Capítulo 56

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JOÃO:

Entro no quarto e vejo a filhote de costas para porta, me aproximo e a vejo chorando baixinho.

EU: Eiii..

Me sento do seu lado e passo a mão no cabelo dela, ela se vira e me abraça apertado.

FILHOTE: Po-rque E-ele a-a matou?

Não posso mentir para ela, mas, também não quero que ela tenha a mãe como uma.. Bom, mas é a verdade né? Ela que fez tudo isso, colocou a própria filha em risco.

EU: Meu amor, a sua mãe...

Conto para ela não deixando nada de fora. Ela em cada parte, ficava assustada e voltava a chorar por conta de saber das coisas da mãe.

Assim que termino, ela se senta e coloca a mão na barriga.

FILHOTE: Ele está bem?

EU: Agora vai ficar.. Você só precisa acordar.

FILHOTE: Pai? E o loro? Ele estava comigo na hora que tudo aquilo aconteceu, ele está bem né?

EU: Caveira, falou que você não se lembrava de..

FILHOTE: Eu realmente Não me lembrava.. Mas, hoje assim que acordei, me lembrei de tudo.. Eles estão bem?

EU: Estão resolvendo a questão do CV.. Voce tem um irmão.. Vivo.

FILHOTE: É o cobra, meu pai.. Não é? Eu escutei enquanto estava desacordada, escutei ele falando comigo.. Me chamou de filha.

EU: É.. Aquele lá é o seu pai biológico.

Reviro os olhos e abaixo a cabeça sorrindo de lado.

FILHOTE: Você sabe que nada mudou entre nós, né? Você vai continuar sendo meu papi, chato e irritante que amo mais que tudo.

EU: Irritante é você, sua mini cobrinha.

Ela da risada e da um beijo na minha bochecha. É assim que eu a quero, bem, sorrindo feliz não se preocupando com nada.

(....)

Depois de um tempo, a médica apareceu e veio pegá-la para fazer exames, para ver como o bebê estava. E óbvio que eu não deixei eles irem sem mim.

MÉDICA: Vamos ver como está o bebê.

Ela passa um gel na barriga da Bruna e começa a passar um aparelho em volta dela.

Olho para a tela e não estou vendo porra nenhuma, a não ser tudo meio preto borrado.

EU: Vejo porra nenhuma aí..

MÉDICA: Calma, Paizinho, o seu bebê..

EU: Que, o que menina? Tá doidona! Ele é meu neto.. Mas, obrigada. Sei que estou em uma ótima forma e sou lindão.

Pisco para ela que fica vermelha, bruna da risada e da um tapa no meu braço.

MÉDICA: Me desculpa. Bom, o bebê está bem, mas vai precisar... Olha só.

EU/ BRUNA: O quê?

Ela passa o aparelho pelos lados com um olhar confuso, mas, logo sorri de lado e olha para nós.

MÉDICA: Parabéns mamãe, são gêmeos.

Me sinto tonto e me encosto na cama, empurro um pouco a Bruna e me sento na cama.

EU: Fala de novo.. Dois?

MÉDICA: Sim, senhor.

EU: Santo deus.. Não basta uma mini Bruna, agora DOIS!

BRUNA: Para tá.

MÉDICA: Querem ouvir os batimentos dos bebês?

EU: Sim!

BRUNA: Muito.

A médica liga um aparelho e a sala é preenchida por um barulho alto.

BRUNA: Meu deus que..

EU: horrível.

BRUNA: Pai?

EU: Parece um sapo coaxando.. Que horror, tinha me esquecido de quando era você.

A mulher desliga o aparelho e estica um papel para mim, limpo a barriga da Bruna e ajudo ela a ir para a cadeira de rodas.

BRUNA: Estou sentindo umas dores no pé da barriga.

MÉDICA: Não se preocupa.. O acidente acabou causando um impacto forte na sua barriga.

EU: Claro.. O cara chutou a barriga dela, bateu.. Tem que tá arregaçada mesmo, né.

Bruna bateu em mim e bufou, do de ombros e saio de lá.

Só falo a verdade..

A Professora e o Dono do Morro(Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora