Capítulo 73

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Casagrande

-Hoje eu entendi o que significa a palavra desespero,parece que a situação não têm saída, um desânimo, me sentindo incapaz, uma agonia sem fim, o cara fica sem rumo, coração acelerado.
-Porra nunca vou me perdoar se acontecer alguma coisa com a Flávia, não cuidei e protegi minha mulher como prometi e isso tá fudendo minha mente.
-Eu amo aquela encreiqueira, mina surgiu do nada e virou tudo, fico maluco de imaginar o que possa tá acontecendo com ela nesse momento. Inimigo meu não vai ser carinhoso.
-Sentimento de culpa é o mais difícil de carregar, ele te corrói, tu passa na cabeça cada cena e fica pensando e se, se eu tivesse ficado, se eu tivesse levado ela junto,tanto se.
-Não conseguindo lidar com a realidade faço algo que a muito tempo tinha deixado fora da minha vida, pega 2 pinos de cocaína faço as carreiras, tiro uma nota de cem da carteira, enrolo e vou aspirando uma por uma, até que um estrondo na porta do meu escritório aqui na boca vai com tudo pra trás e o Bravo entra transtornado com Cerol, Mari, Rafa e Bárbara vindo junto. Ele vem pra cima de mim, bufando furioso e vira um murro na minha cara, vou levantar pra reagir mas as meninas entram no meio.

Bravo: -Tu é meu irmão então posso te dizer que tu virou um fraco, pau no cú do caralho!- grita

Casagrande: -Tá pensando que é quem seu porra?-falo irritado.

Bravo: -Sou o cara que te deu o papo uns dias atrás pra tu tomar juízo ou ia perder tua mulher, aí tu vai e deixa a mina sozinha na pista? Vontade de te dar um tiro!-diz alterado.

Cerol: -Eiii parou vocês dois! A gente tem que unir forças agora e achar Flavinha porra!-diz.

Rafa: -Tu sabe Casagrande que erra como respira e eu tô orando pra minha amiga voltar bem e te dar um belo pé na bunda!-diz raivosa.

Mari: -Calma gente, por favor!-fala chorosa.

Bárbara: -Será que dá pra gente pensar só na Flávia? Essa hora ela tá não se sabe onde, vai saber passando pelo que ou quanto tempo ainda têm! Então foquem toda essa raiva pra achar ela e depois vocês apontam quem tá certo ou errado, fechou?-diz firme e séria.

Todos: -Fechou!-dizemos.

Mari:-Ela saiu pelos fundos do Restaurante e foi pra praia pois precisava respirar, a gente pode começar por lá mostrando foto, perguntando se alguém viu algo.-diz

Casagrande: -É uma boa ideia, vou mandar um vapor levar vocês, enquanto isso vou acionar os aliados, X9 em morro inimigo, tudo que puder fazer.-digo sentindo a adrenalina da cocaína.

Bravo: -Espero que tu não vire um nóia! Tua cabeça tem que tá focada na Flávia.-diz e sai.

-As meninas foram com os vapor pro Leblon tentar achar alguma pista. Ficou eu e Cerol na boca.

Casagrande: -Aí irmão, te pedir pra puxar a ficha da Laura, passa o pente fino, valeu?-digo.

Cerol: -Ué, tá desconfiando dela?-pergunta.

Casagrande: -Tô confiando nem em mim mano. E desde que ela surgiu tudo desandou, então é bom ficar ligado no proceder.-falo.

Cerol: -Namoral? Vou te falar porque não sou baú...tudo desandou porque tu não soube administrar, deu um espaço enorme pra da rua e escanteou a de casa, não vou chutar cachorro morto, tô ligado que tu já sabe disso tudo e essas carreiras aí na mesa gritam culpa. Tô contigo, faço qualquer bagulho pra trazer a Flavinha de volta, mas mão na cabeça de quem tá errado tu sabe que não passo. Te dou notícias.-falou e saiu.

-Depois que ele saiu eu surtei real, quebrei tudo que vi pela frente, fumei não sei quantos beck, mandei vir wisky e entrei pra dentro da garrafa mas nada acalmava a dor e a culpa que eu tava sentindo. Só queria apagar e não sentir mais nada.

(...)

-Acordei no sofá na boca com alguém batendo na porta e insistindo.

Casagrande: -Entra Caralhooo!-grito.

Ogro: -Aí Patrão a mãe da tua filha chegou aí toda desesperada chorando pra caralho e quer te ver!-fala

Casagrande: -Pqp hein! Essa aí tá sempre desesperada. Manda entrar.-falo irritado.

Laura: -Diego preciso de ajuda.-chora

Casagrande: -Só a minha mulher pode me chamar pelo nome! Que foi agora Bela tá com dor de barriga?-falo no deboche.

Laura: -Não acredito que vou ser tratada assim! Cheguei na minha casa, tava tudo bagunçado, coisa quebrada e tinha esse bilhete. O que tá acontecendo Casagrande? Minha filha tá em perigo?-fala tudo junto.

Casagrande: -Calma porra! Me dá isso aqui!

Bilhete:

"Uma já foi, tua filhinha e a mamãezinha são as próximas. Vou tirar tudo de tu."

Laura: -Fala alguma coisa! A gente tá correndo perigo? Quem já foi?-ela chora novamente.

Casagrande: -Sequestraram a Flávia!-digo frio.

Laura: -Meu Deus! E agora? Que horror!-chora.

Casagrande: -Calma pô! Onde tu tava quando tudo isso aconteceu?-pergunto calmo

Laura: -Era minha folga, fui com a Bela e a babá ao shopping, quando voltei tava tudo daquele jeito.-fala assustada.

Casagrande: -Hoje tu vai pra minha casa com a Bela e amanhã vou arranjar uma casa pra vocês aqui no Morro onde posso proteger vocês.-falo sério.

Laura: -Como assim casa aqui? Eu tenho minha vida, minha profissão, sem condições!-se exalta.

Casagrande: -Se você prefere morrer pode deixa Bela comigo e volta pra casa.-falo frio

Laura: -Por quê você tá com tanta raiva de mim? Me tratando mal.-pergunta.

Casagrande: -Quer saber? Se tu não tivesse me ligado apavorada por um dente nascendo eu não tinha deixado minha mulher no restaurante e ela tava aqui agora porra!-grito.

Laura: -Você se ouviu? Quem deixou a mulher lá? Você! Quer arranjar um culpado agora? Por que não levou ela junto?-pergunta irritada.

Casagrande: -Por que quando é sobre a Bela eu fico cego caralho!-falo puto.

Laura: -Então isso é mais sobre você do que sobre mim, vou esperar lá fora que alguém nos leve onde vamos ficar.-diz e sai.

À Flor da PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora