Capítulo 60

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Max Verstappen

— É um menino.

O resultado do exame reverberava na minha mente. "É um menino" ecoava incessantemente. Eu, Max Verstappen, estava prestes a ser pai de um garoto.

— Amor! — Giulia disse claramente emocionada na minha direção. — Não chore.

Foi só nesse momento que percebi que o choro mais alto na sala não vinha da grávida à minha frente, mas sim de mim. Meus olhos ardiam, e eu poderia explodir a qualquer momento de tanta felicidade.

Eu seria pai de um menino.

— É a minha oportunidade de fazer certo, Giu! — Eu disse me aproximando dela na maca. — É a possibilidade que eu tenho de não ser como meu pai, e eu te juro que serei o melhor pai.

Declarei isso para a mulher à minha frente, que não segurava as lágrimas, me cobrindo de mil beijos espalhados pelo rosto. Ela compreendia exatamente o que eu queria dizer. Parecia que a vida estava me oferecendo a chance de ser melhor.

Giulia olha nos meus olhos com uma mistura de emoção e alegria.

— Max, eu sei que você será o melhor pai para o nosso pequeno. Você já está mostrando isso. — Ela acaricia meu rosto com ternura.

— Eu quero dar ao nosso filho tudo o que não tive, quero estar presente, ensinar, ser o suporte que ele precisa. — Falo, sentindo um misto de determinação e ternura.

Ela sorri, seus olhos brilhando.

— E sei que você será tudo isso e mais, lindo.— Giulia segura minha mão. — E agora, com essa pequena versão sua a caminho, tenho certeza de que seremos a família mais incrível.

A sala, antes preenchida pelo som do ultrassom, agora ecoava com risos e palavras de amor. O médico, percebendo o momento especial, decidiu dar espaço à nossa intimidade.

— Parabéns, Max e Giulia. Se precisarem de mais algum tempo ou tiverem perguntas, estarei lá fora. — Ele sai, deixando-nos aproveitar aquele momento único.

A Giulia puxa meu rosto para um beijo cheio de ternura e alegria. Nossos corações batem em sintonia, compartilhando a imensa felicidade de receber nosso filho. E ali, naquele consultório em Mônaco, começava uma nova etapa das nossas vidas.

•••

alguns dias depois

Giulia Salvatore

Saboreio um pedaço do bolinho que Daniel preparou especialmente para mim, afinal, segundo ele, o afilhado merece um desejo atendido de bolo de chocolate. A textura macia e a cobertura irresistível fazem minha expressão se iluminar.

— E é por essa expressão aí que estou na sua frente. — Daniel sorri para Lando, que responde com um gesto obsceno, apenas em tom de brincadeira.

Desde que Max mencionou estar considerando quem seria o padrinho do nosso filho, esses dois competidores estão em uma acirrada disputa para conquistar o título de padrinho do pequeno Versatore.

— Mas eu mereço o dobro pela massagem. — Lando comenta antes de começar a massagear meus pés.

Às vezes, a combinação de boa comida e uma massagem nos pés faz parecer que estou nas nuvens. É uma sensação celestial que só é equiparada ao carinho e atenção desses dois futuros padrinhos.

Daniel dá uma risada e lança um olhar desafiador para Lando.

— A massagem no pé é negociável, mas o cargo de padrinho é meu.

Lando revira os olhos e se acomoda no sofá.

— Vocês dois são insanos. Acho que o padrinho deveria ser o piloto mais rápido.

— Então, claramente, é o Max. — Daniel aponta para mim com o bolinho. — E ele não pode ser o padrinho do próprio filho, Giu.

Rimos juntos, desfrutando desse momento descontraído. A disputa dos padrinhos tornou-se uma diversão adicional em meio às pressões da Fórmula 1 e à expectativa da chegada do nosso pequeno. O amor e a cumplicidade desses dois, lutando por um papel especial, tornam tudo mais leve. E, entre risos e brincadeiras, sabemos que a escolha será difícil, mas independentemente de quem for o padrinho, nosso filho terá o melhor ao seu lado.

Nesse clima leve e descontraído, Max entra no tailer e olha para a cena com curiosidade.

— O que está acontecendo aqui? — Ele pergunta, com um sorriso.

Lando e Daniel explicam a competição pelo cargo de padrinho, enquanto continuam a trocar provocações amigáveis.

— A batalha pelo cargo de padrinho. — Daniel responde, apontando para Lando. — Ele acha que a massagem no pé é o suficiente para ganhar.

Max solta uma risada e se junta a nós no sofá.

— Ah, estou perdendo as grandes decisões aqui. Mas, falando sério, essa disputa é só deles. — Ele olha para mim com um brilho nos olhos. — O único cargo que importa é o de pai, e esse já é meu.

E eu dou risada quando ele toma um tapa no braço de Daniel, e eu aproveito para provocar.

— E qual será o presente do pai para o bebê hoje? — Pergunto, sabendo que Max sempre tem alguma surpresa preparada.

Ele dá um sorriso misterioso.

— Isso vocês vão descobrir no jantar. E não adianta tentar arrancar spoilers.

Continuamos aproveitando o momento, sabendo que, independentemente de padrinhos ou presentes, a alegria e o amor só aumentam à medida que a chegada do nosso filho se aproxima.

The Contract • Max Verstappen Onde histórias criam vida. Descubra agora