Capítulo 51

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Giulia Salvatore

Brasil. O país onde nasci e amo voltar, e, diferentemente do que muitos pensam, eu não tenho a famosa "fama de vira-lata". Nenhum país é igual ao meu, aqui tem amor, alegria e o jeitinho brasileiro que eu não vejo como ruim; é passar do lado um do outro e dar um sorriso, recebendo um de volta. Sentia falta de todo calor e afeto desse país que carinhosamente chamo de meu.

Meus dedos se entrelaçam no braço de Max quando descemos do jatinho dele, e eu abro um sorriso radiante ao constatar que finalmente havíamos pisado na minha terrinha. Quando o motorista nos cumprimenta com um "boa noite", eu me sinto verdadeiramente em casa.

— Graças a Deus, alguém falando a mesma língua que eu! Boa noite! — Exclamo animada, lançando um olhar empolgado a Max, que me observa como se estivesse um pouco perdido.

— Realmente, nada como o nosso português, não é? — Max pergunta, e eu concordo com entusiasmo. — A viagem foi boa?

Ele me olha com uma expressão de confusão, e parece estar tentando entender o que estamos conversando. Ignorando completamente sua pergunta, continuo:

— O que ele está dizendo? — Max me questiona em inglês, mas eu finjo não ouvir, focando toda minha atenção em continuar falando em português.

— Max, você vai adorar as praias, as comidas, a cultura... — começo a falar, mas sou interrompida por Max.

— Giulia, você vai me responder? — Ele insiste em inglês, cruzando os braços.

Ignorando seu olhar confuso, eu me viro para Max com um sorriso.

— Oh, amor, só estava compartilhando com você todas as maravilhas que o Brasil tem a oferecer. A comida, o samba, a alegria do povo... — digo, jogando um olhar sugestivo.

Max parece estar prestes a responder, mas logo se dá conta do que estou fazendo e revira os olhos, soltando uma risada.

— Você é impossível, Giulia. — Ele balança a cabeça, meio rindo e meio fingindo estar irritado.

— Ah, mas você ainda vai aprender o jeitinho brasileiro, meu querido. — Dou um tapinha brincalhão em seu braço e começo a guiá-lo para fora do aeroporto.

Max ri, seguindo meu ritmo, enquanto eu continuo compartilhando todas as "maravilhas brasileiras" que ele estava prestes a experimentar comigo dessa vez.

•••

O Grande Prêmio de Interlagos estava em pleno andamento, e o clima estava eletrizante. Ao lado de Max, eu me sentia empolgada e ansiosa para apresentá-lo à minha família em um ambiente tão emocionante como esse.

Enquanto observávamos as equipes preparando os carros e os motores roncando alto, eu me virei para Max com um sorriso malicioso.

— Chegou a hora de você conhecer a minha família. Prepare-se! — Falei, animada, mas também um pouco nervosa.

Seria o momento onde finalmente estaria mostrando a ele um pouquinho do meu mundo especial. Nunca fui de apresentar minha família assim para ninguém, mas eu tinha certeza que eles se tornariam a família dele também. Quando vi Dri entrando na área da Red Bull, um mix de emoção surgiu em mim.

Dando passos apressados na direção da minha mãe, que me abraçou rapidamente, senti uma onda de saudade e afeto me invadir.

— Mama, eu senti tanto sua falta. — Falei enquanto a abraçava, notando que seus olhos também estavam úmidos. Em seguida, virei-me para meu pai. — Papi.

Recebi o abraço caloroso do meu pai, e então abracei meu padrasto em seguida. A conversa foi rápida, pois percebi Max se aproximando. Quando me virei para Dri, percebi que seu rosto estava radiante com um sorriso acolhedor.

— Eu quero que vocês conheçam alguém. — Falei, me aproximando de Max.

Ao olhar nos olhos de Max, percebi um nervosismo que nunca tinha visto antes. Ele estava claramente ansioso. Suas bochechas estavam mais rosadas do que o normal, e ele exibia um sorriso meio tímido. Sua mão procurou a minha rapidamente, e eu pude notar o quão gelada estava.

— Papai, mamãe! Tio Dom! — Chamei minha família com entusiasmo, e eles sorriram amplamente. — Este é o Max, piloto da Red Bull e o meu namorado. — Falei em português, orgulhosa por apresentá-lo. — Lindo, este é o meu pai, Fernando, minha mãe, Giovanna, e meu padrasto, Dom.

Mal consegui terminar de falar, pois minha mãe roubara Max de mim e o cumprimentara com um beijo estalado no rosto. Ela não poupou elogios sobre sua aparência, o que fez Max corar um pouco, mas ele parecia contente com a recepção calorosa. Era um começo incrível para esse encontro tão importante, onde os dois mundos que eu tanto amava se encontravam em uma curva emocionante da vida.

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