Capítulo 82

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Quando meus pulmões encontraram ar, Bruno já estava lá, a meio metro de mim. Arfei e ele me lançou um olhar muito sedutor. Fiquei parada apenas boiando enquanto ele me rodeava, provavelmente analisando-me de todos os ângulos.
Diminui a distância entre nós e coloquei meus braços em volta do seu pescoço. Christopher nos levou até a escada lateral, a qual dava acesso ao veleiro. Ele manteve uma mão no degrau e o braço direito em volta da minha cintura, para que não afundássemos.
Ficamos apenas nos encarando e, instintivamente, levei meus dedos até as pequenas cicatrizes em sua face. As contornei em um lamento mudo, lembrando-me de todas as surras que ele levou por minha causa.
- Se, para estarmos aqui hoje, eu tivesse que passar por tudo de novo... Fatinha, eu passaria. - Afirmou com muita segurança.
Não respondi nada, pois meus lábios foram de encontro ao machucado em sua testa. Passei a beijar gentilmente todas as cicatrizes que marcaram um capítulo conturbado de nossa história. Então, por último, beijei suavemente o pequeno ferimento no canto da boca de Bruno. Ele imediatamente gemeu, exigindo mais. Como também estava desejosa, não perdi mais tempo e o beijei com paixão. A sensação foi tão incrível quanto da primeira vez. Seus lábios molhados e salgados devoraram os meus com doçura e malícia. (...)
Deitados no convés, próximo à proa, ficamos quietos apenas observando um ao outro. Corpos desnudos cobertos pela luz da Lua e tocados com gentileza pela brisa marítima. Havia algo de magnífico na falta de timidez e na cumplicidade que partilhamos.
Com o desejo à flor da pele, praticamente adoramos o corpo um do outro alcançando um nível maior de intimidade. Não sei dizer quanto tempo ficamos naquele estado, mas sei dizer o que senti quando Bruno finalmente colocou-se sobre mim. Minha pulsação estabeleceu um ritmo frenético e libertou a libido contida.
Os lábios quentes de Bruno sugaram a minha língua e as partes internas das minhas coxas roçaram em seu quadril, o convidando para me preencher.
- Fatinha, vou fazer amor com você do jeito que deveria ter feito na primeira vez. -Sua voz rouca me excitou ainda mais.
Após um beijo delicioso, a boca de Bruno ocupou-se com meu pescoço e deslizou avidamente até os meus seios. Meus dedos automaticamente buscaram por seus cabelos e se perderam ali. Quando dei por mim, já estava arfando com a maciez da língua dele por todo o meu busto.
Embora eu tentasse me conter, meu autocontrole se dissipou no momento em que ele levou sua boca até minha barriga e, sem hesitar, mais além. Involuntariamente meu corpo arqueou-se e Bruno apertou minhas coxas, saboreando-me de um jeito único.
Sensações crescentes foram invadindo meu peito conforme os maravilhosos minutos corriam. Bruno conseguia ser afetuoso e, ao mesmo tempo, intenso. Alternava entre sua fome masculina e a paciência de um amante habilidoso.
Não demorou para que os espasmos dominassem meu corpo e minha respiração sumisse, assim como tudo mais. Fechei olhos e o resto foi... simplesmente indescritível.

Paixão e Crueldade (Adaptação Brutinha)Onde histórias criam vida. Descubra agora