Capítulo 43

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Flávia

-Caminho todo da viagem de volta ao Rio dei nem papo pra esse careca rabiscado, gostoso do caramba, foca na raiva filhota. Disse que ele não ia encostar em mim? Disse! Vou cumprir a risca? Não! Ele precisa saber disso? Não também! Fiquei muito braba quando ele veio tirar onda que eu tinha feito ao contrário do que disse mas fingi a plena e ainda saí por cima deixando ele irritadinho, coisa fácil.
-Casagrande sobe o Morro e estaciona na garagem da agora "nossa" casa como ele diz. Vou demorar a me acostumar, fiquei triste de deixar a Rafa sozinha mas faz parte. Quando entramos na sala têm vários presentes que ganhamos de casamento ainda empacotados pois saímos no outro dia pra Brotas e nem lembrei dessa bagunça.

Flávia: -Ei marido, pensa que vai onde?
Casagrande: -Ué vai virar meu GPS?-debocha.
Flávia: -Tu para que depois não sustenta o deboche e fuca putinho!-falo irônica.
Casagrande: -Vou dá palco pra maluca não. Tô indo tomar banho posso?-rebate.
Flávia: Deve, ninguém merece chubosa!-riu
Casagrande: -Chubo que?-fala confuso.
Flávia: -Chulé,bola e asa mozão!-falo rindo.
Casagrande: -Ahhh mais vai se lascar! -Sobe me xingando, dois minutos pra se estressar.
Flávia: -Desce logo querido pra me ajudar a abrir e colocar no lugar esses presentes! -grito na ponta da escada,ele bate a porta do quarto.

-Começo a abrir os pacotes, têm umas coisas bem bonitas e úteis mas têm umas horrorosas, mas gosto é que nem cool né, cada um têm o seu. Nada do bonito descer e já tô quase terminando, aquele filho da mãe.
Pego uma caixa branca grandinha,pesadinha e com uma fita vermelha amarrada ao redor, ouço um barulho estranho vindo dela e me dá um medinho, vai que é uma bomba! Largo com calma na mesa de centro desfaço o laço e busco uma vassoura na área de serviço. Cê me pergunta pra que uma vassoura? Pois vou usar o cabo pra abrir de longe, se for bomba to perto da porta pra correr, não me zoem cada um com suas táticas de sobrevivência,kkkk.
-Quando abro aquela caixa bem devagar entro em pânico! Dentro dela tem um cobra Cascavel batendo guizo pronta pra picar o primeiro trouxa, começo a gritar desesperada.
Casagrande vem descendo as escadas correndo.

Casagrande: - Porra Flávia que gritaria é essa?
Flávia: -Cobra!Cobra porra! -aponto pra caixa.
Casagrande: -Pqp! Sai daqui Furacão, me espera na casa da Rafa que te busco.-diz sério
Flávia: -Cuidado! Mata essa coisa por favor! -falo já saindo,vou arriscar? Vou nada.

-Vou andando em direção a minha antiga casa tentando entender que merda foi aquilo e o principal quem mandou!

(...)

-Casagrande veio me buscar,fomos pra casa em silêncio mas fiquei só analisando e vendo que parecia nervoso e preocupado.

Flávia: -É agora que cê vai me explicar o que tá acontecendo?-coloco as mãos na cintura sério.
Casagrande: -Bagulho é o seguinte,lembra do Cascavel da festa da Cúpula?-assinto. Então depois daquilo lá mandei cobrar pelo que fez, cara já devia tá na maldade faz tempo, se revoltou mais e pulou de Facção.
Flávia: -Que isso significa?-pergunto sincera.
Casagrande: -Que ele nos traiu e se aliou a outra a facção inimiga, entendeu?-confirmo. -Aquela cobra era uma Cascavel, dentro tinha uma foto tua recente com um X na cara e um recado de que tava mais perto do que eu pensava mas que primeiro ia me ver perdendo as pessoas que importam e depois meu morro junto com minha vida.-arregalo o olho.
Flávia: -Mas como ele conseguiu fazer aquela caixa chegar dentro da tua casa?-indago.
Casagrande: -Exatamente isso que tô tentando descobrir, já desconfiava que ele tinha alguém de dentro ajudando. Segurança foi redobrada, evita sair do morro nesse momento, até eu resolver esse B.O.-fala sério.
Flávia: -Tá certo, entendi.
Casagrande: -Fácil assim? Sem em xingar?-ri
Flávia: -Sou afrontosa mas tenho amor a vida.- digo sincera.
Casagrande: -Fui sincerão te dizendo que nessa minha vida tenho e faço muitos inimigos e tu ia se tornar um alvo. Mas vou te proteger enquanto eu viver Furacão!-fala sério.
Flávia: -Disso não duvido Diego! Já percebi que tu é vacilão mas têm palavra.-sorrio.
Casagrande: -Tu não perde a chance né.Outra trégua então?-sorri.
Flávia: -Certo, trégua então mas tu vai ter que fazer pipoca e assistir um filme comigo, que eu vou escolher e sem reclamações.-sorrio.
Casagrande: -Quando isso virou uma negociação?-pergunta irônico.
Flávia: -Ihhh filhão não foi ainda? Vou escolher o filme marido!-pisco debochada ele bufa mas pega o rumo da cozinha.
-Dizer que não temo pela minha vida é mentira, não sei explicar mas confio muito no Casagrande e com ele me sinto segura e protegida como nunca me senti. Loucura da minha cabeça será?

À Flor da PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora