Parte 18

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- Nós dois vamos ter uma conversinha.
Aponto e saiu de seu escritório atrás de Ruggero. Que inferno.
Abro a porta e desço as escadas o encontro sentado na moto ele levanta o capacete para mim e coloco enquanto ele liga e me estende uma mão para que eu possa subir.
- Você e suas saias. Da partida e passamos pela segurança, nos aproximamos da ponte e percebo que está nos levando para sua casa.
Ele abre a porta e entra não esperando por mim e quando fecho a porta ele me surpreende.
Pressionando seu corpo no meu que estou apoiada na porta.
- Você é selvagem bonitão. Ele rir.
- E você é doida, não o doido sou eu por concordar com isso. Ele encosta a cabeça no meu pescoço.
- Você ficou chateado com o que ele disse não foi? Aliso seu cabelo.
- Rugge não fique assim, meu avô sabe como odeio quando ele se comporta desse jeito e... Ele começa a rir e puxo seu cabelo não com força só para que consiga ver seu rosto.
- Você não está chateado. Constato.
- Não só queria cheirar você mais um pouco. Seguro a risada mas não por muito tempo acabo gargalhando e ele vem junto.
Ele se afasta e tira as botas colocando em um canto e faço o mesmo com as minhas e me sento no sofá com ele.
- Vem aqui. Chamo e ele encosta a cabeça no meu colo e faço um carinho em seu cabelo.
- Desculpe por hoje ele consegue ser impossível.
- Karol ele não me atinge em nada, você me conheceu assim, e mesmo eu não entendendo como essa amizade começou.
- Isso é por conta da minha classe social, você me disse por duas vezes que aqui não era o meu lugar. Levanto a sobrancelha e ele encolhe os ombros.
- Eu estava errado, seu lugar é onde você quer estar, desculpe fui idiota. Sorrio.
- Você não foi idiota, impossível.
- É mesmo, ganhei uma defensora?
- Sou sua noiva quem mais iria te defender.
- Ok super noiva. Ele faz aspas com os dedos.
- Então nos encontramos no central park ano passado hein? E quando pensava em me contar?
- Eu não pensava, até porque você não lembrou que esbarrou em mim.
- Esse dia é realmente caótico para mim. Suspiro.
- É eu te entendo para mim também. Franzo o cenho.
- Minha mãe, ela se foi exatamente naquele dia.
- Então temos uma tragédia em comum.
- Seu irmão? Faço que sim.
- Como foi, o que aconteceu com a sua mãe? Aliso sua bochecha e o vejo suspirar.
- Eu tinha dezoito anos, fiz minha inscrição para faculdade, mas a minha paixão sempre foi a música. Ele confessa e vejo dor em seus olhos.
- Eu participei de um festival, meu antigo professor do ensino médio fez a minha inscrição, e um dos donos tinha um conservatório, gostou de mim e me chamou para fazer um casting se eu passasse ganharia a bolsa.
Sabe era a minha paixão e minha mãe sabia, ela me apoiou em tudo, até os ensaios em estúdio ela pagou para mim.
No dia da minha audição, ela precisou trabalhar, eu fiquei nervoso porque não chegava. Seguro sua mão.
- No intervalo entre um candidato e outro escutamos barulho ao lado de fora, as portas eram de vidro e... Ele para de falar e senta ao meu lado, e vejo o quanto é doloroso.
- Você viu tudo? Ele assente.
- Ela foi atropelada e morreu nos meus braços. Puxo Ruggero para os meus braços novamente.
- Está tudo bem Karol.
- Não, não está sei o quanto é difícil superar algo assim, eu também perdi quem eu mais amava.
- Ele deveria ser o oposto de você não é?
- Demais era muito certinho, mas eu não perdi só o Caio, eu perdi meus pais também.
- Você nunca mencionou.
- Eu tinha oito anos, minha família é quase toda formada por médicos.
- A parte você.
- E meu avô, minha avó era médica e seus dois filhos seguiram o mesmo caminho, mas a vontade deles não era está em hospital, os dois adoravam ajudar em campos de concentração.
- Merda eles não voltaram? Faço que não e agora ele está me abraçando.
- Seus avôs perderam os dois filhos, não posso imaginar o quanto sofreram, mas e a sua mãe. Sorrio fraco com as poucas lembranças.
- Minha avô sempre fala que o amor dos meus pais eram de almas, eu achava bobo mas com o tempo entendi, ela não sabia viver sem ele e não suportou, entrou em depressão e meus avós fizeram tudo que podiam para trazê-la de volta, dois anos depois ela se foi. Ele para pensa por um momento pigarreia e diz.
- É por isso que precisamos provar para ele que isso. Aponta de um para o outro.
- É real, que estamos apaixonados, só assim ele te deixaria em paz. Faço que sim.
- Ele acredita porque viveu algo assim com a minha avó e porque viu de perto o amor que existia entre os meus pais. Ruggero balança a cabeça entendendo.
- Sabe você é inteligente, dona de si mesmo e competente porque quer tanto provar a ele que pode algo.
- Não é a ele. Eu cresci dentro daquela empresa eu sempre quis isso, estudei muito pois eu sabia que não seria fácil, nenhuma mulher sentou naquela cadeira.
- Caramba sua família é bem machista. Ele encosta a cabeça no encosto do sofá.
- Pois é, quando eu falo eles fazem pouco caso, você está arrependido de me ajudar?
- Você não me deixou muita escolha patricinha. Estreito os olhos.
- Parece que não consigo negar nada a você querida.
- Acho bom mesmo querido.
- Acho que vai precisar de um anel. Olho para o meu dedo.
- Tem razão vamos providenciar isso amanhã, mas quero que me fale quando for demais.
- Se puder te dar uns amassos está tudo bem. Olho seria pra ele com um sorrisinho nos lábios e o pego de surpresa quando sento em seu colo.
- Acho que vou gostar da parte dos amassos melhor amigo se você me der um pouco mais do que me deu essa noite. Nossas bocas se chocam e passo a língua em seus lábios, ele geme e suas mãos agarram minha cintura com força empurrando meu corpo ao seu, nossas línguas travando uma batalha deliciosa.
Sua boca desliza por meu queixo e desce para o meu pescoço chupando e já nem sei quem eu sou, as mãos de Ruggero sobem por minhas costas por dentro da blusa e meu corpo inteiro se arrepia, seguro seu rosto com as duas mãos trazendo sua boca de volta para minha, e arranho sua nuca e ele me aperta mais contra seu corpo e sua mão desliza por minhas pernas, sinto-o crescer embaixo de mim e entro em combustão.
- Porra que delícia. Ele sussurra e me esfrego nele em resposta chupando sua língua que é maravilhosa.
Até sentir algo vibrar embaixo da minha bunda e o som do celular preencher o ambiente que antes eram só suspiros e gemidos. Afasto nossas bocas e ele encosta a cabeça no escosto novamente.
Puxo o celular e o nome Carolina aparece na tela minha sobrancelha vai lá em cima, ele sorrir e encosta os lábios nos meus apertando o botão para atender.

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