The Contract • Max Verstappen

Capítulo 64

Narrador

Max preferiria passar todos os dias segurando a mão dela, e naquele momento, era exatamente isso que fazia. Seus olhos examinavam com cuidado o rosto de Giulia, marcado por um corte na bochecha, e percebia também pequenos machucados nos braços e na cabeça. Até mesmo seus dedos tinham pequenos cortes, tão sutis que temia causar desconforto ao tocá-los.

O silêncio acolhedor da sala foi interrompido pela chegada do médico, cujo sorriso carregava boas notícias.

— Sr. Verstappen, Srta. Salvatore está se recuperando bem. O procedimento foi um sucesso, e o bebê está estável. Ela precisará de tempo para se restabelecer, mas as perspectivas são positivas. — Ele adiciona, conferindo os monitores. — A previsão é que ela acorde hoje ou amanhã de manhã.

Max respira fundo, sentindo um alívio imediato, como se um peso tivesse sido retirado de seus ombros.

— Isso é normal? — pergunta, sua ansiedade à flor da pele.

— Sim, o corpo dela passou por um estresse considerável e perdeu uma quantidade significativa de sangue durante a cirurgia. — O médico faz uma breve pausa. — A recuperação leva seu tempo, mas ela está progredindo como esperado.

— Espero que ela volte logo. — Max suspira preocupado.

Seu olhar percorre cada curva do rosto dela, absorvendo cada detalhe que compõe a mulher que ele ama. O silêncio é interrompido apenas pelo suave zumbido dos monitores ao redor.

A voz do médico ecoa novamente.

— Como mencionei, ela ainda está sob os efeitos da anestesia e do procedimento. Não se preocupe se ela não acordar imediatamente. Pode levar algum tempo.

Um nó se forma na garganta de Max. A ansiedade volta, dessa vez sob uma nova roupagem. Ele não pode evitar olhar para Giulia e imaginar quando ela abrirá os olhos novamente, quando ele poderá ouvir sua voz e sentir a pressão de sua mão na dele.

— Vou deixar vocês a sós por um momento. — O médico sai, dando espaço para o turbilhão de emoções de Max.

Ele se aproxima lentamente da cama, segurando a mão de Giulia com cuidado. A sala fica impregnada com a respiração deles, e Max, agora, anseia pelo momento em que essa paleta de beeps e zumbidos seja substituída pela voz suave de Giulia.

— Giulia, você é forte. — Ele sussurra, quase como se fosse um mantra para ambos. — Eu sei que vai superar isso, assim como nosso pequeno campeão.

Cada batida do coração dele está sincronizada com a esperança de que Giulia acorde em breve, trazendo consigo a luz que iluminará novamente o caminho que têm pela frente. Enquanto aguarda, Max Verstappen, o homem que enfrenta desafios a 300 km/h na pista, descobre que a maior corrida de sua vida é travada nos corredores do hospital, aguardando o despertar da mulher que ama.

•••

As horas passam lentamente, e Max permanece ao lado de Giulia, mantendo uma vigília silenciosa. Cada segundo é carregado com a expectativa de que a próxima batida do coração dela seja acompanhada pelo suave movimento de seus cílios, indicando que está despertando.

Enquanto os monitores registram os sinais vitais dela, Max se questiona sobre as reviravoltas da vida. Em um momento, estava celebrando na pista, e no próximo, enfrentava a incerteza no hospital. No entanto, essa nova corrida é mais íntima e crucial do que qualquer competição nas pistas.

Finalmente, uma enfermeira entra no quarto para verificar os sinais vitais de Giulia. Max a observa ansiosamente, procurando qualquer sinal de que ela está prestes a acordar. A enfermeira sorri, conferindo os monitores.

— Sr. Verstappen, a Srta. Salvatore está respondendo bem ao tratamento. É normal que o despertar leve um pouco de tempo após uma cirurgia tão intensa. Tudo está progredindo como esperado. Pode ser uma questão de tempo até que ela desperte. Paciência é fundamental nesses momentos.

Ele assente, agradecendo à enfermeira enquanto volta sua atenção para Giulia. O quarto parece mais silencioso agora, como se estivesse segurando a respiração, aguardando o momento crucial.

— Giulia, você é incrível. — Max murmura, compartilhando suas palavras com o universo ao redor. — Estamos todos aqui torcendo por você. Não vejo a hora de ouvir sua risada de novo.

Os minutos passam como horas, mas Max permanece ao lado dela, segurando sua mão como se fosse a âncora que o conecta à esperança. Cada pequeno sinal, por menor que seja, é recebido com um misto de alívio e nervosismo.

Ele decide dar um breve passeio pelos corredores do hospital para espairecer, mas seu coração permanece ancorado no quarto onde Giulia repousa.

Ao retornar, ele nota uma mudança sutil na expressão dela. Uma leve franzida de sobrancelhas, um suspiro suave. Max se aproxima, segurando novamente sua mão.

— Giulia? — Ele chama, a voz carregada de esperança.