Capítulo 54

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Casagrande

-Acordo com uma escola de samba na cabeça, doendo os cornos, porraaaa!Acho que que bebi demais. É aquele ditado vou beber até ver a mulher amada no fundo do copo, deu nisso!
-Vejo que tô na minha cama, só de cueca e fico puxando na memória o que aconteceu, aí bate o desespero pois vou lembrando de tudo irmão. Bem que dizem que a cachaça antes de te matar ela te humilha!
-Fugi da mina que nem diabo foge da cruz pra não cair em tentação, aí vou lá encho a cara e solto o verbo, falando tudo que tava bem guardado no peito do vagabundo. Mas ela achou que era papo de bêbado né, então agora vai de mim bancar o esquecido ou abrir o jogo. Namoral? Não sei o que fazer!
-Eu vou pra guerra, não tenho medo de polícia, tiro, comando uma pá de gente perigosa, mas quando é sentimento fico igual a criança assustada, cê é doido!
-Uma coisa já assumi pra mim, gosto dela pra caralho, mexe comigo demais. É uma encreiqueira linda, cheia de personalidade, me peita e me deixa doido com ela e por ela. Uns bagulho que não senti nem com a Alice. Mas aí que é foda, toda vez que lembro da única mulher que dei moral e quis dar o melhor e hoje tá fechada com os meus inimigos, aí me fecho de novo.
-Flávia é um mulherão da porra que tô ligado! Ela é boa até demais, sei que tava puta comigo mas mesmo assim me cuidou. Essas atitudes dela mostram que é diferente, outro nível de pessoa mas faz o que com o trauma? Enfia no cú? Foda parceiro.
-Resolvo levantar e encarar a vida, sei nem com que cara vou olhar pra ela, nem como agir tô mais perdido que cego em tiroteio. Kkk.
-Tomo aquele banho, deixando a água gelada escorrer e lavar a alma, esfriar a mente.
Me visto e partiu descer pra morrer de vergonha. Mas ela não está, aí lembro que tá na escola trabalhando, mas como sempre deixou meu café, me amarro nisso sabe, vivo a muitos anos mesmo sem carinho, cuidado e atenção, ela pode querer me matar mas igual cuida de mim,aproveito porque tô numa larica daquelas. Acabo e parto pra boca, pelo menos ganhei tempo pra pensar como agir daqui pra frente.
-Chego na Boca e meus irmãos já tão lá se provocando, se não tiver treta nem é eles. Faço toque, vou entrando e claro os cuzão já vem atrás.

Bravo: -Qual foi irmão, os mano disseram que tu bebeu ontem até esquecer o nome!
Casagrande: -É real, fiquei ruim e hoje tô pior!
Cerol: -E essa cachaça têm nome?-debocha.
Casagrande: -Quer saber o nome da bebida pra quê?-me Faço de sonso.
Bravo: -Tá engraçadão tu né! Desembucha que te conheço e nem é de agora.-fala sério.
Cerol: -Vai ficar de segredinho com os de fé?
Bravo: -É medo do que vai ouvir.-ri o fdp.
Casagrande: -Vocês são foda! Tô perdido tá ligado? Sei nem como agir.-contei tudo a eles.
Cerol: -Caralhooo! Vagabundo foi laçado!- ri
Casagrande: -Vem de putaria não.-falo irritado.
Bravo: -Adianta ficar putinho não. Tá na hora de se ligar que nem todo mundo é igual. Alice nunca prestou, Flávia é outro naipe.-diz sério.
Cerol: -Concordo. Comparar até é injusto, já que Flavinha tem bom coração e age pelo certo. Sem contar que faz de tudo pelos dela, até encarou casar contigo.-debocha.
Casagrande: -Tá sempre com o Patati Patatá enfiado no cú né?-falo irritado.
Cerol: -Agora falando sério diz aí na moral tá apaixonado?
Casagrande: -Aí que tá, tô sentindo um monte de bagulho que nunca rolou,mas tô fechado a muito tempo. Não sei direito o quê é!
Bravo: -Sente o quê? Fala ai, se o Cerol debochar eu prancho ele!-diz firme.
Casagrande: -Ah mano, gosto pra caralho daquele Furacão em forma de gente tá ligado? Curto tá perto, sinto falta até das confusão. O cheiro dela me deixa instigado, o corpo, o toque é tudo bom pra porra! Gosto até do deboche, da carinha de bolada, linda demais, uma deusa!-falo lembrando.
Bravo/Cerol: -Tá apaixonado!-falam juntos.
Casagrande:-Porra!Acho que tô mesmo,merda.
Nem pela Alice senti esses bagulho, tô parecendo adolescente emocionado.
Cerol: -Fala tudo isso pra ela irmão!-diz sério.
Casagrande: -Não quero colocar ela em mais perigo e tenho medo de me quebrar de novo.
Bravo: -Perigo tu já colocou quando casou com a mina burro! Se tu acha que vai piorar abre o jogo com ela, Flávia é firmeza vai entender, te dá o direito de tentar parceiro, dá porta pra dentro tu pode ser feliz.-sensato.
Cerol: -E outra Flavinha é outro nível, essa vai fechar contigo no claro e no escuro e não vai soltar tua mão quando tudo ficar difícil!
Casagrande: -Tô partindo, vou pra casa!
Bravo/Cerol: -Vai logo!-riem.

-Monta na moto e arranco voado pra casa antes que a coragem que a conversa me deu acabe, estaciono entro e não vejo ela. Ouço barulho na cozinha e um cheiro bom demais, ando até lá.

Flávia: -Boa noite.-fala estranha.
Casagrande: Boa! Aí Furacão, chegou a hora da gente bater um papo reto.-digo e seja o que o cara lá de cima quiser.

À Flor da PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora