Mas uma manhã fria de inverno que parece infinito.
Empurro o portão e ligo as luzes, e logo escuto a buzina do caminhão, o carregamento chegou.
Assino as faturas e começo a carregar os sacos de gelo e mantimentos da cafeteria e restaurante no qual eu trabalho.
As quatro e meia Júnior, Sara e Laíse aparecem eles trabalham juntamente comigo, o proprietário é Sebastian.
Organizo o bar, Júnior comanda a cozinha e Sara a sala e Laise o caixa.
Arrumo os copos e xícaras que vou precisar.- Prepara que hoje é dia de calouro. Sara avisa revirando os olhos com um sorrisinho zombeteiro no rosto.
A cafeteria é central e próximo das universidades do Brooklin e fica entre os maiores hospitais da região.
Escuto um porra e olho para o lado vendo Sebastián e sigo seu olhar um grupo de garotas acaba de atravessar a porta.
- Segura tua onda chefe.
- Essas são problemas.
- Problema bonito esse. Comento sorrindo e ele pisca um olho, as garotas se acomodam.
- O que posso oferecer a vocês meninas. Elas olham para mim.
- Você está no cardápio? Uma loira pergunta. A tipica cantada de adolescente, mas sorrio.
- Não infelizmente.
- É uma pena. A ruiva que responde mordendo os lábios.
- Posso preparar um capuccino ou frapuccino ou suco se preferirem? Elas assentem e logo Sara encaminha o grupo para uma mesa, para pegar o pedido
e o movimento aumenta.
- Opa, você não pode fumar aqui dentro. Sebas avisa a uma garota que já estava para acender o cigarro. Ele aponta para o cartaz que ele mesmo colocou.
Ela pede desculpas e guarda na bolsa.
Ele olha para mim e agradeço com um aceno, porque sei que fez isso por mim.- Opa deixa comigo. Sebastian fala e sei que foi abrir a porta para alguém, estou abaixado.
- Bom dia
- Bom dia seja bem vinda, primeira vez aqui? Não escuto
- Vou deixar o cardápio com você, fique a vontade.
Termino de fazer o pedido do primeiro grupo e parto para a segunda mesa e terceira.
- Você teria suco de frutas vermelhas? Escuto mas como estou de costas na porta da cozinha segurando uma bandeja com os sonhos não vejo quem é.
- Sim temos, espera um minuto que isso é especialidade do Rugge.
- E onde está o Rugge precisamos de... Ela para de falar quando apoio a bandeja.
- Uau do que eu preciso mesmo? Sebas da risada e troco um olhar com ele, que começa a colocar os doces na vitrine.
- Ouvi meu nome. A loira de olhos azuis me encara com um sorrisinho se vira para alguém atrás dela acho.
- Karol você também quer? Deito a cabeça de lado para ver com quem ela está falando, quando a morena fica em pé e vem na minha direção, minha cabeça volta a posição normal rapidamente e meus olhos não desgrudam, é ela.
A garota da boina vermelha e saia xadrez, a garota do natal de um ano atrás, de repente sinto o ar fugir dos meus pulmões ela está ainda mais incrível.
- O que você pediu, eu adorei aquelas coisinhas redondas com doce de leite, tenho que levar uns desses para a vovó ela vai amar. A loira rir.
- Dois sucos de frutas vermelhas, da para colocar álcool nesse suco? Volto minha atenção a loira e quando entendo o que ela pediu sorrio.
- Infelizmente não, talvez depois das cinco.
- Cara você é de verdade? Um sorriso escapa dos meus lábios e tento me concentrar.
- aí olha esse sorriso.
- Não ligue para ela.
- Aqui está para linda morena as coisinhas redondas com doce de leite um verdadeiro sonho.
- Meus sonhos deveriam ser recheados assim. Ela fala e a loira rir.
- É o nome do doce chiquita mas acho que vou tirar foto do nosso amigo aqui, tenho certeza que se passar o dia olhando para ele vai ter um sonho recheado com certeza.
- Valentinaaa você é terrível garota.
- Eu tive uma ótima professora. A morena revira os olhos e morde o sonho.
- Meu Deus é delicioso, acho que vou atravessar Manhattan todas as manhãs. Acabo sorrindo com seu jeito de falar não consigo parar de olhar para ela.
-Não sorrir desse jeito que eu me apaixono. Pisco um olho para ela e termino o suco.
- Você poderia ser menos descarada.
A morena, de olhos verdes retira o casaco azul apoiando na cadeira e posso ver um suéter branco destacando seu busto mas o que chama atenção é suas coxas bem torneadas com uma saia com dois botões de lado azul curtinha, da mesma cor do casaco não percebo mas a minha boca se fecha em um uhh.
Engasgo e acabo tossindo e escuto Sebastian rir.
- Eu levo pra vocês na mesa. Falo tentando me recompor.
- É amigo problema bonito esse. Ele fala dando dois tapinhas em meu ombro e nego sorrindo.
- O Rugge está trazendo suco de frutas vermelhas. Escuto quando a loira fala e ela gravou o meu nome.
- Não é melhor uma água..., não melhor uma água com gás.
Estou comendo muito doce essa manha.
A amiga revira o olho e seu celular toca, que pede um minuto a loira mas quem quer que seja está irritando ela.
- Esquece o suco amigo dose tripla de tequila, preciso derrubar essa vaca.
- Ei... Ela parece ofendida e então se vira para mim, manda um vou desligar.
- Desculpe ela não é normal, obrigado pelo suco, mas você poderia me trazer uma água com gás. Ela cruza as pernas e perco o raciocínio, então lembro que ela pediu água e volto para o balcão para pegar a água.
- Aqui está, mas alguma coisa garotas?
- Não muito obrigado, estava tudo muito bom.
- O nome dele é Rugge, e olha bonitão que se ela elogiou foi porque realmente gostou. A loira comenta.
- Fico feliz que gostou. A garota na outra mesa me chama e peço licença para atender.
Ainda não acredito que a garota que esbarrou em mim um ano atrás está aqui na minha frente.
Ela não lembra mas eu sim.
Minha cabeça estava uma confusão e não conseguia colocar os pensamentos em ordem, foi quando esbarrei com ela, se fechar os olhos ainda posso sentir o seu perfume, a garota é linda, patricinha se ver de longe o que me lembra o motivo de querer distancia desse povo cheio da grana que acham que podem comprar tudo no mundo.

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O Depois
FanfictionEu queria não ter forças, queria não levantar, queria não falar, queria não fazer se quer um movimento mas não, sou um ser humano e fui feito com um instinto de sobrevivência e por mais que a vida bata eu continuo em pé. Como? Não tenho ideia, eu s...