Prólogo do Capítulo 489

52 7 65
                                    

Prólogo do Capítulo 489

Não quero te perder... Ou me perder de você

Flashback de vinte de maio

Vila de Pescadores Long Dun – Guang Ming

O ímpeto incontível atravessou Shu Rong como um raio fulminante e sem que Fu Sheng esperasse, o pescador largou a condução da traineira e o imprensou contra a parte coberta, a pequena cabina de descanso.

No instante em que os lábios de Shu Rong se abriram macios para os seus, segurou com ainda mais ímpeto nas vestes de pescador e as mãos dele vieram numa carícia subindo por seu pescoço tal como seus lábios também trocavam carinhos... Fazendo o beijo perdurar, se estender, necessariamente, selvático.

As sensações erógenas do beijo alimentavam seu frágil atrevimento e sua vontade incomensurável.

As mãos de Fu Sheng entraram dentro da roupa agraciando a pele com o toque, o leve arranhar das unhas conduzidas pela excitação, ao passo que também Shu Rong o abraçava e as mãos dele passeavam por carícias em suas costas, descendo num toque cuidadoso e bem sentido por sua espinha até suas nádegas dentro da calça que vestia.

Um simples beijo tinha ficado sério demais.

Ambos sentindo em meio a excitação, o mar batendo contra a traineira à deriva.

Quanto mais Fu Sheng se sentia excitado, mais a saliva engrossava dentro de sua boca, o calor se expandia por cada poro e tinha reflexos involuntários toda vez que era tocado de modo mais íntimo... E naquela cadência ardente, em que um perdia o resquício de timidez que tinha com o outro, não havia mais qualquer hesitação nos gestos de ambos quando suas ereções tornaram-se desnudas, as roupas tortas e amarrotadas pela fricção de seus corpos quase seminus.

Suavemente obsceno e despudorado, brincando com sua pequena língua na boca de seu pescador, numa generosa e envolvente troca de saliva, sua calça tinha descido abaixo das nádegas e dois dedos entraram de uma só vez em seu ânus.

Preenchendo a curva de seu pescoço ao ombro com mordidas, sentindo a respiração quente e ofegante de Shu Rong, Fu Sheng gemeu de delícia, quase gozando.

Os dedos do pescador penetravam fundo entre as nádegas, quando mais mexia com os dedos dentro de Fu Sheng, mais o fazia gemer e se mover contra seu corpo, seu pênis encaixou-se entre as pernas, a carne trêmula e sedenta das coxas.

Sentindo o pênis rijo, quente e úmido roçar em seus testículos.

Nenhum som escapava dos lábios de Shu Rong, por mais que ele estivesse entregue e tomado pelo frêmito sensual, seus olhos ardendo incandescentes ao mirar-se com afeto ardente e Fu Sheng apertou mais suas coxas de propósito, seus corpos emaranhados no convés num vai e vem que simulava a penetração...

Os dedos de Shu Rong envolveram com doçura cálida o membro de Fu Sheng, subindo numa carícia macia e assim que seu dedo afagou com firmeza sensual a glande, o cultivador chegou ao ápice.

Seu gemido profundo como a extensão de seus gestos, enquanto sentia o gozo de Shu Rong inundar suas coxas.

Num último gesto de ousadia, antes que seu corpo esfriasse das sensações do orgasmo naquele convés, Fu Sheng subiu ainda mais a blusa de corte simples erguida de Shu Rong no verdadeiro intuito de arrancá-la do corpo, talvez numa tentativa de espiar-lhe as costas.

No entanto, ainda emaranhados e à deriva, envolvidos pelo frescor primaveril e a maresia que se tornava mais agridoce pelos aromas corporais, Shu Rong deteve a veste nos braços antes que Fu Sheng pudesse arrancá-la completamente.

Seus punhos cerrados, os músculos dos braços contraídos em contornos bem delineados.

O pescador comprimiu de leve os lábios úmidos, lançando-lhe um olhar torto de censura e Fu Sheng riu passando por baixo se colocando entre a o tecido da blusa vincada presa nos braços, ficando entre ela e o tronco nu de Shu Rong.

O olhar quente amendoado ardente e desconfiado parecia questionar: “O que está tramando, seu tapado?”

— Não me olhe desse jeito... — Fu Sheng segredou risonho, as bochechas coradas. — Eu somente quero sentir sua pele e te abraçar... Shu Rong-shi.

Não tinha como objetar, embora pudesse fazê-lo.

Os dois trocaram um selinho quase demorado e Fu Sheng se aninhou entre os contornos do peitoral e do pescoço, a pele ainda tão quente, aquela existência tão viril.

Ao abraçá-lo, o cultivador podia sentir com a palma e os dedos as marcas das cicatrizes como um mapa desenhado com desumanidade nas costas do pescador.

Shu Rong ficou rígido por um momento perante ao toque, mas em seguida ele apenas trouxe Fu Sheng para mais perto, encostando seus lábios na testa... Fechando os olhos.

Ouvindo o barulho do mar.

E sem pressa de retornar à terra firme.

O arranjo do feitiço que antes uniu suas mentes, sumiu.

Carregado pelo vento.



Nota da autora:

Vários leitores queriam saber o que esses dois tinham feito na traineira He Tun, por isso eu escrevi este flashback do dia em que Fu Sheng e Shu Rong usaram o feitiço para conectarem suas mentes, para quem quiser reler os acontecimentos anteriores ao flashback, é a partir do capítulo 448.

Vários leitores queriam saber o que esses dois tinham feito na traineira He Tun, por isso eu escrevi este flashback do dia em que Fu Sheng e Shu Rong usaram o feitiço para conectarem suas mentes, para quem quiser reler os acontecimentos anteriores...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.














Jun Wu - A Terceira Face do Príncipe • Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora