Capítulo 14

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Giulia Salvatore

Reviro os olhos ao ver Max passar apressado por mim. Parecia que ele estava de greve de silêncio, considerando que ontem ele decidiu mudar de quarto sem me esperar para sair do paddock. Cheguei ao hotel e suas coisas já não estavam mais no nosso quarto.

Decidi jantar com Lando, que coincidentemente encontrei no elevador indo para o restaurante do hotel. Nosso jantar foi incrível, ele consegue ser extremamente divertido, não parei de rir a noite toda. Acabamos ficando mais tempo do que deveríamos, e só saímos quando o garçom nos avisou que estavam fechando.

Como Max estava fazendo seu joguinho de silêncio, eu não tinha intenção de quebrá-lo. Maturidade? Bem, não tenho muito quando se trata de Max Verstappen e sua expressão de tilápia. Assim que termino a reunião com Dri sobre as próximas estratégias para a Red Bull, decido sair do box.

Embora ele tente disfarçar, posso sentir seus olhares sobre cada um dos meus movimentos. Pego minha bolsa e saio em direção a qualquer lugar que não envolva Max.

Seu treino foi incrível, exceto por um problema na asa móvel que já estava sendo consertado. É assim que ele é mimado, nunca ouviu um "não" na vida.

— Não podemos continuar assim! — Max quase grita, fazendo com que eu e todos ao nosso redor olhemos para ele.

Eu vou acabar com esse idiota. Até então, ninguém sabia que estávamos "mal", mas agora o bonitinho acha engraçado sair gritando para todo mundo ouvir.

Vou até ele e o puxo pela mão, levando-o de volta ao Box. Posso ver o alívio no rosto de Horner quando nos vê juntos, mas o sorriso desaparece quando eu praticamente o empurro para dentro de uma sala e fecho a porta com força.

— Que merda? — Ele pergunta com um sorriso idiota no rosto. — Você quer arruinar tudo? Agora as pessoas vão começar a especular se estamos bem.

— Você não veio pedir desculpas, então achei melhor acabar com isso. — Ele acha mesmo que eu ia pedir desculpas? Está ficando louco? — Me da logo um sermão e voltaremos ao normal.

— Você acha que vou perder meu tempo? Não. — Sorrio ironicamente, vamos irritá-lo. — Acho que vou gastar meu tempo com o Hamilton.

E assim, facilmente, vejo ele perder a pouca paciência que lhe resta. Vou passar o contato de um terapeuta para ele, pois o ser humano instável.

Max cruza os braços e me encara com uma expressão irritada.

— Você acha isso engraçado, não é? Usar o Lewis como isca para me provocar? — Max me encara, com um misto de irritação e curiosidade.

Eu dou de ombros, mantendo um sorriso travesso no rosto.

— A vida é muito curta para ser levada tão a sério, Max. Além disso, o Lewis é uma companhia divertida, e eu não posso ignorar a oportunidade de ter um jantar animado com ele. — Ele revira os olhos. — Afinal isso é só um contrato, jaja acaba e vai que ele é o amor da minha vida.

Ele franze a testa e dá um passo em minha direção.

— Você acha isso divertido? Me provocar dessa forma?

Eu me aproximo um pouco mais, ficando cara a cara com ele.

— Então quer dizer que eu estou te provocando? — Ele aperta os punhos, visivelmente irritado. Mas se aproxima mais. — Isso era porque você não está com ciúmes, certo?

— Você está exagerando. Eu não estou com ciúmes. — Max diz pausadamente em meus lábios.

Dou uma risada sarcástica.

— Claro, claro. Maxie, não precisa fingir para mim. Está na cara que você está morrendo de ciúmes. — Me aproximo ainda mais.

Estamos tão próximos que posso sentir sua respiração se misturando com a minha, e tenho certeza de que ele tem o mínimo controle sobre o efeito que causa em mim, quando suas mãos encontram minha cintura e eu me arrepio por inteiro.

Ele franze os lábios, tentando conter um sorriso, ao perceber o poder que exerce sobre mim.

— Posso até admitir o ciúmes, mas você precisa admitir que também não consegue se controlar quando estou por perto. — Ele sussurra, roçando seus lábios nos meus, e eu seguro a respiração.

Nossos lábios estão tão próximos que posso sentir sua respiração quente contra minha pele. Um leve tremor percorre meu corpo, mas eu mantenho minha postura desafiadora.

— Admitir que não consigo me controlar quando você está por perto? Talvez você esteja se iludindo, Max. Afinal, somos apenas dois atores nesse jogo de aparências, lembram? — solto uma risada irônica.

Max franze a testa, seus olhos azuis faiscando de raiva e desejo. Ele segura firmemente minha cintura, aproximando nossos corpos.

— Não finja que não sente nada, Giulia. Você pode tentar negar, mas seu corpo me diz outra coisa.

•••

Max Verstappen

Nossos lábios estão perigosamente próximos, a tensão entre nós quase palpável. A provocação em seu olhar desafia minha resistência, e eu não consigo mais negar a atração que sinto por ela.

— Admita, Max, você está com ciúmes. E não é tão divertido quando o jogo vira contra você, não é mesmo? — Giulia muda de assunto, com um sorriso malicioso nos lábios.

Eu resmungo, frustrado com a forma como ela consegue mexer comigo. Seguro sua cintura com firmeza, puxando-a para mais perto de mim, quase fechando por completo o espaço entre nós.

— Talvez eu esteja com ciúmes, Giulia. Talvez eu não suporte te ver conversando com outros caras. Mas não se engane, eu sou o único que pode fazer você se sentir assim.

Ela ergue uma sobrancelha, desafiando-me ainda mais.

— E o que você vai fazer em relação a isso, Max? Vai me marcar como território? Ficar de olho em todos os meus movimentos? — Ele me desafia com um sorriso de filha da puta nos lábios.

Eu sorrio de forma provocativa, aproximando nossos lábios perigosamente.

— Talvez eu faça exatamente isso. Quem sabe eu não mostre a todos que você é minha? Que eu sou o único capaz de te deixar assim.

E então, sem esperar mais, eu tomo seus lábios em um beijo. Nossas línguas se entrelaçam em um jogo, enquanto nossos corpos se aproximam ainda mais.

Nossos beijos são cheios de fogo e intensidade, uma mistura perigosa de paixão e provocação. É como se estivéssemos desafiando um ao outro, testando os limites do nosso desejo.

Quando finalmente nos separamos, nossas respirações estão ofegantes e nossos olhares estão cheios de um desejo selvagem.

— Entende agora, Giulia? — murmuro, com a voz rouca de desejo. — Não há espaço para mais ninguém. Somos nós dois.

The Contract • Max Verstappen Onde histórias criam vida. Descubra agora