Capítulo 63

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Casagrande

-Saímos do baile rumo ao nosso barraco,mas conheço a mulher que tenho né, entrou muda e saiu calada do carro, quando a gente entrou ela subiu pro quarto e partiu pro banho, zero papo, aí tive certeza que deu ruim.
-Peguei uma cueca e um short mole e tomei banho no outro banheiro, quando voltei pro quarto ela tava secando o cabelo, sentei na cama e fiquei mexendo no celular até ela acabar ali.
-Daqui a pouco o barulho acabou e Flávia veio muda, sem nem me olhar e já ia deitar. Puxei ela pelo braço devagar e ficamos nos encarando.

Casagrande: -Vai negar voz mesmo? Tu viu que eu não dei moral nenhuma?-falei calmo.

Flávia: -Sinceramente Diego? Tô tão exausta dessas situações que nem força pra discutir eu tenho!-fala triste

Casagrande: -Ótimo! Eu não quero discutir mesmo. Que te falei no começo? Problema vem a gente senta e conversa, resolve na hora. Empurrar só piora.-digo sincero ela suspira

Flávia: -Olha me dói dizer mas eu acho que a gente não vai dar certo nunca. Eu tô cansada já e a recém começamos. Te coloca no meu lugar cara, no mesmo dia 2 mulheres me infernizando por tua causa. Brota puta até da terra, incomodação o tempo todo! Não tenho paz nessa porra!-fala bolada.

Casagrande: -Cara nunca te escondi quem eu era! Não tem como apagar o que já fiz, o que posso te prometer e que não vou deixar ninguém crescer pra cima de tu, hoje eu te mostrei isso.-jogo limpo.

Flávia: -Estranho ela sair lá da pista, subir o morro como se fosse íntima, direto pro camarote, não foi barrada e ainda se sentiu no direito de se impor!-fala irônica.

Casagrande: -Cê lembra o dia que eu falei que ia dormir fora mas voltei antes e bêbado?-ela assente. -Então fui ver ela, a gente dava uns lances às vezes, só que cheguei lá e tudo que eu queria era conversar pra entender o que eu tava sentindo por tu, ela ficou muito puta por ser rejeitada, nem quis papo. Hoje ela veio se vingar, eu acho.-digo sério e ela sorri.

Flávia: -Parabéns Diego, pelo menos você tá sendo verdadeiro. -faço careta. -Eu já sabia disso. Naquela noite vim atrás pra tentar conversar, não aguentava mais o clima e entendi que estava gostando de você. Sentei na cama pra te esperar sair do banho, teu celular notificava e depois chamava sem parar e eu olhei pela barra ela te chamando de amor, que tava esperando pra matar a saudade. Sei que tá errado mexer no teu celular mas não aguentei e paguei caro pois a informação me deixou mal.-fala bem sincera.

Casagrande: -Eu disse pra tu que ia jogar limpo desde o começo, papo de sujeito homem! Eu te entendo Meu Furacão, não tá fácil e nada ajuda, mas a gente não pode deixar o passado ser motivo de dar rl na gente
Tu conhecia meu passado, eu junca cobrei o teu, o importante são os passos do dia que a gente firmou pra frente, aí não pode ter vacilo.

Flávia: -É o mínimo né Diego!-fala Irônica.

Casagrande:-Então o papo é só um minha deusa!-puxo ela pra mim. -Sou apaixonado por tu, amarradão, tá ligada? E é isso que quero pra nós, papo sincero, verdade, parceria, amizade, respeito, tudo que tá tendo nessa conversa. O resto a gente vai construindo e ninguém vai derubar porque a base vai ser de rocha, tendeu?-ela enche os olhos de lágrimas

Flávia: -Nossa esse meu bandido tá falando bonito demais!-sorri. Também sou apaixonada por você meu Coroa, quero demais que dê certo mas hoje cheguei achar que não ia dar conta!-fala triste.

Casagrande: -Porraaaa! Se o Meu Furacão não der conta ninguém mais dá filhota!-brinco.

Flávia: -Palhaço! A muito tempo não confio em ninguém por favor chega em mim e diz que não quer mais se for o caso mas não trai minha confiança porque vai acabar comigo.

Casagrande: -Confia pô! Teu homem não vai falhar na missão!-puxo ela pra um beijo.

-A gente deita, puxo Flávia pro meu peito e a gente fica batendo um papo e de chamego até pegar no sono, que dia longo.

(...)

-Acordo e vejo a hora, ainda é cedo, deixo Meu Furacão descansando e vou até a padaria buscar as besteiras que ela curte, amansar a fera que habita nela. Quando tô voltando meu celular toca, vejo é número desconhecido e nem atendo. A pessoa insiste e o telefone toca de novo e de novo, resolvo atender e ver quem é o desesperado.

Casagrande: -Qual foi? Quem é?-digo irritado.

N/D: -Poxaaa meu aliado não reconhece a voz de um amigo antigo, ou um novo inimigo?-ri

Casagrande: -Cascavel filho da puta!-xingo.

Cascavel: -Ohhh o respeito com a mãe alheia! Como vai nossa mulher?-debocha.

Casagrande: -NOSSA UM CARALHO! SEU PAU NO CÚ!-tô irado irmão.

Cascavel: -Calma sócio, cuida dela direitinho hein e vai se despedindo porque em breve subo essa favela pra buscar o que eu quero!

Casagrande: -Vem seu merda! A única coisa que tu vai levar é bala seu arrombado!

Cascavel: -Vai infartar assim parceiro!debocha

Casagrande: -Quero ver tu te virar agora que teus X9 que foram tudo de ralo!- dou risada.

Cascavel: -Tem problema não Casagrande! Pra cada 2 que tu matar eu planto 4. A única certeza que eu tenho é que tu vai cair e ainda vou fuder tua mulher na tua cama.-afronta.

Casagrande: -Tu não é sujeito homem?Sobe essa porra então e vem falar essas merda na minha cara!-falo com ódio.

Cascavel: -Não tenho pressa! Tchau parceiro, dá um beijo na nossa gostosa!-ri e desliga.

-Agora virou questão de honra, vou revirar esse Rio de Janeiro e a morte desse merda vai ser muito lenta ou não me chamo Diego Casagrande.

À Flor da PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora