Capítulo 23 | Mentiras

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"Nós nos conhecemos há poucos dias

Mas você já me fez sentir de um jeito diferente

Agora, se eu pudesse descobrir o que é isso

Eu te levaria para minha casa." Chase Atlantic – Meddle About

" Chase Atlantic – Meddle About

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Capítulo 23

Corri até onde Lydia estava e segurei o seu braço levemente, impedindo-a de continuar caminhando e me ignorando. Ela se virou para mim e cruzou os braços acima do peito. Sua expressão era de total tristeza.

Abri a boca para falar, mas logo a fechei. O que eu ia dizer? Eu não podia lhe contar a verdade, e apesar do que Avery me disse, ele tem razão. Lydia nunca guardaria segredo.

– Por que não me contou que vocês estavam namorando? – Lydia pergunta.

– Não sabia como contar, não depois de você admitir que gostava dele – admito, encolhendo os ombros.

– Ainda gosto – ela replicou. Senti um aperto no peito ao vê-la assim.

– Você o ama? – sua pergunta me pega de surpresa e senti meus olhos se arregalarem levemente.

Entre no papel, Cassie. Digo para mim mesma.

– Sim... – minha voz sai falhada, mas logo me recomponho – Sim, acho que ele é o amor da minha vida – quase sinto vontade de vomitar diante dessas palavras.

Os olhos de Lydia se enchem de água e tento me aproximar dela, mas ela recua um passo.

– Eu fico feliz por você, você não fica feliz desde a morte da mamãe – ela admite, tentando esconder a sua tristeza.

– Por favor, me perdoa – implorei, sentindo um nó se formar na minha garganta. Quase não consigo engolir a bile que se forma.

– Eu não estou brava, só tenho um crush nele. Mas me dê tempo para digerir tudo isso – Lydia pede e eu assinto com a cabeça.

Ela sai de perto de mim, entrando para dentro da escola. Lágrimas escorrem por minha bochecha sem eu perceber, e sinto uma mão acariciar meu cotovelo.

Me viro de lado e vejo Avery parado me olhando com uma expressão de compreensão.

Ele se aproxima, aparentemente para me abraçar, mas recuo um passo para trás. Não consigo fazer isso ali, agora. Mas ele dá mais um passo à frente e me envolve em seus braços, antes de sussurrar em meu ouvido:

– Eles estão olhando para cá – ele me avisa, e vejo por cima de seu ombro os seus amigos cuidando a gente. Engulo o choro e passo meus braços em volta da sua cintura.

Seu cheiro amadeirado invade minhas narinas e sinto o choro se acumular dentro de mim. Mas me seguro, não vou chorar. Não aqui, não agora.

– Eu sinto muito se magoamos a sua irmã – ele murmura perto de meu ouvido e sinto sinceridade em suas palavras.

Depois Dele: Livro 1 De 2Onde histórias criam vida. Descubra agora