Capítulo 76

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Casagrande

-Já faz uma semana que minha mulher foi sequestrada, sumiu do mapa. O desespero tá tomando conta já, nem uma pista irmão, nada de rastro, quem pegou é inteligente, pensou em cada detalhe.
-Mas desisti eu não vou, tamo passando pente fino, acionando todo mundo, fechando o cerco por todos os lados. Na real mesmo tenho é medo do que minha Furacão pode tá passando. Nem tem como não se culpar porra
Sou um merda cara, devia ter protegido ela de tudo.
-Fiz até promessa, tá ligado? Quando ela voltar e boto fé que vai vou me dedicar pra fazer minha mulher feliz, vou proteger demais pensar antes de agir e nunca mais deixar ela de lado. Malandro só aprende na dor e tá doendo pra caralho.
-Laura só dormiu na minha casa no primeiro dia,nem fiquei lá. No outro dia já mandei uma mulher limpar e arrumar outro barraco meu e elas foram pra lá. A última coisa que preciso é fofoca dizendo que coloquei outra pra dentro de casa. Até pra ficar com a minha filha eu pego na porta e depois devolvo, te falar? Bela tá um grude com o pai aqui, amo aquela bebê e tá com ela é meu único tempo de paz.
-Tá todo mundo mal, Flávia era a alegria da galera, Mari vive na igreja orando pra amiga voltar, Rafa tá tão revoltada que esses dias sentou a porrada na Julieta que falou ser bem feito terem sequestrado ela.
- Bárbara voltou várias vezes ao Leblon perguntando pra Deus e o mundo se tinham visto, a única coisa que descobriu foi que ela saiu da praia acompanhada de quatro homens todos de preto e boné enfiado tapando a cara.
-Bravo me surpreendeu, tá feito maluco atrás de qualquer coisa que nos leve a ela, até invadiu a câmera de segurança da prefeitura que tem por lá, descobriu a placa do carro mas era fria e o veículo roubado, assim voltamo a estaca zero.
-Cerol nem deboche faz mais, levantou a ficha da Laura mas pelo que parece ela tá limpa, não achou nada que ligue ela a ninguém.
- Eu mal durmo, mal como, vivo de beck e álcool pra aguentar essa porra no peito que tá foda. Tô na minha sala na boca, quase não vou pra casa, tudo lá lembra ela,o cheiro, aí não aguento e saio.
-Bravo entra a milhão na minha sala sem bater mesmo, ele mal tem falado comigo disse que ia fazer de tudo pra trazer a mina de volta porque era inocente, único erro foi se envolver comigo, errado não tá.

Bravo: -Aí, tenho um presente pra tu embora nem mereça!-fala.

Casagrande: -Achou ela? -pulo da cadeira.

Bravo: -Ainda não mas vamo achar pô! Tu nem imagina quem tá na casinha da tortura!-diz.

Casagrande: -Quem seu maluco?-pergunto

Bravo: -Fofão mano! Deram o papo que tava num puteiro na pista, mandei pagar pra dopar ele e a piranha fez direitinho.-sorri diabólico.

Casagrande: -Vamo lá porra! Sem perder tempo véio.-digo levantando e saindo.

-Só faltei sair correndo, entre e vi Fofão pendurado pelos braços, bem amarrado. Hoje a brincadeira vai ser rápida nem posso perder tempo!

Casagrande: -Onde tá minha mulher porra?- já
chego descendo porrada, o melado escorre.

Fofão: -Tá maluco mano? Sei eu da tua mulher?-gritou.

Casagrande: -Se tu não falar filho da puta vou te esculachar, traidor do caralho!-grito.

Fofão: -Tu comia minha mulher e o traíra sou eu talarico da porra!-fala com raiva.

Casagrande: -Tu escolhe vadia pra ser fiel e vem colocar culpa nos outros! Vários mano meteram ali filhão! Paro o papinho gostoso, cadê o imundo do Cascavel?-pergunto puto.

Fofão: -Aquele lá viu que tu tava cercando por todos os lados e fugiu pro Paraguai e a vadia da tua ex foi com ele. Me roubaram e meteram o pé dois filhos da puta!-rusna.

Casagrande: -Ladrão que rouba de ladrão né! Vou perguntar mais uma vez ou tu responde namoral ou vou te carnear que nem o porco que tu é!-falo frio.

Fofão: -Tô falando a verdade! Cascavel tá obcecado pelq Flávia mas nunca conseguiu uma brecha pra pegar, ainda mais que nossos X9 morreram tudo. Ele tá tão doido que fez Alice pintar o cabelo de preto e chama ela de Flávia, cara pirou total.-fala amedrontado.

Casagrande: -Tu acha que eu vou acreditar em traidor? Aí Pixote traz aquela faca bem afiada que hoje vou tirar o couro do porco.-falo rindo.

-Nem toquei nesse frouxo e já tava gritando e se debatendo. Peguei aquela faca fui pras costas que já tava sem camisa fiz um corte e comecei a cortar o couro, sangue jorrava, ele implorava pra parar, tu parou? Eu mesmo não, tava no ódio, ia descontar nele.
Tava na metade das costas o cara já tava todo mijado e cagado, um fedor. Não aguentou a dor e desmaiou. Pixote encheu um balde e jogou água pra acordar o convidado.

Casagrande: -Tua última chance de falar o que tu sabe seu porra, se tu acha que sofreu só vai piorar!-grito.

Fofão: -Euuu nã...o s...ei na...da! Meee ma...ta po...r fa...vor!-fala bem fraco.

Casagrande: -Passa o rádio pro Ogro e manda trazer os cachorros.-falo sádico.

-Fofão segue tentando gritar porque nem força tem muita ainda, tô ligado que ele é um frouxo e se soubesse algo já tinha entregado, mas vai pagar igual por ter traído a facção.
-Ogro chegou com dois Rottweiler famintos treinados pra matar inimigo mesmo. Mandei largar o corpo no chão, ele já tava sem forças mesmo e soltei Jason e Chuck. Coisa foi feia mano, teve vapor saindo pra vomitar. Eu fiquei ali até ele não ter mais um sopro de vida, vi cada pedaço sendo arrancado e alimentei meu ódio, quem pegou a Flávia vai passar por coisa bem pior.
-Mente fica cada vez mais atribulada, quem pegou Meu Furacão? Onde ela tá? E o pior que dói pra porra só de pensar, será que tá viva?

À Flor da PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora