Capítulo 84

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Algum tipo de corrente elétrica ainda percorria meu corpo quando Bruno colocou-me novamente embaixo de si. Ele canalizou as milhares de sensações que devia estar sentido em movimentos fortes e enlouquecidos. Eu não sabia que ainda podia sentir tanto prazer e o assisti chegar ao ápice, admirada com o jeito lindo e desesperado que me fitava.
Quando tudo acabou, permitimos que o som do mar acalmasse nossos corações e relaxamos nos braços um do outro
(...)
Acordei antes de Bruno e preparei o café da manhã. “Preparei" é só modo de falar, pois só arrumei torradas e suco em uma bandeja. Uma hora depois, voltamos para o convés e ficamos falando bobagens enquanto passávamos protetor solar um no outro.
Bruno tentou me ensinar a velejar novamente. Dessa vez, prestei mais atenção e consegui aprender algumas coisas. Ficamos um bom tempo só velejando, curtindo o Sol e o clima mais que agradável.
Perto do horário do almoço, nos aproximamos de uma praia da qual eu nunca ouvi falar, mas Bruno me garantiu que eu ia gostar. Abandonamos o veleiro ali perto e nadamos até lá. Ele tinha razão... Eu adorei o lugar! Areia branca, maré baixa, água límpida e totalmente vazia.
Insisti para procurarmos conchinhas, pois eu queria ter lembranças sólidas dos dias mais felizes da minha vida. Bruno me ajudou, porém ficou provocando-me, sempre tentando puxar os laços do meu biquíni. Ele não era muito fã de sunga, por isso usava apenas um bermudão azul.
Eu adorava a sensação da areia úmida nos meus pés e o cheiro do mar. Nada me incomodava, nem a minha pele ficando um pouco avermelhada ou o fato de não saber onde estava. Eu só conseguia pensar em perfeição... Tudo para mim era perfeito.

Bruno PDV

Eu estava envolto em uma total paz. Em harmonia com o ambiente e com a garota que segurava minha mão. Nem me lembrava das dezenas de problemas que me esperavam em Los Angeles. E, definitivamente, não dava a mínima para a reação do governador quando soubesse que eu estava namorando Fatinha.
Espera!
Ela sabe que estamos namorando, certo? Bem, se não sabe, vai passar a saber agora.
– Fatinha...
– Sim? – Fitou-me com mechas de cabelos em seu rosto.
– Eu quero te dar uma coisa. – Fiquei de frente para ela e tirei do meu dedo mindinho o anel com o brasão da minha família, o qual tinha ganhado do meu avô quando completei 12 anos. – Não é grande coisa, mas tem valor sentimental pra mim. – Peguei sua mão direita e coloquei o anel em seu anular. – Enquanto esse anel estiver com você... – Aproximei sua mão dos meus lábios. – Eu sempre estarei por perto. – Beijei o local.
Fatinha ficou bastante surpresa, mas o brilho em seu olhar me deu a certeza de que tinha consciência do compromisso que estabeleci. Não senti que estava sendo precipitado, seguia, sem hesitar, a minha intuição, e me sentia muito bem com isso.
– Obrigada. – Deu um grande sorriso.
– Vem cá. – A puxei para mim e lhe beijei.

Paixão e Crueldade (Adaptação Brutinha)Onde histórias criam vida. Descubra agora