⚠️ Aviso importante ⚠️
Fanfic com temas sensíveis como abuso, gore e tortura psicológica.
◇ Essa é a continuação da Fanfic "Jun Wu A Terceira Face do Príncipe", aqui começamos o último livro dela, o livro 3.
Aqui pretendo concluir essa imens...
Capítulo 397 Arapucas para três deuses e um arranjo anti Rei Demônio
Com o passar das horas, as ruas esvaziaram depressa.
Ainda não tinha anoitecido, Mu Qing tinha ido até a cidade no sopé da montanha de Fengdie e após vasculhar a região, foi até o encontro de Xie Lian e Jun Wu que tinham investigado os arredores de Xia Po, os três rumaram em direção à tapera, na parte ainda mais acima daquela montanha em Sichuan, mas se separaram... Sem contudo, um perder o outro completamente de vista.
Nenhum dos três tinha encontrado traços de energia demoníaca e nenhuma pessoa interrogada tinha encontrado algum corpo sem cabeça, mas os moradores estavam com medo da noite.
Jun Wu estranhou o silêncio apenas quebrado pelo vento que cortava a alta altitude, o mosteiro mais parecia um mausoléu descomunal, silente e sombrio, ele imaginou que os monges que eram seus vizinhos também estavam cautelosos e apavorados com a situação.
Assim que a noite caiu, Jun Wu vasculhou o estábulo, os arredores da tapera, Mu Qing foi na direção do terreno do mosteiro e Xie Lian foi vasculhar os lados da floresta de bambu.
O Daozhang sabia que Jiahao não se daria ao trabalho de fazer uma vítima, decapitar algum corpo, ele com certeza já havia notado sua presença e estava à espreita. Teve o cuidado de verificar até mesmo os caibros do estábulo vazio para não ser surpreendido de cima para baixo, a tapera por fora, espiando por uma das janelas ovais, sua moradia estava envolta em total escuridão em seu interior.
Quando Jun Wu penetrou pela porta de trás de correr, adentrando sorrateiro pela cozinha, ele nem imaginava que o primeiro a encontrar Jiahao, não seria precisamente ele.
Estando numa parte tão alta, o vento assobiava e seu olhar observou o caminho, a pequena trilha terrosa e íngreme, lamacenta no período chuvoso que subia a montanha ainda mais, usada em certas ocasiões como uma rota comercial entre a China e o Tibet.
Por um momento, teve vontade de entrar em contato pela matriz de comunicação, talvez estivesse um pouco ansioso, mas se forçou a prestar mais atenção no cenário.
Vendo uma movimentação por dentro do mosteiro, estreitou desconfiado o olhar... Parecia haver alguma agitação incomum.
Seus pés se adiantaram para trocar alguns passos e não percebeu o vulto saindo silencioso do solo, tão alto quanto sua silhueta, o que era uma entidade translúcida, cujo vento o atravessava... Tornou-se sólido e subitamente o envolveu.
Pego em assalto, estava pronto para revidar, buscando o inimigo ferozmente em suas costas, por um momento, Mu Qing apenas vislumbrou como num lampejo um rosto oculto sob as sombras enevoadas do capuz.
Um dos braços cruzou-se em seu corpo, colando-se às suas costas, a outra mão cobriu com violência seu nariz e boca, algo estranho penetrou por seus lábios, era impossível controlar.
Sua mão encheu-se de mana prestes a atacar, seguido de seu sabre, mas aquela coisa em sua boca desceu feito uma aranha por sua garganta.
Sua consciência foi drenada, seus músculos se tornaram gelatina e seu sabre caiu ao chão junto com seu corpo.
Tão furtivo, que nenhum dos outros dois ouviu e aquele vulto que tomou forma, mirou-se na direção do bambuzal.
Não estava gostando nada.
Xie Lian franziu de leve as sobrancelhas, seu rosto numa mescla de decisão investigativa, estranhamente o vento soprava como se o os vários bambus tão crescidos em riste conversassem numa linguagem estranha entre si dentro da escuridão.
Havia algo errado, mas Xie Lian preferia que Jiahao viesse ao seu encontro, do que se direcionasse a Jun Wu.
O deus de branco estava olhando para os lados, conduzido pelos ruídos a sua volta e a ponta de sua bota escorregou em algo viscoso no chão.
Xie Lian não pode ver de imediato, mas tinha ativado um arranjo maligno desenhado com sangue, foi nesse instante que os sons em sua volta tornaram-se caóticos, os bambus que o cercavam criaram uma barreira, eles eram como feras tentando chicoteá-lo, vindo de todas as direções!
Centrado em sair daquela situação, sua voz invocou Ruo Ye com firmeza, a tira branca se lançou tão ágil contra o couro estalando contra o rugido que os bambus emitiam se curvando violentos no ar, os sons misturando-se ao barulho do vento.
Alheio ao que acontecia do lado de fora, Jun Wu se moveu por dentro dos cômodos da tapera, pela desordem causada a cerca de três dias atrás, ele iluminava o caminho com um pouco de mana que parecia arder na palma de sua mão, a borboleta fantasma voava e cintilava ao lado de seu rosto.
Mas, logo que entrou, sentiu o cheiro de morte no ar abafado entre as paredes e as janelas fechadas, certo que um dos corpos decapitados, ou parte deles, estavam em algum lugar da residência.
Jiahao queria impressioná-lo com um corpo sem nome em estágio inicial de decomposição?
O Daozhang trincou o cenho levemente, numa questão de segundo, em desprezo a possível tentativa.
No período o primeiro Reino Celeste, na época que ascendeu e foi banido pela primeira vez, Jun Wu cultivou e tornou a ascender especialmente para exterminar aqueles arrogantes que lhe tinham negado ajuda e roubado descaradamente seus fies. Ele formou uma pilha de corpos com os deuses que tinham conspirado contra sua queda e aquele Reino Celeste banhado em rios de sangue, exalando o odor pungente e ferroso, era a personificação mais hedionda do cheiro da morte.
Lembrava-se bem, também tinha decapitado suas cabeças, era um modo eficaz de evitar que um imortal se regenerasse.
Ainda podia lembrar das feições distorcidas nos rostos das cabeças decepadas, a dor e inexistência do inimigo eram suas bem-aventuranças.
Dos três deuses que vasculharam aquela área, Jun Wu era quem encarava a situação mais friamente, com indiferença afiada, seus pés pisaram na sala e em cada parede, no chão e até mesmo no teto havia arranjos sombrios desenhados e escritos com sangue, a energia escura nesse cômodo era asfixiante para uma maioria que pisasse ali... Embora pudesse sentí-la, o deus menor ainda não estava impressionado.
A energia Yin não parecia pertencer a um demônio Ira, tal como tinha ouvido que Jiahao havia se tornado, era menos opressora do que a ocasião que o confrontou no Terraço do Vinho em Cascata.
Jun Wu parou no meio da desordem da sala, encarou os objetos e móveis revirados como escombros que restavam de uma guerra e refilou:
— Apareça... Diga de uma vez o que quer de mim, Huan Jiahao.
Sua voz nem sequer soou alta, mas grave e quase suave e do piso de madeira, atrás do Daozhang, surgiu aquele ser imaterial que emboscou Mu Qing no terreno próximo a tapera.
Não era assustador que aquele demônio estivesse atrás de si, mas Jun Wu retesou os músculos em alerta, quando os arranjos desenhados com sangue se acenderam nas paredes, no teto e no chão... Brilhando como carne esfolada, viva e pulsante.
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