Capítulo 30

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BRUNA:

Caveira mandou mensagem dizendo que estaria ocupado com as coisas do tráfico e por isso não ia conseguir me buscar.

O que achei bom, já que tô com meus pensamentos milhão.

PAI: Pensando no namorado?

Meu pai entra no meu quarto e se deita na minha cama colocando a cabeça na minha barriga.

EU:.. Pai..?

PAI: Sim, filhote?

EU:.. O que minha mãe quis dizer sobre o " outro"?

PAI: Eu não sei.. Espero que não seja o que esteja pensando.

EU: No que?

PAI:.. Você sabe que eu não consegui ver o seu narcimento..

EU: Sim, eu sei.

PAI: Quando cheguei no hospital, entrei no quarto e seu tio estava lá com você, nos braços te colocando para dormir.. Uma enfermeira estava com sua mãe e ouvir ela falando um ' eu sinto muito, mãezinha'.. Sua mãe parecia.. Com medo, quando me aproximei, ela sorrio de lado.. Perguntei o que tinha acontecido, mas ela disse que não era nada.

EU: Não..

PAI: Assim que sai do quarto quando um enfermeiro levou você, eu.. Ouvir umas enfermeiras conversando sobre o bebê morto.. Que ia levá-lo assim que a mãe permitir a entrada do pai.

EU: Ainda não..

PAI: A única mulher que deu a luz naquele dia.. Foi sua mãe..  Cada enfermeiro que ia no quarto dela perguntar algo, perguntava sobre o pai do bebê para poder também assinar, mesmo comigo ao lado dela.. Parecia que.. Eles já conhecia ela a um tempo.. como se, na gravidez toda.. Ela tivesse fazendo os exames naquele hospital.. EU tava com ela nos exames, e não era aquele hospital que íamos..

EU: Pai? Para com isso.. Tá me deixando confusa e um pouco assustada..

PAI: Me desculpa, meu amor.. É que..

Ele respira fundo e fecha os olhos.

PAI: Antes de você nascer, antes de eu saber sobre você.. Ia me separar da sua mãe, mas assim que soube.. Não podia deixa-la.. Tenho medo.

EU: Do que pai?

PAI: Quelé filhote haha.. Você não se parece nem um pouquinho comigo haha.. Com sua mãe muito menos, talvez o corpo, cabelo, sorriso.. Mas..

EU: Para com isso pai! Tá viajando legal nisso em.. para.. Você, tá me assustando com esse assunto.

PAI: É o medo de descobrir a verdade.. Sinto ele também.

EU: Não tem verdade nenhuma, você que tá indo por outros caminhos.

Ele se vira para mim e passa a mão no meu rosto.

PAI: Quero fazer.. Um teste.

EU: Que teste, Tony?

PAI:.. Se.. Você é minha filha mesmo.

EU: Já falei para parar com isso agora pai.. Chega desse assunto.

Me levanto da cama e vou até a janela, passo a mão no cabelo e o prendo.

PAI: Essa conversa dos dois não sai da minha cabeça.. E você sabe que não vou parar até descobri o que é.. seu tio Nick, sabe de algo e vou tentar tirar algo dele.

EU: Boa sorte.. Ele é mais fechado que cadeado enferrujado.

Vou para o banheiro e passo uma água no rosto, olho para o espelho e me analiso.. realmente, não tenho nada do meu pai, da minha mãe, pequenos traços.

EU: O que você esconde mãe!?

A Professora e o Dono do Morro(Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora