-- Brunaaa, levanta menina, tá morta?-- Acordo com a voz da Ana me chamando.
Minha mãe? Não, dona Ana, A governanta da casa e minha babá desde... Sempre. A Bruna, mas para que você ainda tem babá, seus pais não confia em você?...Não!
Me levanto da cama ainda com sono, me arrasto até o banheiro e tiro minhas roupas entrando de baixo do chuveiro quentinho, ódeio banho frio.
Hoje meu dia vai ser puxado, vai ser meu primeiro dia sendo professora no morro do alemão. Fui ontem lá para conhecer o lugar, um lugar um pouco pequeno comparado as escolas que eu trabalho.
Me seco no banheiro mesmo e depois saio nua indo para meu closet, pego minhas peças íntimas e logo coloco minha roupa.
Passo meu rolon e perfume, não gosto de maquiagem, então só passo um lip tint e rímel.
-- Gostosa! -- Mando um beijo para mim mesma pelo espelho, pego minhas coisas e desço as escadas.
-- Finalmete a ogra levantou. Tá aqui. -- Ana fala debochada.
Reviro os olhos pegando meu chá na garrafinha da mão dela e um misto em um pote. Beijo a bochecha dela e como ela tá distraída, dou um selinho na mesma também. Saio correndo rindo dela ouvindo a mesma me xingar.
Entro no meu carro que meu pai me deu, e falando nele, o mesmo deve tá com alguma mulher ou homem por ai. Como assim bruma, seu pai não é casado? Sim ele é, mas ele e mamãe tem um relacionamento aberto, os dois até já dividiu mulher ou homem um com o outro.
Dois malucos, isso sim.
Assim que paro o carro na entrada do morro, falo com os meninos e os mesmos liberam a minha estrada, subo para escola e assim que eu chego, saio do carro o travando e entro na escola.
Depois de falar com a diretora, vou para minha sala e assim que entro, vejo os alunos conversando alto, alguns sentados na carteira, outros jogando bolinhas nos outros, uma tremenda bagunça.
-- Bom dia. -- Falo tenta do chamar a atenção deles.
Eles continua fazendo a bagunça deles, sem da a mínima para mim. Já que querem assim.
Vou até a porta novamente abrindo a mesma, pego impulso e fecho a porta com força, fazendo um barulho alto e ganhando o silêncio e atenção de todos.
-- .. Bom dia, meu nome é Bruna e é assim que deve me chamar, nada de me chamar de senhora ou o caralho a quatro, somente de Bruna. -- Falo olhando para todos.
Vou até minha mesa e vejo que a cadeira estava com um desenho de um pênis.
-- Olha, me receberam com algo tão gracioso, mas tão pequeno, meninas, nunca se contente com pouco.. ou pequeno. -- Sorrio de lado. Me sento na mesa fazendo perninha de índio, olho para cada um deles.
-- Não vou acabar com o primeiro dia de aula de vocês. Então vamos só.. conversar. Vamos falar um pouco sobre cada um de nós. -- Eles ainda estavam em silêncio me encarando como se eu fosse doida.
-- Hum... Você, qual é a sua idade e seu nome? -- Pergunto para um menino muito bonito, que estava de cabeça baixa.
-- Rogério, tenho 16 anos. -- Diz com a voz baixa.
-- Tem uma ideia do que você quer ser?--
-- Não. -- Da de ombros.
-- Não sei se você notou.. Professora, mas não temos escolha, provavelmete todos aqui vão virar bandido. -- Um dos meninos do fundo fala com um ar de riso, e alguns da sala dão risada.
-- Quer ser bandido? Que seja! Quer ser biscate? Seja! Mas sejam bandido e biscate com estudo. Por que assim, ninguém passa perna em vocês. -- Sorrio de lado.
Aos poucos todos ia se apresentando, alguns fazia graça, mas logo fazia pior é acabava rindo da cara deles.
-- Por fim.. Você, como se chama e quantos anos tem? --
-- Sou Rafael, tenho 17 anos. --
-- Muito prazer em conhecê-lo rafa. -- Ele fica me encarando com uma cara engraçada.
-- Já que todos se apresentaram, vou falar um pouquinho sobre como vamos trabalhar. Como disse, meu nome é Bruna e sou professora de inglês e matemática. Só que vai funcionar um seguinte, nos dias de matemática quero que vocês fiquem de um lado meninos e do outro meninas. -- Falo aponta do para os lados.
-- Pra que isso? -- Pergunta Victor.
-- Além de abaixar o fogo no xibiu de vocês durante as aulas, quero uma competição entre vocês. Quem ganhar no final do semestre, pode pedir para mim o que quiser. --
-- O que a gente quiser? -- Kauã pergunta animado.
-- Sim... Menos automóvel. --
-- Um pra cada? -- Júlia sorri
-- Aí eu não tô dando para ganhar tanto de dinheiro né. Mas dependendo do que for, sim. --
-- E nas aulas de inglês? --- Lucas pergunta.
-- Vocês pode ficar em dupla, no mínimo vão ganhar um bombom. --
O sinal toca e os mesmos já vão se levantando indo para o intervalo. Olho para o Rafael que estava mexendo no celular des da hora que eu estava explicando.
-- Não vai ir comer rafa? -- Pergunto saindo de cima da mesa.
-- Não quero.--
-- Fique com fome então. -- Reviro os olhos.
Pego meu misto junto com meu chá e começo a comer, olho para Rafael que me olhava comer
-- Você não vai ficar o intervalo inteiro aqui, né? -- Pergunto já ficando agoniada por ele não ir comer.
Ele não responde e volta a mexer no celular. Me levanto pegando meu pote com a garrafa, me aproximo dele e coloco as coisas na mesa do mesmo.
-- Coma. -- Praticamente mando.
-- Eu não quero. --
-- Não perguntei. --
Vou para minha mesa e pego um canetão e começo a colocar algumas coisas na lousa.
Pego um livro e vejo o Rafael vindo até mim, ele coloca as coisas na mesa e faz jóia.
Porra, o menino é mais alto que eu!
-- Valeu, professora. --
O sinal toca e alguns vão entrando e vão para seus lugares, quando um grupinho entra, sinto o cheiro da maconha.
-- Kauã, Victor e Arthur... Na próxima vez que fumar, fique lá fora até esse cheiro sair de vocês. --
-- Hiii, qual foi fissora? Vem da sermão em nós não. -- Arthur fala um pouco incomodado.
-- Não estou dando sermão em vocês, Só não sou obrigada a sentir esse cheiro em sala de aula.-- Cruzo os braços.
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A Professora e o Dono do Morro(Em Revisão)
Fanficcaveira: - Que porra tu tem na cabeça caralho? Já mandei o papo pra tu que não somos nada. Bruna: - Para de vender suas malditas drogas para o senhor Rodrigues, o pai do Rogério! - Porra preta, foi mal.. só lendo para saber...