Capítulo 7

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CONTINUAÇÃO

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CONTINUAÇÃO...

-- No que posso ajudar? -- Pergunto o encarando.

-- .. Quanto tu.. Cobra para dá.. Umas aulas em particular? -- Pergunta nervoso.

-- Particular? --

--  Não tô com segundas intenções não patroa, é que.. sou mo burrão sabe? e..--

--  Ninguém é burro.. Mas, se quiser pode vir junto com os outros, às 7:00. --

Vou para meu carro abrindo a porta de trás, coloco minhas coisas lá e me viro.

-- Eu trabalho aqui no morro de manhã, não pode ser de tarde não? --

-- Pede para seu chefe. --

-- iih, pedir pro chefe é a mesma coisa que pedir para um velho rabugento. --

Do risada dele e o mesmo sorri envergonhado. Pego uma caneta e me aproximo dele.

-- Liga ou manda mensagem para mim e..--

--  Ele não vai fazer porra nenhuma. --

Caveira se aproxima empurrando o menino, que bate as costas no carro.

-- Qual foi JP? Tá tirando com a minha cara, vacilão? -- Pergunta irritado.

-- N-não-che-chefe, eu- só..--

--  Solta ele, caveira. -- Mando.

--  CALA A BOCA. -- Grita se virando na minha direção.

--  VAI MANDAR SUA MÃE CALAR A BOCA, NÃO EU. E ABAIXA O TOM DE VOZ COMIGO. --

A essa altura, todo mundo estava olhando para nós. Ele solta o menino e vêm para perto de mim de um jeito bruto.

-- ABAIXAR O QUE! VOCÊ TÁ AI DE CONVERSA FIADA COM ELE E QUER O QUÊ? AINDA MAIS DANDO O NÚMERO PARA ELE!. -- Fala apontando o dedo no meu peito. -- E VOCÊ PODE APAGAR ESSA PORRA. -- Fala para o garoto.

--  ELE NÃO VAI APAGAR NADA, CAVEIRA. EU DOU O QUE EU QUISER E PARA QUEM EU QUISER, VOCÊ NÃO MANDA EM MIM. --

-- O que tá havendo aqui? -- Rafa aparece e encara nós dois.

-- Fica na sua, Rafael. --

-- Não é nada gatinho, só teu irmão achando que manda em mim. -- Falo irritada.

Do um beijo no rafa e entro no carro, sorrio para o menino e vou embora ouvindo o caveira xingando.

(...)

Chego em casa, saio do carro o trancando e abro a porta dando de cara com meu pai sentado na escada, do seu lado estava minha mala.

Já tava um tempo querendo ir embora de casa, tenho trinta anos e já tá mais que na hora de arrumar meu canto, tenho dois empregos, um bom salário e não vejo motivo de não arrumar meu espaço, ainda mais agora que meus pais vive brigando.

-- Vai viajar? -- Meu pai me pergunta.

Entro e vejo minha mãe sentada olhando para o nada, mas sei que Tá ouvindo a gente.

-- Não, vou embora mesmo. --

Os dois se levanta, ficando em minha frente.

-- Porquê? -- Minha mãe pergunta surpresa.

-- Tenho trinta anos mãe, já tá na hora de ir embora. --

--  Por que isso agora Bruna? Nunca veio com essa idéia. --

-- Já tava pensando nisso á um tempo Já mãe. Agora que essa casa só vive em guerra, mais ainda, tô cansada de ficar tentando separar a briga de vocês. Mamãe fica chorando no quarto toda noite, papai fica do lado de fora na árvore todo triste, vocês dois vivem brigando e chorando por uma pessoa que não quer ver mais nenhum de vocês dois. Estão cada vez mais se separando, tô cansada já, quero o meu canto e ja tô decidida. -- Falo.

--  Filhote.. Por favor, pense direito.. se o problema for esse, eu..eu.. Paro! Deixo sua mãe.. com o Ângelo e prometo não atrapalhar eles mais. Só.. não vai embora. -- Seus olhos começa a lacrimejar.

A Professora e o Dono do Morro(Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora