Capítulo 10

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--  O papo é um só

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--  O papo é um só. Ela é a patroa de vocês e espero que a respeite. -- Caveira diz.

-- Já disse que não sou patroa de ninguém. -- Falo brava.

-- Minha palavra é uma só. -- Ele me dá um selinho e sai da sala indo sei lá aonde.

-- Iiih o lá, ficou toda vermelha, hahaha.--  Tutu diz.

Todos alunos começam a rir olhando para mim.

-- Vamos começar a aula, que é mais importante? -- Pergunto querendo desviar do assunto.

-- Ah não, queremos saber quando isso começou. -- Emy diz empolgada.

--  Não comecou nada, Tá legal?  ele que é doido. --

-- Por você. -- Rafa diz.

--  Aonde paramos mesmo? -- Pergunto indo para minha mesa.

-- Valor de x. -- Lucas diz desanimado.

-- Alguém pode me falar sobre o valor de x? --

Me apoio na mesa e cruzo os braços. Assim pelo menos não ficam no assunto do caveira.

(.....)

-- Ai Bruninha, vai ter baile sexta, por que não vêm? -- Rafa sugere.

Faz um tempo que eles terminaram a lição, estamos conversando coisas aleatória.

-- Não tenho tempo para essas coisas. --

-- Vamos professora, vai ser legal! Música, dança, bebída e muito homem para você..--

--  Nada de homens! Para de empurra homem para minha Cunhada. --

-- Não sou cunhada de ninguém.. E vocês me convenceram, vou nesse baile. --

--  Obaaa! -- Juli e Emy dançam empolgadas.

( ...)

-- Você está maravilhosa, filhote.  Aonde vai? -- Meu pai pergunta.

-- Vai ter um baile hoje no morro, quer ir? -- Pergunto.

A semana passou rápido e Finalmete chegou sexta, o tão famoso falado baile é hoje! Tô um pouco com medo, não sei o que vai rolar nesse lugar.

-- Em dez minutos estou pronto. --

Ele sai do meu quarto correndo e vai para o dele. As coisas andam um pouco melhores aqui em casa, meus pais pararam de brigar e só se falam na maioria das vezes sobre coisas do trabalho.

Terminou de passa minha maquiagem e pego minha bolsinha e saio do quarto descendo as escadas.

-- Bora? -- Pergunta batendo a mão uma na outra e as resfregando.

--  Já? -- Pergunto surpresa.

-- Já tinha tomado banho, só era me arrumar. -- Da de ombro.

-- Então, vamos. --

Ele pega minha bolsinha e a chave de casa, vou para meu carro e espero meu pai trancar a porta e vir para o carro.

-- Vai ter tiro pro alto não né? Ou mulher expulsando a outra por causa de homem? Aliás, você conhece o dono do Morro? -- Pergunta.

-- Sim pai, conheço ele. --

-- Ele é bonito? -- Sorri.

-- Pai? -- Fico um pouco brava.

--  Perguntar não ofende. -- Revira os olhos.

-- Hum. --

-- Só um minutinho.. Isso é ciúmes? -- Arqueia a sombrancelha.

-- O quê? Não! -- Falo rápido, até de mais.

-- 30 anos com você, não vou saber? Mas, tudo bem. --

Decido não falar e continuo dirigindo até o morro. Assim que chegamos, abaixo o vidro e o mesmo menino de sempre se aproxima, ele olha para meu pai e depois para mim e depois para meu pai de novo.

-- É.. Pode subir, patroa. -- Diz ainda olhando para meu pai.

Subo o morro e vejo meu pai passando as mãos na calça.

-- Patroa? -- Me encara desconfiado.

-- Deve ser um jeito deles falar aqui.-- Do de ombro.

-- Não, patroa aqui é.. Enfim, deve ser isso mesmo. --

Paro o carro um pouco abaixo da entrada do baile e saio do carro com meu pai trancando o mesmo.

Da para ouvir as músicas aqui fora, tem bastante meninas entrando e caras com copos de bebida na mão balançando o braço para cima e fazendo umas dancinhas.

-- Bota, bota o bigode na minha xota?. Que porra é essa, filhote? -- Pergunta.

-- É o baile funk, pai. Hahaha. --

-- Posso voltar para casa? --

-- Dúvido que no seu tempo não era assim. --

-- Primeiro, não fala " no seu tempo", me faz parecer velho. E segundo, não era assim não, as músicas era mais.. música! Tinha o bonde dos tigrão, tinha o bonde das maravilhas.. era maravilhoso as meninas dançando na minha frente essa música, lembro até hoje.. Só as cachorras uh uh uh.. --

--  Vamos logo pai. -- Falo dando risada dele.

-- Tá, né. --

Subimos um pouco e entramos no baile, tinha uns caras na entrada com fuzil na mão, sinto meu pai pegar na minha mão me puxando para ele.

-- Pode ficar pertinho de mim.. Esse bota, bota, não fez eu confiar nesses meninos.. Eles vão querer mesmos bota, mas não vai ser o bigode. -- Diz olhando para os lados.

Dó risada dele e peço para o carinha bebidas para nós.

-- Aii fissoraa.. -- Ouço uma voz família falar.

A Professora e o Dono do Morro(Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora