Capítulo 40 | A Arma

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"Bem-vindo ao quarto do pânico

Onde todos os seus medos mais sombrios vão

Vir até você, vir até você

Bem-vindo ao quarto do pânico.” Au/Ra – Panic Room

” Au/Ra – Panic Room

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Capítulo 40

– Avery, isso não está certo – digo, sentindo o medo percorrer o meu corpo. Estávamos na recepção e chamamos o Aron para nos encontrar aqui.

A ideia de que o Aron seria o nosso espião, ameaçando-o, não passava pela minha cabeça. Avery percebeu minha inquietação e entrelaçou nossas mãos.

Relaxei por um instante, até ver a silhueta de Aron entrar pela porta. Ele nos avaliou e abriu um sorriso malicioso, mostrando seus dois dentes da frente separados.

O que era um charme antes, agora é nojento.

– O que vocês querem comigo? – ele pergunta, sem tirar os olhos de mim. Não recuo e contínuo encarando-o de volta. Não tenho medo dele, tenho medo desse plano de Avery que não foi pensado direito.

– Precisamos que você fique de olhos nas coisas por aqui... – Aron se aproxima, escutando atentamente o que Avery conta para ele.

Avery conta quase toda a história para Aron. Tirando detalhes como, o meu pai ser responsável pela morte da minha mãe e nós estarmos desconfiados que ele seja o homem por trás da ligação misteriosa.

– Por que acham que esse homem está aqui? – Aron indaga.

– Ele sabia os movimentos que eu estava fazendo no hospital – consigo dizer, Aron já havia tirado os olhos de mim, mas voltou a me encarar.

– Por que eu faria isso? – ele pergunta em um tom irônico. Avery tira sua mão da minha e se aproxima de Aron, ficando cara a cara.

– Eu sei que você tinha um caso com a Sabrina e que incriminaram Landon no estupro – a expressão que Aron faz logo após Avery dizer essas palavras só confirma toda a história.

– Vocês não tem provas – ele murmura, como se estivesse com medo de que alguém nos ouvisse.

– Sabrina confessou e eu gravei tudo – diz Avery, e naquele momento sei que ele está blefando. Mas Aron nunca saberia se ele está blefando ou não, e viveria com esse fardo se não ajudasse a gente.

– Tudo bem, porra – Aron esbraveja e me encara de novo. – Isso tudo é culpa sua, independentemente de como chegaram até aqui – ele aponta o dedo indicador na minha direção e Avery lhe dá um tapa na mão.

– Muito ousado Sackler, a contar que na última vez que nos vimos, eu te deixei com um olho roxo – Aron provoca, observando o rosto de Avery que está cem por cento melhor.

– Vai se foder – Avery retruca e puxa minha mão, me puxando para perto de si.

– Achei que não precisasse de homem nenhum – Aron diz, olhando para mim. – Foi só ele foder essa sua boceta que você ficou mole de novo – suas palavras nojentas me fazem ter uma súbita vontade de vomitar, mas tento ignorá-lo.

Depois Dele: Livro 1 De 2Onde histórias criam vida. Descubra agora