Capítulo 47

1.5K 168 26
                                    

Flávia

-Em choque, assim que me encontro. Uma simples ida ao banco quase tirou minha vida. Apesar que nada é simples quando você é "mulher" de um Comandante do Crime. Não entrei enganada, ele me avisou.
-O pavor tomou conta quando senti a batida na traseira, mil coisas passaram na minha cabeça, principalmente o motivo de eu estar nessa situação.
-Casei com um cara cheio de inimigo pra salvar um hipócrita que aceitou o dinheiro que vinha do tráfico mas não aceita mais a filha. Eu devo ter entrado na fila umas dez vezes pra nascer tão trouxa.
-Aceitei um relacionamento de aparências onde tá liberado o cara me trair mas eu não posso olhar pro lado. Tô presa por dois anos a um galinha que não mantêm o piru dentro da calça. Pensei tanta coisa mas fui interrompida pelo Rato gritando pra eu ligar e pedir ajuda ao Casagrande.
-Senti a preocupação na voz dele, que não exitou nem um minuto pra vir me salvar. E no final é o que ele disse lá atrás, eu por ele e ele por mim, viramos família. Pode não ter amor mas tem carinho, proteção e confiança.
-Ele veio por mim e a única coisa que eu queria era um abraço e me sentir segura e foi isso que recebi.
-Chegamos em casa, tava com as pernas moles, Casagrande me carregou, me deu banho, me ajudou a deitar na cama e já ia saindo até que pedi pra ele ficar. Foi estranho, ficou parado na porta me olhando como se tivesse numa batalha interna. Entendi nada mas aí veio, tirou a camiseta, deitou e me puxou para o seu peito, nem pensei só fui, precisava daquele conforto. Ficamos assim, em silêncio só sentindo um ao outro até pegar no sono.

(...)

-Acordei Casagrande não estava mais na cama, fiz minha rotina e fui Trabalhar, distrair a mente com meus pestinhas.
-La fui eu andando pelo morro como se fosse uma famosa cheia de segurança ao redor.
-Não sai nem pra almoçar, ainda estava bem aérea. Na saída Mari e Rafa perturbaram muito pra ir no Açaí encontrar com a Bárbara, nem tava no clima mas acabei indo.
-Quando chegamos lá Perla já veio correndo nos abraçar, ela é um amorzinho, tem 6 anos é filha da Bárbara. Ela foi para a praça que tinha ali em frente e nós ficamos cuidando e comendo açaí.
-Contei tudo que aconteceu pra elas,mas a fofoca já tava rolando na comunidade que a mulher do dono sofreu um atentado.
-Conversamos muito e elas já tinham conseguido me tirar umas risadas, estava melhor. Mas como alegria de pobre dura pouco, entra no estabelecimento as três loiras que me amam, Alice, Julieta e Camile e vão sentar bem na mesa ao lado da nossa, é hoje!

Camile: -Amigas ficaram sabendo?
Julieta: - Do que rolou ontem?
Alice: -Isso, pena que deu errado né, já ia tarde.

-Não é possível que essas filhas da puta vieram atrás perturbar me juízo, logo hoje. Rafaela já tava puta querendo responder mas mantemos a postura.

Juileta: -Já pensou se fica viúvo?-ri
Alice: -Eu corria logo pra consolar o bofe!
Camile: -Eu também consolaria, podia ser um ombro amigo!-dão risada.

-Levantei pra ir embora pra não fazer besteira e depenar essas galinhas, pedi a conta e ouvi:

Camile: -Corre que a corna tá puta!-ahh cansei.
Flávia: -Qual foi boqueteira, tá procurando e vai achar.
Camile: -Boqueteira por que cai de boca no teu macho?-debocha.
Julieta: -O macho não é dela, é nosso!-só rindo
Flávia: -Qual macho Julieta? Aquele que te comeu cansou e me assumiu? Ou aquele que mandou te dar madeirada e cortar teu cabelo pra me defender?-afronto e ela levanta.
Flávia: -E tu Alice quer outro banho de água gelada ou passar mais un dias no hospital?
Flávia: -Acho bom vocês assumirem seus lugares de porra nenhuma que são e sair do meu caminho, por quê EU SOU A PATROA nessa porra e providencio um corte maneiro pras três rapidinho.
Camile: -PIRANHA!-só senti o tapa na cara.

-Era isso que eu queria, não ser eu que dei o primeiro mas vou dar o último pode ter certeza. Já virei um murro na cara dela que foi pra trás, só vi Alice indo ao chão e Rafa em cima dela gritando, a vadia ia me pegar pelas costas. Julieta se juntou com Camile e partiram pra cima de mim na covardia, nisso Bárbara juntou Julieta e caiu pra dentro também.
-Olho pra Camile com sangue nos olhos e ela tenta correr mas eu dou uma banda e vai de cara no chão. Viro ela a chute e monto em cima, piranha se grudou nos meus cabelos. Ah pra quê, dei um soco nos peitos quase estourei aquel silicone e ela não soltava. Já tinha juntado várias pessoas ao redor e os meus "seguranças" tentavam separar mas era inútil, queria tirar sangue.
-Parei quando ouvi um tiro e um braço forte e o cheiro que conheço bem me puxando de cima dela, mandou todo mundo circular e disse:

Casagrande: -Bora porra! Vai todo mundo pro desenrolo.-homem tava puto, odeia barraco.

À Flor da PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora