Capítulo 14 | Estou cansada de me sentir assim

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"Talvez você não tenha me traído,

Mas ainda é um traidor

Agora você a traz aqui só para me deixar mal

A exibe como se ela fosse um novo troféu." Olivia Rodrigo – Traitor

" Olivia Rodrigo – Traitor

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Capítulo 14

Ao sair da enfermaria, me dirijo para a sala de aula. Depois da confusão no corredor, eu também fui para a
enfermaria. Não me lembro de nada depois da minha visão ter ficado escura, a não ser do remédio que tomei para dor nas costas.

O sinal indicando o intervalo surge e eu pego meus livros para sair da sala, mas sou impedida por uma garota um pouco mais baixa que eu, de cabelos louros. No instante, não a reconheço, mas depois de alguns instantes, percebo que é a garota da festa que estava conversando com Avery.

– Posso ajudar? – pergunto, sendo irônica claro. Ela abre um sorriso sarcástico.

– Você mal chegou nessa escola e já fez o trio divindade se separarem. Qual é a sua, garota? – ela pergunta, irritada.

Não posso acreditar que ela está irritada com isso.

– Eu não tenho tempo para isso – corto-a e empurro de leve seu ombro, saindo da sala de aula.

Mas a garota parece um carrapato e caminha logo atrás de mim, enquanto sigo até o meu armário.

Abro o mesmo e enfio meus livros lá dentro de qualquer jeito. Ao fechar a porta, ela continua ali. Bufo em frustração, mas não adianta, ela continua ali.

– Por que você destruiu a amizade deles? – ela me pergunta, brava.

Ela está brincando comigo, né?

– Eu não destruí nada! – exclamo, aumentando meu tom de voz e claramente perdendo o pouco de paciência que me resta.

Percebo que algumas pessoas que estão passando pelo corredor, param e seus olhares se direcionam a mim e a loura baixa. Olho para o chão, cansada desses olhares sobre mim.

Mais para frente, vejo o chão com rastro de sangue e a imagem de Avery apanhando de Aron surge em minha mente.

Acho que o funcionário que limpou o sangue, não quis limpar direito. Um nó se instala em minha garganta e a culpa atinge meu peito com força.

Em parte, foi minha culpa. Mas Avery também tem uma parcela de culpa nessa história toda.

Forço a olhar para a garota de olhos claros e esquecer o chão sujo.

– Me deixa em paz – peço, baixando a voz. Em seguida, Mia se aproxima.

– Você não tem um boquete pra fazer por aí? – ela provoca a loira, que revira os olhos e saí pisando duro dali.

Depois Dele: Livro 1 De 2Onde histórias criam vida. Descubra agora