HATERS TO LOVERS ● FAKE DATING ● SLOW BURN ● FORCED PROXIMITY
"Após descobrir que sua mãe morreu, Cassie vê seu mundo desabar em cima dela. Sua personalidade doce e gentil, muda drasticamente. Ela já não é mais a mesma. Para piorar a situação, seu p...
Eu só quero sentir algo, algo realmente real." Bea Miller – Feel Something
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Capítulo 16
Decido que não consigo entrar naquela casa, não por agora. Afinal de contas, aquela casa não é minha. Não me pertence. Continuo caminhando, mas cuidando e decorando as ruas em que passo, para não acabar me perdendo.
Não sei, mas eu sinto que tem algo errado com essa história da Dora ter se demitido. Acabo batendo em uma parede rígida de músculos, sem perceber e ergo o queixo. Landon, com seus cabelos cacheados, está me encarando com seus olhos claros.
– Desculpa, eu não te vi – digo e ele abre um sorriso cheio de covinhas. É fofo.
Mas meu subconsciente me lembra que ele é um estuprador, pelo que sei.
– Tudo bem? – ele me pergunta, com a testa enrugada. Ele está preocupado?
– Sim – digo, por fim. Essa história toda com Aron anda me deixando muito alheia a tudo e todos. Preciso me livrar daquele bad boy metido.
– Soube do soco em que deu em Aron – ele comenta e não disfarça o enorme sorriso em seus lábios.
– Como soube? – indago, surpresa por ele saber sobre isso.
– A cidade é pequena – ele dá de ombros. É claro que sim.
Essa cidadezinha de merda. Solto um suspiro que nem eu sabia que estava segurando e Landon põe seus dedos quentes em meu queixo, fazendo-me olhar em seus olhos.
– Quer ajuda em algo? – ele me oferece.
Engraçado, desde que cheguei aqui ninguém me ofereceu isso. Ajuda.
– Engraçado – solto uma risada amarga e ele franze as sobrancelhas, confuso com a minha reação.
– O que é engraçado? – ele indaga. Relaxo os ombros e digo:
– Desde que cheguei aqui, ninguém me ofereceu ajuda – digo sincera.
Landon se aproxima de mim, e por instinto dou um passo para trás, mas não a tempo de Landon abrir os braços e me puxar para um abraço.
Não é um abraço ruim, mas é inesperado. Seu cheiro amadeirado invade minhas narinas e sei que não deveria me sentir confortada por ele, que é acusado de estupro, mas me sinto e acabo relaxando os ombros e me deliciando desse abraço repentino.
– Acho que ninguém também lhe ofereceu um abraço, ou algum conforto – ele murmura entre meus cabelos.
– Não – digo, mas minha voz sai mais rouca do que eu gostaria. Ele quebra o abraço segundos depois e volta a me encarar.
