Capítulo 16

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***Alerta! Esse capítulo pode conter gatilhos, caso você não se sentir confortável por favor pule o capítulo!***

Flávia

-Fiquei tão feliz com o resultado da venda dos bolos e de atazanar o outro lá é claro,kkkk, que cheguei em casa final da tarde, tomei um banho e parti pra cozinha fazer mais e amanhã ir vender. Quando começo os recheios vejo que vai faltar leite condensado e resolvi dar um pulo no mercado daqui mesmo, olho no relógio quase 21:00hs não sei se está aberto mas vou lá.
-Ainda fico um pouco confusa com esse monte de becos, tento gravar os caminhos mas nos lugares que não vou muito fica mais difícil e nesse momento esqueci em qual dobrar pra chegar lá no mercadinho. Fui no minha mãe mandou e entrei no beco, de repente me deu uma sensação ruim, um frio na espinha como dizem, tava achando tão escuro, não gostei e acelerei o passo até que minha havaiana arrebentou pqp oh sorte, agachei pra ver se dava pra ajeitar e quando levantei só senti uma mão tapando minha boca,senti um corpo atrás do meu, um odor invadiu meu nariz, comecei a tremer e tentei me soltar mas a pessoa era forte. Ele me puxou e jogou contra a parede e já apontou uma faca colocando no meu pescoço e mandando calar a boca. Meu desespero era enorme, nem me mexer e tentar fugir eu podia pois tinha um faca na garganta, o cara era asqueroso, um nóia, dentes amarelos, pupilas dilatadas, todo sujo e fedorento, tinha um sorriso no rosto, me olhou de cima a baixo e lambeu os lábios, nojo e pavor me definem. Quando vi aquela mão nojenta estava passando pelo meu corpo, nesse momento já chorava compulsivamente, ele rasgou meu vestido de cima a baixo me deixando só com a calcinha, tentei me tapar e levei um tapa na cara quando foi puxar a calcinha ouvi um tiro e saltou sangue no meu rosto e o nóia caiu no chão de olhos abertos, me agachei encolhida e chorei horrores, até que alguém caminha e agacha na minha frente, quando olho era Casagrande, nunca gostei tanto de vê-lo.

Casagrande: -Ei Flávia, sou eu! Não vou te fazer mal!-Só tremia e chorava. Ele tirou sua camiseta e vestiu em mim.
Flávia: -Eu...eu...você...matou...Meu Deus!-Não conseguia falar só abracei ele e fiquei ali onde me passava conforto.
Flávia: -Me tira daqui por favor!
Casagrande: -Vem, vou te levar pra casa!-puxou o rádio e mandou trazerem seu carro e vir fazer a "limpeza".

-Chegamos na minha casa eu não conseguia nem andar direito, as pernas bambas, corpo mole, talvez da adrenalina, ele me pede a chave, me pega no colo e leva pra dentro largando meu corpo no sofá.

Casagrande: -Cadê Rafaela?
Flávia: -Ia dormir fora da favela hoje!
Casagrande: -Porra, quer ajuda pra tomar um banho? Te ajudo namoral mesmo.-Assenti.

-Indiquei o banheiro, me levou e tirou minha roupa ligando o chuveiro, tirou a bermuda ficou de cueca e entrou comigo me lavando sem maldade nenhuma, abracei ele e chorei toda minha dor, o mesmo ficou ali quietinho me deixando desabafar, quando acalmei nos secou ele vestiu a bermuda de volta sem cueca e trouxe meu pijama de onde falei que estava.

Casagrande: -Deita Furacão, vai descansar! Quer comer algo?
Flávia: -Não quero, obrigada! Vai me deixar sozinha aqui?-medo enorme, angustia.
Casagrande: -Vou deixar contenção na porta!
Flávia: -Você poderia ficar comigo? Me sinto mais segura.-pedi manhosa e ele assenti.

-Casagrande vem meio sem jeito e deita na cama ao meu lado e me puxa trazendo para o seu peito, alívio é a palavra. Está tudo confuso,não sei por quê mas ele me passa confiança e segurança. Me acomodo ali e o cansaço vai tomando conta.

😢😢😢Nossa Flavinha enfrentando mais uma dificuldade.😢😢😢

À Flor da PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora