Capítulo 63

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BRUNA:

Já são meia noite e até agora Eduardo não voltou para casa, estou preocupada, mesmo ele sendo um idiota.

Saio do meu quarto e passo no quarto dos meninos, todos dormindo. Desço as escadas e vejo que a luz da cozinha está  acesa.

Entro na mesma e vejo que era o cobra, sentado olhando para uma foto.

EU: Sem sono?

Ele rapidamente guarda a foto e olha para mim assustado.

COBRA:.. Sim, eu estava.. só..

Ele dá de ombros e bebe o resto da água que tinha. Me aproximo e pego o copo, enchendo novamente com água e bebo.

Pego o sorvete que estava na geladeira, que meu pai comprou para mim, pego duas colheres e me sento do seu lado.

EU: Ouvir o que você falou.

COBRA: O que exatamente?

EU: No hospital, Ouvir o que falou, achando que eu estava dormindo.

Ele desvia o olhar e da de ombros, acho que é o único movimento que ele conhece.

EU:.. Porque não falou antes? Tive a impressão de já ter ouvido o apelido "feiosa" mas.. Porque?

COBRA: Você.. Não ia aceitar bem, então achei melhor não contar.

EU: Era, é, o meu direito.. Mas não estou brava.. Depois que minha vida virou tudo isso.. bom, não estou brava.

Olho para ele e sorrio, deito minha cabeça em seu ombro, ainda comendo.

COBRA: Seu pai sabe.. Sua mãe sabia também, todos na verdade.. nem todos.

EU: Ficaria surpresa se meu pai não soubesse.

(....)

Paro de andar, colocando uma mão na barriga e outra nas costas.

LORO: Vai parar de novo, patroa?

Loro coloca a mão na cintura e olha para mim fazendo careta.

EU: Carrega a porra de uma barriga pesada, num sol dos infernos e com a merda do pé inchado.

LORO: Não tenho útero.. sorte a sua, porque iria mostra que não é tudo isso que você tá reclamando.

Olho séria para ele e tento subir correndo atrás do mesmo.

LORO: Olha que se você cair, desce rolando.

EU: Vagabundo, safado, filho de uma puta, corno..

LORO: Que amor.

Ele pega minha sacola e coloca o braço em torno do meu pescoço.

EU: Te odeio.

LORO: A senhora, me ama.

Subimos mais um pouco e paro novamente, fazendo ele revirar os olhos.

EU: Qual é seu nome em?

LORO: Ué.. Loro.

EU: Seu nome  verdadeiro, não apelido.

LORO:... Davi Miguel.. Miguelito, era como minha mãe me chavama.

EU: Seu nome é lindo.. Muito lindo.

LORO: É o pai né.

Reviro os olhos e continuo subindo, na força do ódio.

LORO: Você que quis descer o morro para pegar UMA coisinha.

EU: Tava com vontade de bala, culpa o bebê.

LORO: Como queria outra patroa.

EU: Tu me ama.

LORO:... É, você é a irmã que eu não tive.. Mas que nesse momento quero arrancar o pescoço fora.

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Vão se dispendido do nosso querido loro. Amanhã tem mais 😉

A Professora e o Dono do Morro(Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora