Parte 44

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Eu não sei o que pensar sobre tudo isso, acho que se não fosse Ruggero eu teria surtado.
Saiu da minha sala com os papéis para dar Agustín assinar e paro quando escuto a voz do meu avô.
Da sala do Marcos.
- Acabou entendeu, eu já contei a todos eles não tem mais nada que eu possa fazer, até porque Karol já assumiu a presidência e...
- Então você tinha o rabo preso com ele?
- Karol...
- Responde vovô, diz para mim que não usou sua neta como moeda de troca para esse idiota.
- Eiii.
- Cale a boca não estou falando com você.
- Karol não é bem assim.
- Ah não então me diz como é? Sou toda ouvidos.
- Vocês estavam apaixonados, e eu precisava desabafar e acabei contando tudo a ele, mas quando você acabou, ele ficou exigindo... Bem você sabe.
- E te ameaçou?
- Eu não ameacei ninguém, sempre estive ao lado do Bernardo para tudo, principalmente quando você resolveu me trocar por aquele barman.
- Não coloque Ruggero na conversa.
- Ah mais ele tem que está na conversa.
- Marcos. Meu avô brada.
- Ah então você não contou tudo não é?
- Não contou o que?
- Karol não.
- Desembucha de uma vez.
- Seu avô me pediu que descobrisse tudo sobre o barman.
- Como? Vovô fale alguma coisa. Peço e ele fica calado.
- Ele não vai falar mas eu vou.
Querida como foi que a mãe do seu maridinho morreu?
- Como é que você sabe que... Paro de falar.
- Um acidente não foi? Fico esperando ele falar algo.
- Quem atropelou a mãe do seu marido foi o seu irmão.
- Como é que é?
- Na mesma noite em que ele se foi.
- Você está me dizendo que...
- Você não podia contar nada a ela.
- E porque não, ela tem que saber.
- Ela está feliz agora. Ele grita.
- Mas eu a amo é comigo que ela tem que ficar.
- Calem a porra da boca. Estou sem chão sem saber o que dizer. Abro a porta e saiu da sala voltando para minha.
- Querida por favor fale comigo.
- Falar, não, você tem ideia do que está fazendo comigo?
- Eu sei, é por isso que pedir para ele não contar nada.
Eu descobri tudo na semana do seu casamento.
- Meu irmão passou mal, a causa da morte foi asfixia como ele pode ter atropelado a mãe do Ruggero.
- O Caio, me procurou aquele dia.
- O que? Pra que?
- Ele sabia de tudo, descobriu sobre o seu pai e o seu tio e ficou transtornado.
- E não o impediu de sair daqui, sabia que como ele ficava e mesmo assim o deixou ir.
- Eu pensei que ele estava na sala dele, mas quando fui procurá-lo tinha saído e os seguranças não viram, eu rodei a cidade inteira atrás dele mas...
- Então foi por isso que ele se agitou tanto e estava nervoso ao telefone, ele teve uma crise e matou alguém.
Alguém que é tão importante para o meu marido quanto ele era pra mim.
- Eu sinto muito querida, eu queria poder fazer alguma coisa, mas acho que já estraguei demais. Pego minha bolsa.
- Karol...
- Me deixa vovô. Saiu da sala e não consigo nem responder Ana.
Peço a João que me leve até o bar e quando ele estaciona, Ruggero está em pé segurando o capacete, ele apoia ao me ver e franze o cenho, só corro em sua direção e o abraço.
- Amor o que aconteceu?
- Só me abraça Rugge, me abraça forte e não me deixa por favor.
- Ei.. Ele afasta o rosto para olhar pra mim.
- De onde tirou isso, eu não vou te deixar senhora Pasquarelli, você está amarrada a mim esqueceu? As lágrimas que estava segurando rolam por meu rosto.
- Karol você está me assustando meu amor o que houve, porque está assim.
- Eu preciso de você, só de você.
- Eu estou aqui. Ele me abraça forte e não sei como contar.

Dois dias depois estou entrando no elevador com Valentina ao telefone e Marcos está ali.
Assim que desligo enfio na bolsa, ele segura meu braço me empurrando na parede de metal, viro o rosto no momento em que percebo o que ele pretende e levanto o joelho acertando suas bolas.
- Karollll porraaaaa.
- Nunca mais enconste em mim.
- Eu pensei que agora você...
- Pensou errado.
- Você não contou.
Ele vai ficar sabendo uma hora ou outra e então você vai voltar pra mim.
- Você é doente e patético. Apenas saiu do elevador sinto uma tontura, e paro no lugar.
- Você está bem Karol? Ana pergunta e olha para trás de mim. Fecho os olhos e respiro fundo, quando abro consigo ver novamente.
- Estou bem, o que temos hoje? Já vou entrando na minha sala e sento.
Um copo com água aparece diante de mim.
- Imaginei que precisasse. Ana fala.
- Você ficou tonta não foi? Faço que sim.
- Ele te pertubou?
- Só a presença dele já me pertuba.
- Você tem passado por muito stress, e não se alimenta direito, devia procurar um médico.
- Eu estou bem Aninha foi só uma tontura.
Ela me deixa sozinha e fico pensando o que vou fazer da minha vida, como contar algo a Ruggero que posso perde-lo.

- Karol. Vejo Agus abanar as mãos na minha frente.
- Em que planeta você foi?
- Queria poder realmente ter ido. Ele estreita os olhos para mim.
- O que está acontecendo? Ruggero me ligou no fim de semana e estava preocupado com você. Agus se aproxima e segura minha mão.
- Eu sou seu primo,e se algo te incomoda pode contar comigo.
- Eu preciso contar algo importante ao Rugge.
- Porque não conta?
- Isso pode nos separar, e estou apavorada.
- Você está me assustando, o que precisa contar ao Ruggero que pode separar vocês, por acaso traiu ele?
- Não, eu jamais faria algo assim, é...
- Fala Karol.
- Eu não posso, se você souber, ele não vai te perdoar também.
- Karol... Desabo chorando e Agus me abraça forte.
- Não importa o que seja, fale com ele.
Deixe-o saber como se sente em relação a isso. Assinto.

Uma semana depois, estou me sentindo muito mal, enjoada e com pouco apetite, conversando com Valentina ela puxou a chavinha, eu não tenho certeza porque sempre fui muito regular e não quero criar falsas esperanças.
Passo na farmácia e compro uns testes para fazer na empresa.

O elevador se abre e vejo um buquê de rosas vermelhas enorme, um sorriso se forma em meus lábios e Ana sorrir para mim e aponta para a porta.
Quando abro a porta com um sorriso gigante, ele mucha na hora.
- Fala pra mim que você não sabia disso, diz pra mim que é mentira?
- O que você disse a ele?
- Então é verdade.
- Eu só falei o que ele precisava saber. Sai daqui agora.
- Mas.
- Vai. Grito.

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