"Estou assustado, parece que você não se importa
Me esclareça, querida. Por que ainda estou aqui?
Não quero ser complacente com as decisões que você tomou
Mas por quê?" D4vd – Romantic Homicide
Capítulo 9
Todos ficam na porta do quarto me encarando como se eu fosse o monstro dessa história toda.
– Que foi, caralho? - indago, sem paciência.
Sem dizer mais nada, saio dali, ignorando os olhares para mim. Desço as escadas e me dirijo até o bar da casa, pegando a garrafa de vodca que está quase cheia.
Vou até a frente da casa, onde quase não tem ninguém e me sento no cordão da rua.
Abro a garrafa e tomo um enorme gole da bebida, o gosto intenso de álcool me faz relaxar. Abro e fecho os olhos lentamente, tentando repassar o que acabara de acontecer.
Aquela vadia falou mal da minha mãe. Quem ela pensa que é? Ela acha que eu pedi para ela entrar na minha vida desse jeito? Porra nenhuma!
Tomo outro gole da bebida e passo as costas da minha mão em meus lábios, limpando minha boca.
Ela tinha que ter falado tudo aquilo? Eu não a quero por perto, mas aceitei o fato de que eles se mudaram para a minha casa.
É claro que eu acho que não vai durar muito tempo, mesmo assim eu aceitei. Vadia, desgraçada. Tomo outro gole e sinto uma presença atrás de mim.
Viro-me rapidamente e vejo Jonathan de pé, me encarando.
Sem dizer uma palavra, ele se senta ao meu lado, pega a garrafa de minhas mãos e bebe um bom gole do líquido.
– Pode me dizer o que aconteceu lá dentro – ele pede, educado até demais.
Sempre gostei mais de Jonathan do que de Aron, ele me entende mais e nunca me julga. Independentemente de minhas ações.
– Nós discutimos – digo, dando de ombros.
– Isso eu sei, mas o que exatamente aconteceu? – ele indaga.
Não sei se está curioso ou preocupado. Às vezes é difícil decifrar o que ele está pensando. Mas na maioria das vezes, Jonathan é bem transparente com as pessoas. Sem medo de dizer o que pensa.
– Ela disse que odeia a minha mãe e eu surtei, tá bom? – aumento meu tom de voz e tomo outro gole do álcool para me acalmar.
– Entendo – ele diz e pega a garrafa de minha mão, bebendo outro gole.
– Não vai dizer que eu preciso ir atrás dela e pedir desculpas por quase ter espancado ela? – pergunto, curioso.
– Você bateria nela? – Jonathan pergunta.
E não sei por que, mas sua pergunta me pega de surpresa. Eu nunca machucaria uma mulher, mas a Cassie acabou me mostrando um lado que eu nem sabia que eu tinha.
Um lado agressivo, que nunca mais quero ter que ver. Não quero ser igual a ele.
– Não, mas aquela garota me fez querer.... – começo, mas logo me calo.
Eu acho que acabei ficando puto, porque foi uma ação de autodefesa. Da última vez que alguém odiou minha mãe, essa pessoa perdeu a cabeça e bateu nela.
Desde então, fico na defensiva quando se trata da minha mãe. Apesar de eu saber que ela é um pouco safada, ou deveria dizer, rapariga? Sei lá.
– Eu sei o que você e sua mãe passaram, e sei como você se sente quando alguém te provoca com algo relacionado a sua mãe – Jonathan continua falando, mas mal presto atenção.
Ok, talvez eu tenha sido um idiota, porque a mãe da Cassie morreu e a minha está viva.
Apesar de ela ter quase morrido algumas vezes, ela está viva. Me levanto do cordão e Jonathan me olha surpreso.
– Você a viu por aí? – pergunto.
– Não, mas ela não foi embora. Ninguém a viu sair dessa casa – ele diz e eu anuo com a cabeça e saio dali em busca de Cassie.
Todos na casa voltaram a dançar, beber e jogar o jogo estúpido. A música está mais alta do que nunca e começo a rolar meus olhos tentando procurar por seus cabelos ruivos, que também são meio castanhos. O cabelo de Cassie é um mistério para mim. Nunca sei definir sua cor exata.
Subo as escadas e abro cada porta que vejo pela frente. Infelizmente, só o que encontro são pessoas transando ou se drogando.
Desço para o andar debaixo e cruzo um pequeno corredor que fica embaixo das escadas. Vejo uma porta branca no fim do corredor e vou até lá.
Quando giro a maçaneta, percebo que está trancada. Talvez ela esteja aqui.
– Cassie! Abre a porta! – grito devido ao som alto.
Nenhuma resposta.
– Se você não abrir, eu vou arrombar essa merda – ameaço e finalmente a porta se abre.
Mas não é ela. É a Mia, a garota chata com quem estudo.
– Cadê a Cassie? – pergunto, ficando sem paciência.
– Ela saiu logo quando eu a encontrei – a garota loira diz.
– Você sabe para onde ela foi? – questiono e passo as mãos pelos meus cabelos, ficando nervoso com essa situação.
– Ela disse que ia embora. Ela conseguiu uma carona – Mia explica e tenta passar por mim, mas bloqueio a sua saída.
– Quem?
– Quem o quê? – ela indaga.
Essa garota é burra ou o quê?
– Quem ia dar carona para ela, porra? – pergunto sem paciência.
– O seu amiguinho, Aron – sinto que ela debocha ao proferir o nome de Aron, mas não ligo e saio praticamente correndo dali, indo até a parte da frente da casa.
Ao chegar, vejo que o carro de Aron já está na esquina da rua. Não vou correr atrás dela, eu queria me desculpar, mas ela não facilitou.
Quando me viro de costas, vejo Sabrina encostada no batente da porta, com um sorriso presunçoso nos lábios. Ela se aproxima de mim.
– Você não achou mesmo que ela ia te esperar para ir embora, depois de tudo o que você fez, né? – ela indaga, ironizando a situação.
– Vai se ferrar! – esbravejo, irritado. Ela se aproxima mais.
– Por que não desconta sua frustração em mim? – Sabrina sugere, ainda com um sorriso nos lábios.
Sei muito bem do que ela está falando e não hesito nem por um momento. Seguro sua mão firmemente e a levo para o banheiro que Mia estava há poucos minutos.
Tranco a porta e beijo seus lábios carnudos, prensando-a contra o azulejo frio.
Esfrego meu corpo contra o seu e quebro o beijo, desabotoando a calça. Tiro meu pau para fora, mas antes que eu possa penetrá-la, ela me interrompe.
– Tem camisinha na gaveta – ela afirma e abro uma das gavetas da pia do banheiro, tirando uma, das várias, camisinha.
Encapo meu pau, enquanto Sabrina tira sua calcinha e levanta sua saia para cima. Volto para ela e penetro meu pau dentro dela, enquanto ela cruza suas pernas em volta de meu tronco.
– Meu gostoso – ela diz, enfatizando a palavra "meu". Ignoro-a e penetro com toda a raiva que estou sentindo nesse momento.
Deixo que minha frustração se esvaia para dentro dela.
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Depois Dele: Livro 1 De 2
RomanceHATERS TO LOVERS ● FAKE DATING ● SLOW BURN ● FORCED PROXIMITY "Após descobrir que sua mãe morreu, Cassie vê seu mundo desabar em cima dela. Sua personalidade doce e gentil, muda drasticamente. Ela já não é mais a mesma. Para piorar a situação, seu p...