HATERS TO LOVERS ● FAKE DATING ● SLOW BURN ● FORCED PROXIMITY
"Após descobrir que sua mãe morreu, Cassie vê seu mundo desabar em cima dela. Sua personalidade doce e gentil, muda drasticamente. Ela já não é mais a mesma. Para piorar a situação, seu p...
Nós encontraremos você." Lorde – Everybody Wants To Rule The World
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Capítulo 37
Começo a chorar desesperadamente e passo minhas mãos em seu rosto, tentando senti-lo. Mas não sinto nada a não ser ele respirando com uma certa dificuldade. Inspiro profundamente, tentando me controlar.
– Fica comigo, tá bom? – peço baixinho e saio correndo dali, por um momento.
Subo as escadas correndo e escancaro a porta do nosso quarto de hotel, dando um susto em Jonathan e Mia que estavam deitados juntos.
– Pegue seu carro, precisamos ir para o hospital! – grito desesperada e volto a descer as escadas.
Sinto Jonathan e Mia atrás de mim correndo de pijama e vejo de relance Mia chavear o nosso quarto. Volto para a rua, onde o corpo de Avery ainda está lá e olho ao redor tentando procurar ajuda, alguém que tenha visto o carro, mas não há ninguém.
Percebo que meus olhos estão embaçados devido as lágrimas que não param de cair. Jonathan me ajuda a colocar o corpo de Avery no banco de trás e eu me sento no banco, colocando a cabeça de Avery em meu colo.
Jonathan dá partida no carro e eu faço carinho no rosto de Avery, com as mãos trêmulas. Deus, por favor não faça ele ir embora, não agora que eu tenho tantas coisas para lhe dizer. Preciso dele aqui.
Depois de alguns minutos, Jonathan estaciona o carro, desce e adentra o hospital a procura de médicos e uma maca. Ele volta com dois médicos e os mesmos colocam o corpo de Avery em cima de uma maca e o levam para longe de mim.
Hesito por um momento para entrar no hospital e me recordo. O hospital em que minha mãe morreu. Fecho os olhos por um momento e deixo mais lágrimas caírem, sentindo minha respiração falhar e minhas mãos continuarem a tremer.
Mia se aproxima de mim e me abraça forte, e eu deixo mais lágrimas caírem. Vejo Jonathan participar do nosso abraço. Ficamos ali por alguns segundos, e então entramos no hospital.
Mia consegue um café preto para mim e me faz beber cada gole, enquanto Jonathan fica ao meu lado, segurando minha mão. Depois de um momento, Mia diz:
– O que aconteceu? – ela pergunta e eu a encaro, com os olhos cheios de água.
– Tinha um... um carro – me atrapalho com as palavras, mas então continuo. – Ele nos viu e mesmo assim veio até nós – falo com a voz rouca.
– Isso parece estranho – Mia diz, pensativa.
– É estranho – Jonathan a corrige e desabo minhas costas na cadeira, sentindo o ar sair dos meus pulmões.
