Capítulo 62

1.5K 165 50
                                    

Flávia
Baile II

-O baile seguiu, depois ficou eu e as meninas dançando, bebendo, Casagrande e os outros foram bater papo com os aliados. As duas cobras faziam de tudo pra chamar a atenção e às vezes pegava a tal Tati secando o Diego que não tava nem aí pra ela, gosto assim!
-Mari Cachaça já tinha habitado o corpo da nossa loira que tava impossível, mas a gente cuidava dela, tirei a bebida e tava fazendo tomar água.
-Senti uma mão na cintura, um beijo no pescoço e o cheiro que reconheço de longe. Me viro pra ele que me puxa mais juntando bem nossos corpos, passo os braços pelo seu pescoço, inicia um beijo gostoso, parece que o povo da volta some. Paramos com selinhos e ele diz no meu ouvido:

Casagrande: -Em 35 anos eu nunca quis uma mulher como eu te quero, nenhuma parou meu trem. Não tem espaço pra mais ninguém na minha vida, nem na minha cama, só cabe o Meu Furacão!-gente como que não fica mole na mão desse homem?

Flávia: -Eu também só quero você meu Coroa Careca!-ele faz careta. -Não quero estragar o clima de romance, mas bem que você podia me levar no banheiro, tô cheia de tesão, quero transar!-falo no seu ouvido ele gargalhou.

-Foi automático o maluco já saiu me puxando em direção o banheiro do camarote aí lembrei que a Rafa tinha sumido e Mari tava meio bêbada.

Flávia: -Aí Cerol!Cuida da Mari que vou no banheiro, disciplina hein!-ele faz joinha.

-Entramos no banheiro como o bom casal de coelhos que somos, cheios de fogo. Se pegando firme.

Flávia: -Sem preliminares amor! Preciso de você dentro de mim logo!-digo excitada.

Casagrande: -Tu não pede tu manda minha deusa!-fala rouco já me virando pra parede.

-Diego levanta meu vestido, puxa a calcinha pro lado, eu já me empino bem segurando na parede, quando ouço o barulho da calça abrindo ele começa a pincelar e provocar.

Flávia: -Qual parte de eu quero seu pau na minha buceta você não entendeu Diego?-digo puta já, bebida é quase viagra pra mim.

Casagrande: -Surra de piroca só mais tarde Meu Furacão, agora só vou apagar teu fogo antes que faça fila nessa porta!-rimos.

-Depois da nossa rapidinha no banheiro, voltamos bem belos desfilando de mãos dadas, a Tati vaca tinha um olhar de raiva, mas o que me chamou a atenção foi uma gritaria e algumas pessoas na volta, cheguei lá tava o Ogro, a tal Keila do lado e Mari Cachaça batendo palma e tocando o terror.

Mari: -Bora filhota circulando nessa porra! Criar vergonha na cara, subir favela atrás de macho alheio!-tava furiosa e eu perdida.

Keila: -Tu é mulher dele por acaso?-debocha.

Mari: -A mulher dele não veio porque trabalha e não fica coçando a xereca, mas tá muito bem representanda!-bate no peito, só ri.

Keila: -Vai te catar maluca! Tu não é porra nenhuma-xinga

Mari: -Sabe aquele ditado não sou a dona mas filha do dono? Quase isso, Flávia é a mãe e até deixo tu ser o pai Grandão!-me divirto.

Casagrande: -Acabou a putaria! Ogro tu quer bater um papo com essa daí?-pergunta.

Ogro: -Nem pensar Patrão! Já mandei vazar.

Casagrande: -Ótimo, circulando porra!-grita.

Mari: -Obrigada pai!-ri e bate no ombro dele.

Casagrande: -Eita que essa bêbada fica doidinha mano.-fala no meu ouvido.

-Mari vira as costas e vai sentar no colo do Cerol! O que eu perdi produção?

Flávia: -De casal Mariela?-brinco.

Mari: -Amiga, vou dar uma chance pra ele até o álcool evaporar, depois deixo pra lá!

Cerol: -Qual foi loira? Mó papo feio esse teu! Tá só me usando?-outro bêbado.

Mari: -Não Pretinho lindo! É que sofro de amnésia Cachaçal!-rachamos rindo.

Cerol: -É doença loira?-gente vou fazer xixi de tanto rir.

Mari: -Não Pretinho! Tenho que ensinar tudo eu hein! Isso é esquecimento por culpa da cachaça entendeu?-deixamos eles viajando sozinhos.

-Tô indo até a Rafa, só sinto meu braço e ombro molhar. Adivinha quem fingiu tropeçar? Tati plastificada.

Flávia: -Tá maluca garota?-já me altero.

Tati: -Pode tropeçar mais não Patroa?-ri

Flávia: -Se tu tiver peito pra sustentar pode fazer o que quiser.-debocho.

Tati: -Vou te mostrar como sustento a minha mão na tua cara!-grita e vem mas Diego entra no meio e empurra ela.

Casagrande: -Tu tem merda na cabeça de vim na favela dos outros afrontar?-pergunta brabo.

Tati: -Tu vai defender ela?-olha a vítima.

Casagrande: -Com certeza, tu tá no quintal da casa dela mina, deve respeito, favela tem regra

Flávia: -Posso resolver sozinha Casagrande.

Casagrande: -Nao tenho dúvida Meu Furacão mas que merda de homem eu só de vê isso e não fazer nada?-errado não tá.

Tati: -Sempre subi a favela e isso nunca foi um problema pra você!-cretina.

Casagrande: -Todo mundo aqui já entendeu tuas piadinhas, tá ligada? Mas tu não vai vir plantar nada porque a gente tem uma relação no papo reto, nada que tu falar vai ser surpresa e coloca na tua cabeça Tatiane, tu nunca foi, não é e nem será porra nenhuma minha nem pra mim. Na Comunidade nada passa batido e tu e a tua amiguinha ali vão ser cobradas pelas afrontas de hoje porque aqui não é bagunça.-fala posturado.

Tati: -Co...mo as..sim cobrada?-agora treme.

Casagrande: -Quem vai escolhe o que fazer é a Patroa da Rocinha!-aponta pra mim.

Flávia: -Ótimo! As duas vão fazer o mesmo que se faz com quem briga no baile. Vão ficar até o final e limpar tudo!-elas reclamam.

Casagrande: -Ela disse tá falado e acho pouco!

Flávia: -Também quero as duas proibidas de subir o Morro!-falo firme.

Casagrande: -Ogro passa o papo! Essas duas não sobem mais.-finaliza.

-Elas tentaram debater, Casagrande parou de frente pra elas de cara feia e braço cruzado perguntando se ia ter problema e elas logo calaram a boca. Vou pra casinha né, mas já mandei filmar, quero ver as duas saindo de pé no chão, suja e unha quebrada! Kkkkk. Entendi que preciso ter postura, sou mulher do chefe do Comando, não dá pra passar trocando porrada com qualquer uma por qualquer coisa, mas barato nunca vai ficar.
-Imagina a humilhação pra uma patricinha limpar quadra de baile em favela? Kkkkk.


À Flor da PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora