Capítulo 37

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BRUNA:

Assim que Rogério terminou de pegar tudo, saímos da casa dele e subimos o morro.

RO: O caveira não vai gostar.

EU: Aí vai ser problema dele, qualquer coisa arrumo uma casa para mim e para vocês dois.

RO: Ma..

EU: Já decidiu o nome dele? Heitor ou Héctor.

RO: Eu não sei, que tem que ver isso é minha mãe, não sei ir fazer a carteria ou não sei como se chama e..

EU: Vou te ajudar, meu pequeno.. Pensa aí em um nome para ele.

Assim que chegamos na casa do caveira, abro a porta e vejo o Rafa com sua namorada.

RAFA: Fissora.. Rogério? De quem é o bebê?

RO: Meu.. Quer dizer, da minha mãe.

EU: Vou te colocar em um quarto, e vou lá falar com o caveira.

RO: Ainda acho uma péssima ideia.

RAFA: Também acho.. Caveira não é muuito para lado de criança e tals.

EU: Você ajuda ele Rafinha? Vou lá amancar a fera.

Rafa se levanta todo feliz e vem ate nós pegando e bebê que choraminga.

EU: Coloca eles no quarto do lado do Ed..Caveira e já volto.

Beijo a cabeça dos dois e saio subindo para salinha, tinha uns caras que nunca vi aqui rondando o morro.

Cada vez mais que ia me aproximando, vejo os vapores do caveira e outros talvez novos parados na porta da salinha.

Assim que ia passar, sinto alguém segurando meu braço.

VAPOR: É para entra não Paty!

Eles encasquetaram de me chamar de paty.

EU: Tira a mãozinha de mim.

LORO: Tira a mão da patroa, tá doido.

Loro se aproxima apertando a arma no corpo, o vapor o olha de cima a baixo sorrindo de lado.

Puxo meu braço e faço careta para ele, qualquer dia vou morrer por fazer essas  coisas.

Entro na sala com tudo e olho para trás vendo o loro fechar a porta.

EU: Amor, quem é esses vapores novos, os filhos da puta são mal educados pra caralhos.. sabia que eles tem a ousadia de me chamar de.. paty.

Assim que olha para frente, vejo alguns caras na sala do caveira. Ph, JP, o velhota negão que vi hoje, e um coroa tatuado.

EU: iih foi mal, não sabia..Deve ser por isso que aquele bocó do vapor novo tava tentando me parar.

Caveira me encara e revirando os olhos, já o velhote sorri de lado levantando a sombrancelha.

VELHOTE: Arrumando encrenca?

EU: Não é culpa minha se.. ah, vai cuidar da sua vida.

JP, PH arregala os olhos e vejo caveira segurar sua arma de um modo discreto.

O coroa tatuado prende os lábios um no outro e olha para o velhote que estava todo sério.

Ué?

VELHOTE: O que você disse.. Feiosa.

EU: O que você ouviu, e.. Feiosa? Você me chamou de fei..

Já ouvir isso, eu sinto..

-- vice vai volta?

-- Vou,  feiosa..

Sinto uma pequena dor de cabeça mas não do muita importância, olho para o homem em minha frente que me encarava ainda.

EU: Não.. vim falar com você.

Me aproximo do caveira ainda meio sem entender esse pequeno  pensamento/ lembrança que tive uma  conversa com um homem que não consigo lembrar.

EU: Queria.. queria conversar com você.

Caveira coloca a mão na minha cintura e faz um pequeno carinho na mesma.

CAVEIRA: Pode ser depois que eu terminar aqui?

EU: Se você não for surtar.. Pode.

CAVEIRA: É algo grave?

EU: No meu ver.. não.

Os meninos não era nenhum problema, para mim é claro, mas para ele.. já temos que ver se vai ser.

CAVEIRA: Pode pá.. Tô terminando já.

EU: Espero lá fora então.

Antes dele falar algo, saio da salinha e me sento na pequena causada que tem ali. Mexo na minha sacola que ainda tava comigo e tiro um picolé, tava começando a derreter.

VAPOR: Gosta de picolé é?

Ele vem toda de graça sorrindo para meu lado.

EU: Gosta de um tiro na cara é?

VAPOR: vadia..

Ele sai de perto de mim assim que o loro se aproxima.

EU: Senta aí loro.. bora chupar.

LORO: Que isso patroa!?

EU: Umm picolée mmenino.. eu em haha.

A Professora e o Dono do Morro(Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora