa em pessoa. Dou risada.
- Tudo bem do que precisa?
- A data, e já que você revelou que se casou, não vai demorar muito e estará na mídia a nova presidente e o seu casamento então que tal final do mês.
- Vó final do mês é em uma semana. Ela dar de ombros.
- Como vou conseguir um vestido em uma semana.
- Basta me dar ok e eu consigo tudo.
Bato a mão na testa.
- Vou falar com Ruggero.
- Enquanto isso vou fazer os pedidos.
- Espere nós ainda não concordamos.
- Sabe que ninguém diz não para mim. Ela fala e vai saindo me deixando sem palavras.
Corro escada acima para me arrumar e ir trabalhar.
O que foi um verdadeiro caos, aquela empresa virou um inferno, minha porta eu deixei aberta porque não aguentava mais as pessoas batendo e pedindo para entrar.
Quando consegui respirar peguei o telefone e enviei uma mensagem para Ruggero, minha cabeça ainda viajava para nossa noite juntos a mais linda e especial em toda minha vida, que me fez sentir viva como nunca antes.
E mesmo se não tivesse confessado seus sentimentos por mim eu sabia, eu sentia ele me amava, com cada toque e cada suspiro era amor puro e divino.
- Karol... Reviro os olhos.
- O que quer Marcos?
- Preciso que reveja esse contrato de compras. Ele apoia na minha mesa e o pego analisando.
- Tem mais alguma coisa? Pergunto porque ele ainda está em pé.
- Porque fez isso, o meu amor não era o bastante? Levanto a cabeça.
- Não era amor o que sentíamos.
- Ao menos da minha parte era. Ele diz.
- Você não trai e apunhala a pessoa que ama. Minhas palavras me fizeram pensar no meu avô, que amor é esse que ele sente por cada neto.
- Você não precisava correr para outro Karol eu poderia te dar tudo.
- Aí é que está eu não precisava de nada já tinha tudo, e quando o encontrei ele me completou e então descobrir que três anos ao seu lado não se comparava aos meses em que o conheci.
Sabe Marcos eu espero que encontre a sua pessoa mas antes que isso aconteça que você saiba o verdadeiro valor que uma amizade pode ter, se era só isso, eu peço a Ana que entregue a você assim que terminar. Volto para o computador e não lhe dou mais atenção.

Não consegui sair para almoçar então quando as lombrigas gritaram, olhei no relógio e passava das quatro da tarde.
- Ana cancela tudo, estou com fome e mau humorada com a barriga roncando. Ela rir alto do meu surto na porta da sala.
- Já acabou Kah você teria uma reunião com o sistema financeiro mas posso remarcar para amanhã.
- Obrigado Aninha. Pego a bolsa e saiu correndo, João está com a porta do carro aberta.

Aviso a ele que me deixe aqui e não precisava me esperar.
Empurro a porta de vidro e procuro pela minha visão maravilhosa.
O encontro anotando um pedido em uma mesa dos fundos.
- Ei morena. Sebas vem saindo da cozinha.
- Um que cheiro bom. Falo ao sentir o cheirinho gostoso que passou pela porta.
- Está com fome?
- Faminta. Ele rir assovia e Ruggero olha para trás, sorrir ao me ver e Sebas faz um sinal para ele que assente.
- Vem comigo. Diz e sai me arrastando para cozinha onde nunca coloquei meus pés.
- Júnior você conhece a Karol não é? O cara muito charmoso sorrir ao me ver, lembro dele.
- A garota que ganhou o coração do nosso menino, é claro que conheço. Sorrio.
- Você não trabalhou nas festas lá em casa? Ele fica surpreso e pisco pra ele.
- Bem o que você tem para aplacar a fome dessa mocinha?
- Karol você gosta de Ravioli?
- Adoro. Ele pega um prato para mim, e vai colocando, a fumaça e cheirinho de queijo derretendo em cima me deixa com água na boca.
Sebas aponta para um balcão mais afastado com bancos e me sento ali e Junior trás o prato.
- Muito obrigado! Ele assente e me entrega os talheres.
- Bem mocinha não deixe esfriar, eu vou lá fora e já volto, me inclino e deixo um beijo em sua bochecha.
- Valeu cunhadinho. Seu sorriso é enorme e ele me deixa.

Os braços ao meu redor e o beijo em meu pescoço fazem meu corpo arrepiar, encosto a cabeça contra seu corpo.
- Cheguei faminta e o Júnior me preparou essa maravilha.
- Imagino a correria que passou hoje, mas olha só, o chefe me liberou mais cedo, podemos ir buscar suas coisas e depois vou garantir que tenha um banho gostoso, uma massagem maravilhosa e muito, muito amor depois.
- Acho que você lê mentes. Sinto algo vibrar e ele puxa o celular do bolso, sua testa se forma um vinco e ele vira o telefone para mim.
- Parece que nossos planos vão ter que esperar. Ele diz.
- Como ela conseguiu o seu número?
- Não tenho ideia, mas já vi que sua avó não brinca em serviço.
- Não mesmo... Faço uma pausa.
- Ela quer nosso casamento.
- Nós já estamos casado.
- A festa. Ele faz uma careta.
- Ok, quando?
- Final do mês. Falo rápido e ele arregala os olhos.
- Mas é semana que vem.
- Diz isso para ela.
- Certo vou pegar minhas coisas e vamos de uma vez. Ele beija meus lábios e se afasta mas volta me beijando de novo e sorrio.
- Um foi pouco. Mais beijos.
- Também acho. Continuo beijando.
- Ei casal essa melação aqui na minha cozinha. Junior reclama enquanto libera os pratos e sorrimos um para o outro.

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