Capítulo 4 | Eu odeio essa cidade

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"Desesperada, tão consumida por

Toda essa dor, se você me perguntar

O por quê, não saberei por onde começar" Take Me Home - Jess Glynne

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Capítulo 4

Acordei com a Lydia balançando meu corpo e resmungando algumas palavras que não consegui entender. Abri os olhos lentamente e esfreguei os mesmos, vendo que Lydia estava arrumada e de braços cruzados.

– Cassie, você tem que levantar! – ela exclama, revirando os olhos. Ergo meu corpo, ficando sentada na cama.

– Por que? – pergunto, indiferente.

– Como assim por que? – Lydia indaga, enquanto Dora coloca minhas roupas do armário dentro de uma mala gigante.

– Eu não vou ir – afirmo e cruzo os braços acima do peito.

– Você não tem escolha... – Lydia começa e desvia os olhos dos meus. – Nós não temos escolha – minha irmã completa.

– Podemos ficar e ser independentes! – insisto e Lydia solta uma risada irônica.

– Você está brincando, né? A gente nunca nem cozinhou – ela rebate, segurando a risada.

– Andem logo! – meu pai grita do andar debaixo.

– Não acredito que ele já arranjou outra mulher... – murmuro e Lydia se senta ao meu lado na cama.

– Nem eu – ela me abraça de lado. – Mas nós só temos ele agora – Lydia continua e logo a voz de minha mãe soa em minha cabeça.

Eles precisam de você, Cassie.

Bufo em frustração e me levanto da cama. Visto uma calça jeans rasgada, uma blusa branca e a jaqueta de couro que era da minha mãe. Me olho no espelho uma última vez e respiro fundo.

– Você consegue – digo para mim mesma.

Lydia e Dora saem do quarto e decido descer as escadas. Vejo Pope me esperando e sorrio aliviada, correndo pelos degraus para abraçá-lo. O seu cheiro amadeirado invade minhas narinas.

Lydia sorri para mim, constatando que foi ela quem o chamou. Sorrio de volta e sussurro um "obrigada". Ela balança a cabeça e saí dali, nos deixando a sós por um tempo.

– Sua irmã disse que vocês estão saindo da cidade – ele comenta ao quebrar o abraço. Seu semblante está triste, assim como o meu.

– Pois é... – digo, mexendo em meus próprios dedos da mão.

– Como você está com essa mudança repentina? – Pope me pergunta.

–Bem, eu acho – digo, tentando abrir um pequeno sorriso. Estou mentindo, é claro.

Depois Dele: Livro 1 De 2Onde histórias criam vida. Descubra agora