Capítulo 27

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- Como conseguirá a ficha? – O deixei ainda mais irritado.
– Bem, eu não posso fazer tudo sozinha. Precisa me ajudar a ter acesso ao sistema do colégio. – Impossível
– Vamos lá... – Apertei sua coxa. – Você pode tudo. – Bruno não era um hacker como Orelha, por isso deixei que quebrasse a cabeça tentando solucionar a questão.
Outra vez resistiu às minhas investidas afastando minha mão de si, mas ao fazer isso o castiguei chupando-lhe o dedo com extrema sensualidade. Minha atitude acabou com a concentração do Falcon, evitando assim que pensasse devidamente nos prós e contras de minha proposta.
– Conheço alguém que tem a senha para entrar no sistema. – Afastou-se, ligeiramente consciente. – Mas ela só funciona no computador da diretoria. – O cara estava redondamente enganado. De fato, não estava conseguindo usar o cérebro.
– Ótimo. – Sorri satisfeita. – Hoje os filhos da democracia vão mandar ver na rádio. É a sua chance, presidente.
Refletiu um pouco.
– É arriscado demais e não confio em você. – Saiu do carro. – Desista, nunca vai conseguir o que quer. – Lutou para parecer enojado.
– Ei! – Gritei antes que se afastasse. – Te dou 1 hora pra pensar, depois disso... Já era. – Sorri torto.
(...)

Bruno PDV

Fiquei um bom tempo dirigindo sem destino enquanto a proposta de Cassandra continuava a embaralhar minhas idéias. Queria achar um sentido em suas ações, mas ela era tão louca que eu não conseguia de forma alguma entendê-la. Por que transar comigo era tão importante? Não podia ser só diversão... - Por outro lado, queria muito colocar minhas mãos no filho da democracia. Todos os meus problemas se resolveriam com a expulsão do sujeito, pois, com certeza, o Democracy voltaria a ser o colégio tranquilo e formal que sempre foi. Os alunos voltariam a depositar sua confiança em mim, assim como a diretoria. Seria perfeito! Então a questão era: será que valia a pena arriscar minha reputação e namoro por um bem maior?

O questionamento remeteu-me a uma das frases mais ditas por meu pai em seus discursos: quem, em prol da sua boa reputação, já não se sacrificou?
Diariamente sacrificava o meu tempo, as minhas vontades, paciência e até mesmo meu bom senso só para continuar consolidando o título de melhor presidente do grêmio estudantil que o Democracy já teve. Na verdade, esse era o meu jeito de mostrar ao governador, meu pai, que eu estava me transformando no homem que ele moldou a vida inteira. Dormir com Cassandra, no final das contas, podia até ser um sacrifício pequeno e prazeroso, no entanto, me via relutante em confiar nela. A conhecia pouco e, até o momento, só mostrou que era rebelde e tarada. Existia uma possibilidade de que estivesse sendo sincera em tudo? Será que essa possibilidade era suficiente?

Cassandra PDV

A única coisa que dava para ouvir era o som de nossos passos no corredor principal do Democracy. Bruno, mais uma vez, conseguiu arrancar farvozinhos do zelador.
– Vamos ser rápidos. – Disse abrindo com uma chave a porta do escritório do diretor.
– Sim, senhor. – Sorri

Paixão e Crueldade (Adaptação Brutinha)Onde histórias criam vida. Descubra agora