The Contract • Max Verstappen

Capítulo 30

Maratona: 1/3

Giulia Salvatore

Estava novamente com Alex em minha vida, e ela me ajudava muito no meio das câmeras. Ao sair do jatinho que Max fez questão de emprestar, dou de cara com ela me esperando no carro que tinham separado para mim.

Mal tive tempo de descansar no hotel, pois assim que cheguei, já tinha entrevistas, almoço e logo em seguida precisei me aprontar para o desfile da Givenchy.

Enquanto me sinto como uma boneca, meu celular toca e vejo o nome de Max Verstappen na tela.

— Oi, minha linda. — Seu rosto vermelho me mostra que ele estava treinando.

— Oi, babe. — Ajeito meu roupão, e as pessoas saem do cômodo para nos dar privacidade. — Como está sendo seu dia?

— Entediante sem você. — Eu nego com a cabeça, rindo, e o vejo entrar na cozinha. — Estava na academia, foi tudo certo na viagem?

— Sim, tudo certo. Estou ainda um pouco cansada, mas já tenho o desfile. — Falo tomando o energético à minha frente. — E você?

— Tenho mais dois dias livres e depois já começamos. — Assinto e ele me observa. — Você está linda.

Giulia revira os olhos e vê um sorriso maroto surgir em seu rosto.

— O que você quer, Max?

— Daniel me chamou para uma festa, tudo bem? — Eu assinto tranquilamente, não tinha problema ele ir a uma festa, apesar do seu histórico, eu acredito que ele tenha mudado. — Vai ser em um barco, algo bem calmo.

— Vai, lindo! Mas não causa, Maxie. Nada de nadar pelado, nada de vomitar no mar, pelo amor de Deus! Tô pedindo para você como sua assessora.

— Não vou fazer nada disso. — Ele diz igual uma criança. — E eu só vomitei uma vez no mar, e ninguém saberia se Daniel não estivesse fazendo uma live bem na hora.

Era verdade, graças a Daniel, ele tinha sido título em todos os jornais possíveis e estava em todas as redes sociais, fizeram tanto meme, um dos vários casos onde Max e sua bebedeira fizeram história.

Depois de nos despedirmos rapidamente, Alex vem me dizer que eu precisava terminar de me arrumar, e eu desligo o celular pedindo para a equipe voltar para o quarto.

Meu único receio da noite de Max é ele aprontar algo e sair na mídia, não relacionada a mim ou ao relacionamento, mas sim a ele mesmo. Principalmente por esse ser um final de semana onde Jos Verstappen estará presente.

Já entendi que Max é uma pessoa com vários traumas e alguns comportamentos que precisam ser mudados, como o ciúme e o controle, e espero que ele mude, não só por mim, mas por ele também. E tenho noção de que isso é difícil, principalmente tendo um pai como Jos.

Quem não sairia quebrado?

•••

Max Verstappen

Dou risada com Daniel quando vemos Lando tomar outro fora, era engraçado ver o mais novo tentar jogar seu charme para todas as meninas na festa, mas hoje não estava sendo seu dia de sorte, todas ignoraram ou saíram de perto.

— Ele não consegue nenhuma. — Daniel da risada mais alto do que o parceiro de equipe. — E você?— Ele olha as mulheres ao nosso redor. — Se acertou com a Giu?

Tomo um gole do meu uísque antes de responder o fofoqueiro à minha frente, vendo Lando ser ignorado mais uma vez.

— Estamos bem, e eu namoro né? Até poderia, mas não vou ajudar Lando.

— Vocês não namoram, namoram por um contrato apenas, mas você não pediu, Maxie.

— Não enche, Daniel. — Resmungo, revirando os olhos. — Claro que namoramos, já namoramos desde o dia que assinamos o contrato na minha sala.

Daniel sorri maliciosamente e dá uma piscadela.

— Ah, tá certo, tá certo. Você está completamente certo, então vocês terminam também quando ele acabar? — Dou um soco de leve no braço do Daniel. — O que só foi uma pergunta.

Suspiro fundo tentando ignorar os comentários do meu amigo, mas ele não para.

— Maxie, meu caro, você precisa oficializar isso de uma vez. Nada de contrato, nada de formalidades. Você precisa pedir a mão da Giulia como um cavalheiro e fazer um pedido de namoro de verdade!

Ele diz, exagerando os gestos como se estivesse em um filme de época.

Por mais que eu saiba que ele está só implicando, a ideia começa a martelar na minha cabeça. Um pedido de namoro romântico, como se estivéssemos em um filme de Hollywood. Seria mesmo tão maluco assim? Talvez fosse uma forma de mostrar a Giulia o quanto ela significa para mim, independentemente do contrato.

— Ah, pare com isso. Você sabe que não é assim que funciona. — Digo, tentando parecer indiferente.

Daniel  continua rindo, sabendo que conseguiu mexer comigo. A verdade é que, no fundo, a ideia de fazer um pedido oficial de namoro não parece tão ruim assim. Talvez seja a hora de deixar as formalidades de lado e mostrar a Giulia o que ela realmente significa para mim.

— Apenas te dando uma dica, irmão. Vai que ela ache que vocês ainda estão apenas juntos por ele. Nada impede dela de arrumar um grande amor e esperar um ano. — Reviro os olhos e tomo mais um gole da minha bebida. — Tipo um cara que mandou 110 flores para ela.

— Eu sabia que não deveria ter te contado. — Aponto o dedo para Daniel, que cai na risada.

Vejo Lando se aproximar de nós curioso em saber do que falávamos.

— Do que vocês estão falando? — Ele diz antes de se juntar à nossa conversa.

— Que Giulia recebeu 110 rosas amarelas de um tal jogador de basquete. — Daniel não perde a oportunidade de ficar calado. — Max vai abrir uma floricultura.

— Ah, é? Conte-me mais, Max. — Lando sorri, como se estivesse prestes a ouvir um grande segredo.

Reviro os olhos, sabendo que não vou escapar dessa conversa. Mas não vou dar o braço a torcer tão facilmente.

— Não tem nada para contar, Jordan Poole é um desgraçado e eu estou bem com Giulia e ponto. — Digo, tentando parecer indiferente.

Daniel e Lando trocam olhares cúmplices e começam a rir. Noite longa, longa noite, e minha cabeça vai para todas as possibilidades que poderiam acontecer se ela ainda achasse que estamos juntos por um contrato. Será que isso para ela é ainda apenas um contrato? Será que foi por isso as 110 flores? Porque ela falou para ele? Minha cabeça se perde dentro dela mesmo e eu estou prestes a surtar longe de Giulia.