The Contract • Max Verstappen

Capítulo 67

Max Verstappen

Era angustiante ficar sem notícias deles, especialmente porque Giulia decidiu não atender minhas chamadas esta manhã. Tentei várias vezes, sem sucesso. Fiquei ainda mais frustrado ao ligar para o hospital e ser informado de que não tinha autorização para obter informações sobre ela.

Absurdo! Como eles não me consideram parte da família quando se trata da minha mulher e filho?

Se eles não são minha família, quem são?

Mas talvez Daniel estivesse certo. Afinal, ainda não somos oficialmente casados, então meu nome não está na ficha dela como Giulia Verstappen.

Preciso resolver isso o mais rápido possível.

Suspirei irritado enquanto mais uma ligação ia para a caixa postal. Tive que me controlar para não jogar meu celular longe, especialmente com todas as câmeras e repórteres me observando constantemente. Foi assim o final de semana todo, como se eu fosse uma atração de circo. Nem mesmo a Netflix me deu um minuto de paz.

A situação piorou quando um repórter insuportável tentou insinuar que eu estava sendo um péssimo pai por estar aqui e não ao lado deles. As palavras dele não foram exatamente essas, mas foi o que entendi de suas perguntas.

Horner se aproximou, notando minha tensão.

— Está respirando mais pesado que um touro enfurecido. Calma, filho. Eles estão bem.

— Eu sei, mas por que ela não atende o telefone? — Desabafei, frustrado, enquanto enviava mais uma mensagem para Giulia no WhatsApp.

— Giulia sempre odiou atender o telefone. Ela pode estar longe, dormindo, quem sabe? Você não sabe, Max. — Horner disse, tirando o celular da minha mão. — Agora, vá se concentrar. Você tem uma corrida para vencer.

Suspirei, sabendo que Horner tinha razão. Eu precisava me concentrar na corrida, mas era difícil quando minha mente estava constantemente preocupada com Giulia e nosso filho. Deixei que Horner me guiasse de volta à realidade da pista.

Enquanto me preparava para a corrida, uma parte de mim permanecia ansiosa, desejando desesperadamente que Giulia atendesse o telefone ou respondesse minhas mensagens. No entanto, eu sabia que precisava focar no que estava à minha frente: vencer a corrida.

Horner me deu um tapinha nas costas antes de sair da sala. Eu me concentrei em visualizar a pista, cada curva e reta, preparando-me mentalmente para a competição que estava por vir. Mesmo com a mente dividida, eu estava determinado a dar o meu melhor na pista, não apenas por mim, mas também por Giulia e nosso filho.

Quando cheguei à pista, senti a adrenalina correndo pelas veias. O rugido dos motores, o cheiro de borracha queimada e a energia pulsante da multidão me envolveram. Era o momento de focar, de deixar tudo de lado e me concentrar na corrida.

Engoli em seco e forcei minha mente a se concentrar no que estava por vir.

Ao entrar no carro e dar a partida, senti uma mistura de emoções. A ansiedade ainda estava lá, mas também havia determinação e foco. Eu precisava me lembrar de quem eu era, de por que estava ali, e de quem eu estava representando.

À medida que o carro avançava pela pista, mergulhei na corrida, deixando-me levar pela adrenalina e pelo desafio à minha frente. Cada curva, cada ultrapassagem, eu me concentrei em fazer o meu melhor, em honrar não apenas o meu nome, mas também o de Giulia e do nosso filho.

Enquanto cruzava a linha de chegada em primeiro lugar, um misto de alívio e emoção me inundou. Eu tinha vencido, mas a batalha ainda não estava totalmente ganha.

•••

As batidas persistentes na porta me tiraram do meu estado de frustração. Era como se cada pancada martelasse minha mente, lembrando-me da incerteza que pairava sobre o paradeiro de Giulia. Num misto de irritação e desespero, atirei o celular na cama, observando-o cair com um baque abafado.

— Já vai! — Gritei, tentando conter a crescente exasperação que tomava conta de mim.

Após a corrida e a infrutífera tentativa de entrar em contato com Giulia, a sensação de impotência era esmagadora. Nem mesmo a ameaça de processar o hospital surtira efeito; a resposta lacônica sobre não passar informações para "quem não é da família" ecoava em minha mente como um eco de frustração.

Decidido a enfrentar o impasse, ignorei os apelos de Daniel e Lando para irmos ao bar do hotel, mas eles deveriam estar aqui agora. Sabia que as batidas na porta não cessariam até que eu respondesse, então me apressei em vestir uma blusa antes de me dirigir à porta, praguejando em silêncio.

Ao abrir a porta, meus olhos encontraram Giulia Salvatore, parada diante de mim com sua aura de determinação. Surpreso e aliviado, permiti-me um instante para absorver sua presença antes que suas palavras provocativas quebrassem o silêncio.

— Você acha que é o único que pode aparecer de surpresa na porta de alguém?— Ela desafiou, com um brilho travesso nos olhos.