Parte 35

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Eu tinha mudado de vez para o apartamento de Ruggero, a semana passou rápido demais, vovó me ligou cedinho pedindo que fosse até a mansão pois iriam tirar as medidas para o meu vestido.
Ao menos isso eu me encarreguei de escolher, então aqui estou eu cheia de alfinetes.
- Acho que está bom, não vou engordar em uma semana. Falo e a senhora elegante sorrir para mim e finaliza.
Quando saiu daquele monte de tecido consigo respirar.
- Vovó conseguiu reduzir a lista, sabe que queremos algo bem íntimo.
- Eu sei meu anjo, cem pessoas foi o acordado.
- Tudo bem, preciso perguntar uma coisa.
- Pergunte querida o que está acontecendo?
- É sobre o Agus. Falo porque não é possível que eles tenham desistido do meu primo. Vovó para a xícara no ar e volta a coloca-la na mesa.
- Eu sei onde ele está. Afirmo e ela segura minhas mãos.
- Eu também.
- Co-como? Ela sorrir e vejo seus olhos marejados.
- Eu não tenho ideia do que levou o meu menininho se revoltar tanto e deixar essa casa, mas eu nunca o deixei, mesmo ele não querendo me ver.
- Como assim?
- O Agustín sempre foi um aventureiro, um pouco rebelde, mas era um bom garoto, mas depois que... Vejo a dor passar em seus olhos.
- Está tudo bem vó, não precisa... Ela me interrompe.
- Eu quero dizer que, eu o acompanhei de longe, quando ele desapareceu por mais de quinze dias eu coloquei um detetive atrás, o seu avô não sabe.
Ela suspira.
- Eles tiveram uma briga muito feia, mas não podia deixar meu neto eu o procurei mas ele não me quis por perto, então o acompanhei de longe.
Meu celular toca e vejo o nome de Ruggero.
- Va atender. Assinto e toco na tela.

- Será que minha esposa está livre agora, marido com saudades aqui. Sorrio mesmo que ele não possa me ver.
- Já estou indo matar sua saudade meu amor.

Vou direto para o bar o movimento da tarde é sempre mais tranquilo, encontro Valentina ajudando Sebastian.
- Perdeu alguma lei atrás do balcão loira? Ela me dar língua e escuto o som de uma guitarra, olho para Sebas que indica com a cabeça e sussurra.
- Seu maridão. Fico surpresa e me aproximo do palco.
Ruggero está ali sentado afinando o violão, e paro bem ao seu lado.
- Vai fazer uma serenata para mim.
Seu corpo endurece na hora.
-O que foi, você está bem?
- Estou, eu só.. é estou afinando o pessoal vem tocar mais tarde e o Sebas... Bem...
Ele fala ainda com a cabeça baixa.
- Ruggero. Abaixo ficando de frente para ele e toco seu rosto para que olhe para mim.
- O que foi?
- Não é nada. Estreito os olhos e ele abaixa a cabeça, um suspiro pesado sai de seus lábios.
- Eu não estou conseguindo Sussurra.
- Como?
- Eu não consigo, é difícil pra mim, mas não tinha ninguém que pudesse fazer e... Toco seu braço com carinho.
- Você está afinando o violão, e se me lembro bem, a música era o seu sonho.
- Era... Antes de ... Ele não termina e seu olhar fica perdido então a ficha cai, sua audição foi no mesmo dia em que ele viu a mãe morrer. Seguro novamente seu rosto e encontro seus lábios.
Não me canso nunca de beija-lo o friozinho na barriga o arrepio gostoso que se espalha por meu corpo. Ele sorrir para mim e me apaixono mais um pouquinho.
- Melhor agora? Pergunto e ele alisa meu rosto assentindo.
- Posso? Pergunto pedindo o violão.
- Acho que posso fazer isso por você.
Ele arqueia a sobrancelha e pego uma cadeira, ele me passa o violão.
Sua expressão curiosa me faz rir.
Ajeito o violão dedilhado uma canção que me lembra muito nós dois no início.

Ele está sorrindo pra mim, e não tiro meus olhos dele nem por um segundo, só quando as palmas ecoam é que percebo a pequena plateia.
E faço uma reverência sorrindo, apoio no pedestal e ele me puxa para si.
- Você poderia ser mais perfeita?
- Não exagere, estou enferrujada e não sou muito boa com violão.
- Você está brincando, ficou incrível, não imaginei que sabia tocar e cantar. Reviro os olhos e o abraço sentindo seu corpo relaxar contra o meu.
Aliso seu cabelo e beijo seus lábios, ele ainda olha para o violão com pesar.
- Então como vai ser? Valentina pergunta chamando nossa atenção para o balcão.
- Sobre? Ruggero questiona.
- Falta uma semana para o casamento.
- A cerimonia, nós já somos casados. Ele diz e ela mostra a língua para ele.
- Tudo certo, já peguei seu vestido está na mansão. Ela sorrir batendo palmas e me viro para Rugge.
- Você falou com Carolina? Ela precisa experimentar o vestido. Ele faz que não.
- Vamos amanhã lá, acho que uma semana foi o suficiente para os pombinhos vamos interromper essa lua de mel.
- Bom você mencionar em lua de mel, uma semana estarei batendo na sua porta. Ruggero rir e volta seu olhar para mim, me inclino sob o balcão e capturo seus lábios.
- Podem descolar. Valentina que está do outro lado com ele enfia a mão em seu rosto o afastando.
- Sebas da um jeito na tua loira. Ruggero pede e termina de fazer sei lá o que, e aos poucos as pessoas vão lotando o bar, a música ao vivo faz a galera dançar, aproveito e faço um storys atualizando a rede social, em algum momento atendendo os clientes, e entregando pedidos.
Reviro os olhos quando vejo um grupinho no bar puxando conversa com meu lindo marido, não posso nem culpa-las por se derreterem.
Me aproximo no momento em que uma delas fala.
- Esse anel no seu dedo é de verdade? Ele olha para o dedo e entrega a bebida para ela.
- Ela é de verdade. Ele fala sorrindo e apoia outro drink.
- Uau que sortuda. Valentina está na ponta do balcão, acabou de sentar e um banco vaga ao seu lado que me puxa para que sente com ela.
- Ei bonitão prepara um de morango pra gente? Ela pede chamando atenção dele e das garotas também, ele sorrir e ela me cutuca.
- Que sorriso maravilhoso você não acha? Se o sorriso é lindo imagina o resto. Balança a sobrancelha achando graça e Ruggero morde os lábios tentando conter a gargalhada.
- Minha nossa eu pensei exatamente o mesmo. A garota do grupinho fala empolgada.
- Vocês vão deixar ele constrangido.
- Nada ele tá acostumado, também quem mandou nascer tão lindo, não é? Falo e ele dar de ombros.
- É uma pena ser comprometido, ela deve sorrir até para o vento tendo esse monumento ao lado. A garota fala, Valentina rir e eu ? Bem faço cara de paisagem.
- Não sei dizer, você sorrir assim amor? Ele pergunta olhando diretamente para mim e seguro a risada, a cara delas é impagável.
- Caramba é... Um...
Uma tenta a outra abre a boca mais não sai nada.
- É verdade, ele me deixa assim tão satisfeita que sorrio até para o vento.

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