Capítulo 33

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Flávia

-Ódio desse mamute sentado do meu lado dirigindo, acha que é o dono do mundo e não só do morro. Tomar mo cool pra lá, me tirou do churrasco como se eu fosse um pacote,sou nada dele, devo nada. Ué não tava com a Noiva Cadáver? Que fique com ela, nem me importo daquele gostoso do Dinho me consolar. Oh Glória! Mas também fiz a lei do silêncio, não vou dar papo pra maluco!
-Nem vou negar que gostei muito dele ter vindo embora e ter deixado a oferenda loira lá abandonada, aiiii como sou bandida! Vejo o Morro, ele veio voando, esse cretino devia tá querendo nos matar, só pode. Casagrande passa pela barreira, passa pela minha rua e vai subindo o morro na parte mais alta,será que vai me matar lá? Nossa Senhora da Língua Afiada que me proteja! Observo ele entrando numa garagem e estaciona. Me manda descer ou vem me buscar, babaca! Fui o seguindo e entramos na casa que era linda por sinal e bem grande. Sentei no sofá porque não sou obrigada a nada e ele começou.

Casagrande: -Vai negar voz abusada? -continuo muda.
Casagrande: -Tá aí toda errada e quer ter razão ainda?-explodi de raiva.
Flávia: -Eu toda errada? Mas é muito cara de pau mesmo!
Casagrande: -Tá errada sim! Pensa que esqueci da água gelada que tu jogou na Alice e não foi cobrada?-fala sério.
Flávia: -Olha tu e aquela sonsa se merecem mesmo!-digo furiosa.
Casagrande: -Tu me respeita, não sou teus alunos!-me encara.
Flávia: -Claro que não é, eles tem caráter!
Casagrande: -TÁ MALUCA FILHA DA PUTA?-grita na minha cara.
Flávia: -Tô muita doida mesmo de ter caído no teu papinho. Me diz se tu tinha voltado pra ex e tá até bancando foi na minha casa pra quê? Variar o prato?
Casagrande: -Mano que mulher caralho? Eu nunca voltei pra ela e tava sendo puro contigo.
Flávia: -Deixa de ser mentiroso, ela tava me esperando no Meu portão pra mandar ficar longe do homem dela. Ainda debochou que tu contou pra ela que tinha passado a noite com a marmita aqui pra desestressar mas estava muito arrependido. Mais ainda...deixou claro que nem teu nome eu sabia pois sou qualquer uma. Joguei e jogaria de novo!-digo puta.
Casagrande: -Caralho mano! Alice filha da puta! Olha aqui na minha cara Flávia meu papo é reto não tenho porque mentir, não falei porra nenhuma disso.-fala serio.
Flávia: -Como ela sabia que tu passou a noite comigo então?
Casagrande: -Quando saí da tua casa aquela manhã a maluca tava no teu portão me esperando, implorando pra eu ouvir ela uma última vez e depois em deixava em paz. Como não podia fiquei de falar com ela no almoço e acabar logo com isso. Aí tu viu e pirou!
Flávia" -Vem de papinho gostoso não, ela te obrigou a ficar dando risada também ? Te obrigou a levar ela no churrasco?Nos poupe.
Casagrande: -Tu é difícil hein,a gente tava lembrando de uns bagulho engraçado que aconteceram no passado só isso. Namoral? Sei nem porque tô me explicando a gente não tem nada e tu tava agarrada no meu aliado pra todo mundo ver!-falo brabinho.
Flávia: -Quer saber? Essa discussão não vai chegar a lugar nenhum. Eu te usei, tu me usou e já era! Pronto.-tô arrasada mas tô de pé.
Casagrande: -Já é então!-fala orgulhoso.
Flávia: -Faz um favor se me ver faz que nem conhece, tô legal de confusão com essa fábrica de loiras que tu têm!-falo firme.

-Quando ele ia abrir a boca pra responder meu celular começou a tocar, no visor o nome da minha irmã, já fiquei nervosa e atendi rápido.

Flávia: -Alô! Débora que houve pra me ligar essa hora?- falo preocupada e Casagrande começa a prestar atenção.
Débora: -Ir...mã!- Começa a chorar.
Flávia: -Respira garota, se acalma preciso saber o que tá acontecendo!-falo nervosa.
Débora: -A mãe!-soluça. Senhor que nervoso!
Flávia: -Não tem ninguém aí perto que possa falar comigo? Ou tenta se acalmar por favor.
Débora: -A mãe piorou muito, teve que internar. Colocaram um sonda de alimentação nela porque não tá conseguindo comer.-chora.
Flávia: -Meu Deus, e o médico diz o que?- me desespero e o outro vem pra perto.
Débora: -Ele disse que ela não pode mais esperar, que o mais rápido é pelo particular mas se fizer uma coisa paga tem que fazer tudo, é muita grana irmã, perto de 60.000,00. Imagina? Nem se vender a alma! Pai tentou empréstimo no banco antes da gente te contar o que tá acontecendo mas salário baixo não libera tanto dinheiro!-fala triste.
Flávia: -Não acredito nisso!-Começo a chorar muito. -Escuta Débora, eu vou dar um jeito, nem sei o que fazer mas vou me virar. Ela não vai morrer.-falo desesperada.
Débora: -Mas como?-pergunta preocupada.
Flávia: -Ainda não sei,me deixa pensar, me dá uns dias, eu te ligo.-falo acabada.

-Me despeço e desligo o celular. Ali me entrego a agonia de não saber o que fazer e choro de soluçar, sem nem me importar dele ver. Pra minha surpresa me abraça e diz que vai ficar tudo bem.




E agora, o que nossa Flavinha vai fazer?😱

À Flor da PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora