Tiffany
— Tiffany?
A voz de Taeyeon chamou minha atenção. Deixei que Minho cuidasse de toda a documentação e fui até ela. Nossas bagagens estavam cuidadosamente empilhadas em um carrinho, eram apenas três malas, uma minha, uma dela e outra de Minho.
— O que foi?
— Para onde estamos indo? — Parecia preocupada.
— São Francisco.
— São Francisco... nos Estados Unidos?! — Parecia surpresa.
— Sim. Algum problema?
— Você sabe quanto é uma passagem para lá? — Perguntou incomodada.
— Não faço ideia. — Respondi.
Taeyeon suspirou. Ela colocou a mão no meu ombro e começou a falar como se eu tivesse cinco anos. Notei que ela tinha essa mania.
— Eu sei que você é podre de rica, mas eu não sou. Como diabos vou pagar uma passagem para lá se tecnicamente você me sequestrou?
— Não se preocupe. Vamos no jato particular da minha família.
— Ah, claro que vocês têm um. — O tom era irônico. — Por que não pensei nisso?
Minho me chamou e depois de entregar os meus documentos e os da Taeyeon, entreguei também a autorização dos pais dela junto com o número de telefone. A mulher ligou para os Kim e eles confirmaram tudo liberando nossa partida. Fiz sinal para Taeyeon me acompanhar e fomos seguindo Minho. Chegando perto da aeronave encontrei o nosso piloto esperando do lado de fora.
— Há quanto tempo Tiffany-ssi! — Me saudou com um sorriso. — Quem é sua amiga?
— Amiga. — Taeyeon riu de um jeito estranho. — Essa maluca me sequestrou.
O senhor olhou para mim com dúvida.
— Ela é minha colega de classe.
Ele soltou um "ah" e então nos deixou subir primeiro. Taeyeon foi na minha frente e assim que se sentou ficou olhando curiosa para o interior. Me acomodei na cadeira ao lado dela e comecei a tirar alguns itens da bagagem de mão. Minho entrou e se sentou nas poltronas da frente enquanto conversava com o piloto.
— Quanto tempo vai levar para chegarmos?
— Umas onze horas. — Respondi entregando uma das almofadas de pescoço para ela. — É melhor dormir um pouco para não ficar muito cansada, vamos chegar na madrugada.
Taeyeon colocou a almofada envolta do pescoço e arrumou o corpo na poltrona. O piloto informou que iríamos decolar em poucos minutos e eu relaxei contra o assento. Estava com boas expectativas sobre essa viagem.
[...]
Era um tanto estranho fazer uma viagem com alguém que não fosse meu pai e minha mãe. Mas não era um estranho ruim, era bom. Eu acordei algumas vezes durante o voo para comer alguma coisa e não hesitei em chamar Taeyeon. Todas as vezes que ela acordava fazia uma expressão muito fofa de quem foi interrompida no melhor do sono, Taeyeon parecia com uma criança.
— Vinte minutos para pousar.
Parei de encarar Taeyeon e me levantei um pouco para esticar o corpo. Comecei a guardar as poucas coisas que tinha tirado da bolsa e me aproximei para acordá-la.
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Once in a lifetime
RomanceQuando dois mundos completamente diferentes se chocam não há como prever os resultados. Tudo o que se tem certeza é que nada será como antes. "O que preciso fazer para me livrar de você?" "Eu vou te seguir até o inferno se precisar"