Capítulo 82

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Casagrande

-Quando a Flávia me disse que o Diablo tava envolvido no sequestro, tive que respirar me segurar pra não subir aquele morro e encher a cara dele de bala.

-Acontece que o Comando não é bagunça, se o cara da mesma Facção apronta ele deve ser julgado pelo Tribunal do Crime,pra arrastar alguém pra lá têm que ter prova ou tu que se fode.

-Então tive que sustentar toda raiva que eu tava daquele fdp, ser sagaz, usar a cabeça, pra chegar no bagulho com fundamento,tá ligado?

-O mais complicado era que Flávia ia ter que falar e apontar o sequestrador dela. Porra eu não queria fazer ela trazer tudo de volta na mente.

-Ela tava indo na psicóloga, melhorando aos poucos com a ajuda de geral. Já tava saindo um pouco, rindo das bobagens, reagindo.

-Então resolvi conversar com ela e p que a mesma resolver tá bom e vejo o que faço. Ela é a prioridade no bagulho.

-Até estranhei esses dias passei lá pra ver como ela tava e veio me perguntando sobre a Grazi, onde estava e se o tratamento que ela recebia era o mesmo que tinham dado a Flávia

-Parti pra casa da Rafa, mandei mensagem pra Minha Furacão avisando que tava ali, ela mandou entrar que tava tudo destrancado.

Casagrande: -Tô chegando hein!-falo divertido.

Flávia: -Teu perfume chega na frente!-fala e ri.

Casagrande: -Alá, pai é cheirosão filha!-rindo.

Flávia: -Isso não dá pra negar!-sorri maliciosa.

Casagrande: -Furacão não ri na cara do perigo! -digo zoando, mas já to ficando maluco, tenho vivido no 5 contra 1.

Flávia: -Nunca fui medrosa!-ri e pisca.

-Quando vejo já tô bem próximo da sua boca

Flávia: -Tudo isso é saudade Diego?-debocha.

Casagrande: -Tu não têm noção do quanto Meu Furacão!-digo agarrando sua cintura.

Flávia: -Te entendo porque eu também sinto!- diz sorrindo e eu beijo aquela boquinha.

-Paramos por falta de ar, porra que saudade da minha mulher, do cheiro, do beijo, do corpo. Mas tô na calma, respeitando o tempo dela e torcendo pra ter ela de volta.

-Flávia se afasta e vai sentar no sofá, não forço a barra e sento no outro.

Flávia: -Queria falar o que comigo?-pergunta.

Casagrande: -Sei nem como te falar isso!-Digo

Flávia: -Fala com a boca filhote!-debocha.

Casagrande: -Essa é a Flávia que o Brasil conhece!-brinco.

Flávia: -Palhaço, fala logo que sou ansiosa-diz.

-Explico a situação pra ela, deixando claro que não é obrigada a ir.

Flávia: -Ele vai estar no mesmo lugar que eu? - pergunta.

Casagrande: -Sim, o cara vai ser julgado tem que tá lá né! Mas ele não vai chegar nem perto de tu, te garanto.-falo verdadeiro.

Flávia: -Eu vou! Quando é?-pergunta firme.

Casagrande: -Amanhã, mas tu têm certeza que não vai te prejudicar cara? Se for nem pensa em ir.-falo preocupado.

Flávia: -Diego presta atenção, minha psicóloga disse que quando eu me sentisse pronta eu deveria falar sobre o que aconteceu, externar pra quem eu confiasse e sentisse a vontade. A mesma coisa sobre confrontar quem me fez mal, que isso vai me fortalecer.-diz segura.

Casagrande: -Então já é! Te mando mensagem depois combinando e amanhã passo pra te buscar.-falo beijando a testa dela pra ir embora.

(...)

-Hoje era o dia, os chefes dos morros foram chamados como uma reunião normal, mas a ideia era não alertar Diablo e ele fugir ou pular.

-Cheguei no local com a Flávia, Ogro tava na minha contenção e ia ficar com ela até a hora que chamassem.

-Entrei no galpão, Professor tava lá, troquei uma ideia com ele, fiz toque com os outros, e mandamo trazer o traídor pra começar.

Casagrande: -Hoje a cúpula vai decidir o que o Diablo merece. Traidor tem um caminho só. Os chefes de morro foram chamados pra ficar ciente que um dos nossos deixou a ambição tomar conta, tá ligado?-digo firme.

-O bagulho desenrolou, colocamo as provas pra jogo, tinha um vídeo da Grazi contando da parceria doa dois mas ouvir a vítima ia ser a cartada final. Pedi pro Ogro trazer a Flávia e puxei uma cadeira pra ela sentar do meu lado.

Professor: -Flávia, sei que tu passou por uns bagulhos foda, te agradeço por ter vindo. Mas a gente precisa saber se quem te sequestrou tá aqui e quem é.-diz sério.

Flávia: -É difícil, tô colando os pedaços ainda. Mas quem me sequestrou na praia foram os homens do Diablo, ele me manteve no morro da CDD até a infeliz da Grazi me buscar e me levar pro inferno. Eu disse pra ele que era um engano, que CDD e Rocinha eram aliados e da mesma Facção. Diablo riu da minha cara,disse que ia tirar tudo do Casagrande que ele não merecia o poder que tinha.

Diablo: -VADIA! CALA A BOCA! MENTIROSA.- gritava descontrolado.

Flávia: -Tô mentindo que levei porrada de vocês? É mentira que tu deixava teus homens passar a mão em mim e fazer um puta terror psicológico pra eu morrer de medo de ser violentada? Que fui humilhada? Fala seu bosta do caralho!-diz e segura minha mão.

Professor: -Acho que tá todo mundo de acordo né não?-todos assentem.-Pode levar pra sala da tortura que esse pela saco morre hoje.-diz.

-Abraço Flávia que tremia um pouco e digo no seu ouvido como tô feliz e orgulhoso da evolução dela. Digo pra me esperar no carro com o Ogro pois vamos finalizar o fdp.

-Chego na sala, Diablo tá amarrado e pendurado num gancho e já tinha levado um esculacho. Mando trazer o chicote de pregos na ponta.

Casagrande: -Quero cada um passando e dando uma chicotada nesse judas, com força pra arrancar a carne.-digo sério.

-Se formou uma fila, cada um que passva arrancava pele e sangue. Quando acabaram jogaram um tubo inteiro de álcool. Esse louco gritava e se debatia demais.

-Arranquei dedo por dedo, por ele ter a coragem de tocar na minha mulher. Depois disso como um bom Judas ele foi apedrejado, onde pegasse tava bom.

-Pra finalizar com chave de ouro levamo ele para os pneus do lado de fora e tacaram fogo. Os gritos de desespero são os melhores já que ele não teve pena da minha morena. E assim se foi,menos um inimigo.

À Flor da PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora