Juro que a minha corrida contra o tempo para o dia da reunião do conselho estava me matando.
E agora eu tinha que montar um plano para o hospital do Brooklin e fazer esse plano entrar no meu orçamento.
O que estava fazendo viajar quase todos os dias até lá.
Eu não suportava entrar em hospital, principalmente no pronto socorro, olha ironia já que venho de uma família só de médicos, e praticamente cresci por aqui.
A careta que fiz ao ser deixada na frente justo do pronto socorro pelo taxista foi notável, não mais do que a dor que senti e claro não chega aos pés daqueles que estavam sofrendo.
Juro que quando vi um garotinho que caiu do balanço chorando pedindo o colo da mãe as lágrimas eu não consegui segurar, eu sei sou muito sentimental e emotiva para algumas coisas.Ao sair do hospital meu celular descarregou no momento em que estava falando com Valentina, olhei ao redor em busca de algo que pudesse salvar o meu dia e a cafeteria chega brilhou.
Encontrei o cara alto e bonito, com um sotaque lindo. Que Marcos não me ouça.Na sexta eu entrei no hospital as oito e estava saindo as quatro tentando achar uma solução para tantas contas, quando meus olhos cansaram precisava tirar os olhos dessa tela nem que seja por cinco minutos, ligo para Valentina eu sabia que ela estava no fórum aqui perto e não deu outra arrastei a loira para comer uma daquelas maravilhas de sonho do outro lado, mas Valentina sendo Valentina estava mais interessada em quem nos servia o cara bonitão que se chama Ruggero ou Rugge.
E agora ele está aqui encostado no balcão de olho na cena do outro lado do bar.
Ele cheira tão bem.
- Ainda não entendi porque eles estão discutindo. Ele faz um aceno com a cabeça.
- Ele cometeu um erro primordial quando a desafiou. Ele ergue uma sobrancelha.
- Ele subestimou sua adversária e quando estava perdendo trapaceou e ganhou uma rival a altura e aquela loira deixa passar tudo na vida menos isso.
- Ou seja ela é uma megera. Dou risada.
- Totalmente. Ele olha para mim sorrindo também e por um momento esqueço até o que estávamos falando.
- Garota eu não tenho como bancar um advogado agora. O dono se aproxima com Valentina.
- Oh espere você entendeu errado, eu não vou te cobrar nada, isso eu faço questão. O dono olha para mim e depois para o bonitão aqui que dar de ombros.
- O que está acontecendo? Pergunto.
- Advinha quem ele está representando? Valentina pergunta.
- Fala de uma vez loira.
- SB hospital. Fico confusa porque não tenho conhecimento algum desse cara.
- Ele faz parte da equipe do Marcos. Ela sorrir debochada.
- E querem comprar o bar do bonitão aqui. O dono rir.
- Como é? Porque fariam isso?
- Querem transformar em propriedade do hospital.
- Isso é ridículo...
- Não se preocupe vou fazer ele engolir aquela gravata ridícula ou eu mesma a soco no rabo dele. Os dois caras estão olhando de uma para outra.
- Aí gente não liguem pra ela é inofensiva.
- Ela colocou o homem para correr, não tenho tanta certeza. Fecho o notebook quando vejo pelos vidros que João estacionou o carro e reviro os olhos e faço um aceno para Valentina.
Ela retira um cartão da bolsa e coloca nas mãos do homem que até agora não sei o nome.
- Se ele aparecer quero que ligue para mim, vou ver o que eles já fizeram, não se preocupe com nada.
- Tudo bem loira mas vou ficar te devendo essa e isso é algo que não costumo fazer.
- Que tal você me pagar em sonhos. Ele rir.
- Ei os sonhos são meus. Os três dão risada.
- Bem bonitão fecha a conta.
- Então você também caiu nos meus encantos heim? Ele balança a sobrancelha dando a volta no bar.
- Senhorita Karol.
- Estou indo, João. Eles me encaram.
- Não digam nada.
- Obrigado e volte sempre.
- Pode deixar que eu volto.
Saiu com Valentina e paramos em frente ao carro.
- Você deveria cortar isso, não é possível que viva assim. Encolho os ombros.
- E como faço isso, não é como se tivesse um GPS ligado em mim que eles me.... Paro de falar e olho para o meu aparelho e Valentina está com a sobrancelha lá em cima.
- Você acha que...
- Vamos tirar a dúvida amanhã.
- Amanhã?
- Passo para te pegar as oito tem uma festa legal no...
- Festa? Eu vou jantar com Marcos amanhã.
- Não quero nem saber dar teus pulos. Ela beija minha bochecha e vai em direção ao seu carro, e abro a porta entrando em seguida.
- João como sabia onde eu estava?
- Recebi sua localização, e seu avô pediu para vir busca-la.
- Ok.
Quando passo as portas de casa minha avó está ali sentada lendo um livro e meu avô vem descendo as escadas.
- Querida onde esteve até essa hora?
- É uma piada isso?
- Karol não pode ficar rodando os hospitais dessa forma.
- Sério Vô? Você mandou o João me buscar, e sabe muito bem o que eu fazia lá, não é de hoje que estou me preparando para isso. Ele balança as mãos como se não fosse nada.
- Você ao menos considera que eu vou conseguir o cargo de presidente. Ele fica mudo sem dizer uma palavra.
- Bernardo. Minha avó chama.
- Sua neta está fazendo uma pergunta, querido, Karol não tem faro para a medicina nunca teve, ela gostava do escritório ou você esqueceu quantas vezes ela foi trabalhar com você.
Fora que enquanto Agustín não voltar tudo aquilo é dela.
- Eu ainda estou aqui.
- Eu sei, mas isso não quer dizer que sua neta não tome o lugar que ela tem direito.
- Você sabe quais são as regras.
- Besteira, eu deixei a presidência para você porque era a medicina a minha paixão, as regras imposta por meu pai já não existem.
- Não é assim Helena, as regras sempre existiram e você sabe disso, e não depende só de mim.
- Ótimo, muito obrigado por nada vovô.
- Querida quero que pense no seu casamento depois vemos como fica a SB ok? Aceno um não e subo as escadas até o meu quarto.
Não acredito que ele vai deixar essas regras ridículas sobressairem.
Mulheres não assumem a presidência, se querem algum cargo tem que ser casadas isso é ridículo, fora que o presidente tem que ser casado.
Eu preciso assumir essa merda e quebrar todas essas regras inúteis.
Pego o celular que está vibrando.
- Conversou com seu avô, chegou a uma data. Argh você também. Pego o celular e abro a janela jogando ele lá embaixo que cai na piscina.
- Pronto quero ver me seguir agora.
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O Depois
FanfictionEu queria não ter forças, queria não levantar, queria não falar, queria não fazer se quer um movimento mas não, sou um ser humano e fui feito com um instinto de sobrevivência e por mais que a vida bata eu continuo em pé. Como? Não tenho ideia, eu s...