Capítulo 25

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- Está chateado? – Ana me fitou e não pude deixar de me sentir culpado
– Está tudo bem, só... ando preocupado com algumas coisas
– Relaxa, amor. – Espalhou beijos por meu rosto.
Determinado a não ser prisioneiro dos meus desejos proibidos, puxei Ana para meu colo e lhe dei o melhor beijo que pude. Mais uma vez minha mente me traiu, fazendo-me ter uma sutil, porém cruel, alucinação. Será que queria tanto Cassandra a ponto de imaginá-la ali, em meus braços?

DROGA, BRUNO! VOCÊ ENLOUQUECEU?

De repente, meu celular tocou e me senti aliviado, pois consegui fugir da alucinação
– Não atende. – Minha namora reclamou
– Pode ser importante. – Atendi mesmo não reconhecendo o número. – Alô?
– Estou com saudades. – Reconheci a voz venenosa. Merda! Assim vou parar no hospício!

Primeiro tive vontade de jogar o telefone pela janela, depois me perguntei como a maluca conseguiu meu número e, por último, me lembrei que precisava disfarçar meu nervosismo, já que Ana me observava com curiosidade.
– O que quer?
– Me encontra no estacionamento do Democracy em 20 minutos?
– Nunca. – Olhei para minha namorada e forcei um sorriso. – Estou ocupado agora, cara.
– Ah... – CASSANDRA riu. – Já saquei tudo. Tem certeza que não quer passar sua noite com uma mulher de verdade?
– Vou desligar.
- Espera. Tenho algo pra te oferecer.
– Eu sei o que é não estou interessado.
Cassandra gargalhou.
– Nossa, que mente suja... Não é o que está pensando. Sei quem é o líder dos filhos da democracia.
– Como é? – Fui pego de surpresa. – Está mentido!
– Você tem duas opções: pode ficar aí fingindo que sente tesão por sua namorada fútil e certinha, ou pode vir ao meu encontro e descobrir se estou falando a verdade. Estou indo agorinha mesmo para o Democracy.
– Vai cansar de esperar. – Fui ríspido. –Não tem nada que... – A cretina desligou antes que terminasse de falar. Foda!
– O que foi? Era o Nélio? – Indagou Ana.
– Sim. – Murmurei mentido muito mal.
-
Fatinha PDV

Já eram 22:40h e nem sinal de Bruno. Talvez não o conhecesse tão bem quanto imaginava. Realmente cansada de esperar, liguei o Mustang e me preparei para ir embora, até que de repente vi o Volvo preto chegando ao estacionamento. Involuntariamente ri, constatando que o conhecia sim.
O Falcon ficou mais alguns minutos dentro de seu carro e me perguntei que tipo de discussão estava tendo consigo mesmo. Na dúvida se ia até ele ou o esperava se aproximar, acabei me encolhendo no banco.
Não precisei esperar mais, Bruno saiu do carro e veio correndo até o Mustang. Assim que entrou no carro comecei a repassar rapidamente o plano em minha cabeça. Não queria embananar na hora de fazer a proposta decisiva.

Paixão e Crueldade (Adaptação Brutinha)Onde histórias criam vida. Descubra agora