Falar de mim, da minha vida me abrir, falar dos meus medos, das minhas alegrias era praticamente impossível, mas com ela o impossível não existia, aqueles olhos verdes brilhantes conseguia mexer com tudo em mim.
Contar sobre Carolina e Luna era a parte fácil da minha vida, a parte rosa.As coisas estavam ficando cada vez mais difíceis, sustentar a mentira era quase impossível.
Karol apareceu no meu apartamento aquela semana uma vez no meio da madrugada para convencer o avô de que passou a noite comigo.
E vou falar o velho parece ler entre as linhas porque não era possível ele estava com o pé atrás e para ajudar eu precisava fazer algo.
Não podia ficar de braços cruzados, ela precisava de mim e eu faria e não só porque sou seu amigo.
Karol me ajudou e nem sabe disso.
O projeto que ela implantou no hospital me ajudou muito, e ela nem tem noção do que fez.
Fiz os exames e já comecei meu tratamento, claro que vez ou outra faço uso da bombinha ou um antialérgico mas estou sob controle.A ideia surgiu depois de uma conversa com Sebastian, ele me disse para surpreender o velho com algo e tudo que passou na minha mente era o pedido já que Karol precisava de um anel, então bolei tudo, ela esqueceu o celular no bar e aproveitei a desculpa para aparecer na empresa.
E a secretária muito gentil, aceitou me ajudar sem nem mesmo me conhecer.
E como eu esperava ele ficou sem palavras, bem não só ele Karol também, quando ela disse que acreditou eu juro que rir de nervoso.
Karol é linda e estou curtindo cada momento ao seu lado, mas ter algo com ela está fora de cogitação.
Primeiro somos muito diferentes, segundo ela não teria sentimentos por mim.
Terceiro minha vida é tão fodida, eu nunca quis alguém nela porque agora?Termino a contagem no estoque e vou saindo.
- Achei. A loira grita da cadeira, ela está aqui desde que abrir.
Sebastian rir e me entrega um suco para ela.
Apoio na mesa e me sento ao seu lado, ela olha para mim e sorrir deixa um beijo em minha bochecha.
- Obrigado Ruru.
- Não acha que está a muito tempo na frente desse computador? Algum caso urgente. Ela bebe o suco e se vira para mim.
- Não dormir nada a noite inteira. Ela suspira.
- Você sabe a Karol, estamos tentando o meio para que ela consiga a presidência.
- Sei, sou seu noivo de mentira. Ela sorrir.
- Eu adoraria um noivo de mentira... Dou risada.
- Então ainda não conseguimos localizar o primo dela.
- Não entendi.
- Vou te explicar, o bisavô de Karol fundou o primeiro hospital e seus irmãos administravam, eles tinham uma única irmã por parte do pai, mas pela história era alguém que só queria saber de dinheiro, então eles criaram um estatuto cheio de regras para quem fosse assumir aquele lugar.
O que está impedindo Karol agora, mulheres estão fora de cogitação.
- E como ela pretende assumir.
- Ter um número de ações maior do que último presidente.
- Ou seja seu avô.
- Isso, e para isso ela precisa do primo que tem a mesma quantidade que ela.
- Ok.
- Mas ainda teríamos um requisito o casamento, ela precisa estar casada para isso.
- Entendi, e o que você conseguiu.
- Eu pedir a Karol que conseguisse acesso ao estatuto, tinha que ter um furo.
- Presumo que encontrou.
- Sim eu encontrei. Ela sorrir de orelha a orelha e uma Karol ofegante aparece.
- Loira da próxima vez quee disser para correr eu arranco sua peruca fora. A loira rir por ela falar tudo de uma vez e seguro sua mão puxando ela para mim que cai no meu colo.
- Isso tudo é saudade. Dou risada.
- Shii Valentina achou a cereja do bolo. Ela se volta para Valentina.
- O que você achou loira? Valentina levanta o celular e pede um minuto escuta o áudio atentamente.
- O seguinte é, seu avô tem um mês para colocar o seu sucessor, ou o conselho vai nomear alguém.
- E onde eu entro?
- Ao final do prazo, os herdeiros tem cinco dias para se candidatar antes do conselho.
- O que? A loira sorrir.
- Está aqui, escrito no estatuto mas ninguém pareceu notar.
- Então...
- Sim, você pode. Karol fica de pé e bate palmas mas eu fico pensando e todas as regras que tinham vai ser fácil assim.
- Tem um mais não tem? Pergunto e Karol para de rir olhando para Valentina, no momento que Sebastián senta ao seu lado deixando um beijo em sua testa.
- O que Valentina, odeio essa coisa de ficar rico e ficar pobre. Dou risada e ela bate em meu braço.
- Você precisa se casar.
- Fio. Sai de Sebastián.
- Tô fodida. Karol fala e cai na cadeira ao meu lado e meu olhar cai em suas mãos, o anel da minha mãe em seu dedo.
Seguro sua mão e aliso o dedo.
- Acho que vamos ter que oficializar essa coisa toda.
- Ruggero o que você está... Ela para de falar e arregala os olhos.
- Ruru. A loira me chama e só assinto que sim, eu faria isso, por ela é claro que faria.
- Parece que alguém vai ter um infarto. Valentina fala e Sebatian rir, olho para Karol.
- Me diga que você não está passando mal?
- Isso é sério, você faria isso por mim?
- Morena a pergunta certa seria o que não faríamos por vocês. Sebastian fala e ela sorrir com carinho e entrelaça os dedos nos meus.
- Rugge você tem certeza?
- Se fosse eu?
- Eu me casaria com você, é claro que faria. Ela aperta minha mão e apoia a cabeça em meu ombro.
- Obrigado, de verdade.
- Vamos ver como você se sai como a senhora Pasquarelli.

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O Depois
FanficEu queria não ter forças, queria não levantar, queria não falar, queria não fazer se quer um movimento mas não, sou um ser humano e fui feito com um instinto de sobrevivência e por mais que a vida bata eu continuo em pé. Como? Não tenho ideia, eu s...