Capítulo 9

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Tiffany




— Tiffany?

A voz de Taeyeon chamou minha atenção. Deixei que Minho cuidasse de toda a documentação e fui até ela. Nossas bagagens estavam cuidadosamente empilhadas em um carrinho, eram apenas três malas, uma minha, uma dela e outra de Minho.

— O que foi?

— Para onde estamos indo? — Parecia preocupada.

— São Francisco.

— São Francisco... nos Estados Unidos?! — Parecia surpresa.

— Sim. Algum problema?

— Você sabe quanto é uma passagem para lá? — Perguntou incomodada.

— Não faço ideia. — Respondi.

Taeyeon suspirou. Ela colocou a mão no meu ombro e começou a falar como se eu tivesse cinco anos. Notei que ela tinha essa mania.

— Eu sei que você é podre de rica, mas eu não sou. Como diabos vou pagar uma passagem para lá se tecnicamente você me sequestrou?

— Não se preocupe. Vamos no jato particular da minha família.

— Ah, claro que vocês têm um. — O tom era irônico. — Por que não pensei nisso?

Minho me chamou e depois de entregar os meus documentos e os da Taeyeon, entreguei também a autorização dos pais dela junto com o número de telefone. A mulher ligou para os Kim e eles confirmaram tudo liberando nossa partida. Fiz sinal para Taeyeon me acompanhar e fomos seguindo Minho. Chegando perto da aeronave encontrei o nosso piloto esperando do lado de fora.

— Há quanto tempo Tiffany-ssi! — Me saudou com um sorriso. — Quem é sua amiga?

Amiga. — Taeyeon riu de um jeito estranho. — Essa maluca me sequestrou.

O senhor olhou para mim com dúvida.

— Ela é minha colega de classe.

Ele soltou um "ah" e então nos deixou subir primeiro. Taeyeon foi na minha frente e assim que se sentou ficou olhando curiosa para o interior. Me acomodei na cadeira ao lado dela e comecei a tirar alguns itens da bagagem de mão. Minho entrou e se sentou nas poltronas da frente enquanto conversava com o piloto.

— Quanto tempo vai levar para chegarmos?

— Umas onze horas. — Respondi entregando uma das almofadas de pescoço para ela. — É melhor dormir um pouco para não ficar muito cansada, vamos chegar na madrugada.

Taeyeon colocou a almofada envolta do pescoço e arrumou o corpo na poltrona. O piloto informou que iríamos decolar em poucos minutos e eu relaxei contra o assento. Estava com boas expectativas sobre essa viagem.

[...]




Era um tanto estranho fazer uma viagem com alguém que não fosse meu pai e minha mãe. Mas não era um estranho ruim, era bom. Eu acordei algumas vezes durante o voo para comer alguma coisa e não hesitei em chamar Taeyeon. Todas as vezes que ela acordava fazia uma expressão muito fofa de quem foi interrompida no melhor do sono, Taeyeon parecia com uma criança.

Vinte minutos para pousar.

Parei de encarar Taeyeon e me levantei um pouco para esticar o corpo. Comecei a guardar as poucas coisas que tinha tirado da bolsa e me aproximei para acordá-la.

Once in a lifetimeOnde histórias criam vida. Descubra agora