Capítulo 83

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Bruno PDV

Quando Fatinha se recuperou, deitou-se sobre mim e acariciei suas costas sem apressá-la. Ela espalhou beijos por meu maxilar e colou a testa na minha. E foi com seu hálito invadindo minha boca que senti seu toque delicioso. Incapaz de me conter, gemi e a garota continuou a me estimular.
Mesmo desesperado para me colocar entre suas pernas, reprimi meus instintos e me entreguei a ela. Fatinha era uma doce torturadora e me enlouqueceu quando começou a retribuir os beijos que espalhei por seu corpo.
Diferente das outras vezes em que fizemos sexo, ela não estava sendo uma vítima, nem uma manipuladora. Agora, Fatinha era minha cúmplice, minha parceira, minha constante fantasia.
Mostrando-se igualmente desejosa, ela passou a me provar intimamente. Fatinha fazia aquilo de um jeitinho só dela e foi uma das melhores sensações da minha vida. Não consegui pensar em mais nada, só a sentia, sentia e sentia.

Fatinha PDV

Não conseguindo mais se conter, Bruno colocou o preservativo que havia pego depois que saímos da água e posicionou-se em cima de mim.
Ficamos nos encarando, dizendo mais com o olhar do que com frases feitas e cheias de clichês. Senti que era um daqueles momentos que você sabe que nunca vai esquecer. Então o que veio a seguir só confirmou a declaração silenciosa.
Encaixados e entregues, desfrutamos de movimentos calmos, mas muito prazerosos. Apesar de o meu sangue quente agitar meu corpo, e de dentro da minha garganta brotarem gemidos roucos... eu estava em paz.

Bruno PDV

Me dediquei a Fatinha como nunca me dediquei a ninguém. Obcecado, cego, inteiro, extasiado... Ainda era difícil entender o sentimento que me abateu e me mostrou o quanto estava errado sobre a vida.
Nunca tinha visto o sexo por aquele ângulo, onde você sente que a outra pessoa é uma extensão de você mesmo. Onde o prazer é partilhado não com a intenção de uma satisfação instantânea, mas sim com a vontade irracional de se misturar à outra pessoa. De marcar a quem se gosta de tal forma que ela nunca venha a se esquecer de você.
Em um movimento sutil, trocamos de posição e Fatinha montou em mim. Coloquei minhas mãos em sua cintura e lhe ajudei a encontrar novamente o prazer. Deslumbrado com a forma com que luz da Lua se moldava à sua silhueta, gemi de um jeito que nunca gemi antes.

Fatinha PDV

Passei as mãos pelos cabelos e meus dedos deslizaram para o pescoço. Plena, me sentia livre e desinibida. Naquele momento eu não era um monstro, não era uma louca. Era uma mulher consciente de sua sensualidade e da fascinação que exercia sobre o homem que tanto amava.
Com toda a paixão, dei a Bruno, e a mim mesma, mais do que prazer. Levei-nos ao delírio e o fiz sentir que aquilo era tão certo e verdadeiro quanto o imenso oceano.
Então, para o meu total deleite, Bruno começou a falar palavras sensuais e lisonjeiras. Os espasmos voltaram com mais força. Meu corpo se contraía parecendo causar sensações intensas em Bruno. Pendi a cabeça para trás e me deixei ser guiada por meus instintos. Podia sentir o corpo de Bruno respondendo ao meu com súplicas e necessidades. Por isso, chamei por seu nome no momento em que sucumbi à força daquele desejo tão antigo e enraizado em mim. Foi incrível!

Paixão e Crueldade (Adaptação Brutinha)Onde histórias criam vida. Descubra agora