Capítulo 68

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Max Verstappen

Minha surpresa inicial cedeu lugar a um misto de alívio e incredulidade ao vê-la ali, diante de mim, desafiadora e cheia de vida. Por um instante, meus olhos percorreram seu rosto, captando cada detalhe como se quisessem certificar-se de que não era um sonho.

— Giulia... — Murmurei seu nome, uma mistura de emoções transparecendo em minha expressão. Antes que pudesse reunir meus pensamentos para uma resposta, avancei, envolvendo-a num abraço que irradiava calor e segurança.

— Ai, Max! — Ela exclamou quando a apertei, lembrando-me, com seu leve desconforto, das dores em seu corpo.

— Desculpa, amor! — Soltei-a um pouco, ainda precisava ter certeza de que ela estava realmente ali.

Aquele momento de contato físico trouxe uma onda de conforto, dissipando parte da angústia que me consumira nos últimos dias. A sensação de tê-la ali, nos meus braços, era como um alívio para minha alma atribulada.

— Eu senti tanto a sua falta — Confessei, minha voz um sussurro rouco carregado de emoção. —Mas eu juro que estava prestes a te matar por não atender esse telefone.

Ela riu, desviando um pouco minha irritação com sua leveza.

— Estava vindo para cá, e todos sabiam disso - Daniel, Lando, Horner. Então, distribua a raiva entre nós — Brincou, provocando um sorriso em meu rosto.

— Claro. — Concordei, ajudando-a a entrar e a deitar-se com cuidado. — Agora você precisa descansar.

Acomodei-a delicadamente na cama, meu coração se enchendo de ternura ao vê-la ali, vulnerável e ao mesmo tempo tão forte. Giulia sempre fora linda, mas agora, grávida, parecia ter adquirido uma beleza ainda mais radiante.

Giulia sorriu enquanto eu a acomodava na cama, e eu me senti mais calmo ao vê-la ali, mesmo que ela estivesse cansada e dolorida. Sentei-me ao seu lado, segurando sua mão com carinho.

— O médico disse que eu podia começar o tratamento via oral, então estava liberada. Ele não aguentava mais me ouvir murmurando pelos cantos sobre sentir sua falta. — Ela riu. — Então decidi fazer essa surpresa, com a ajuda dos meus assistentes. Afinal, você realmente acha que o Daniel e o Lando ficariam de boa sem notícias nossas?

— Com certeza não. Eles provavelmente teriam pegado os carros da pista e pilotado até Mônaco. — Ela ri. — Mas eu chegaria primeiro, afinal, eu seria mais esperto e iria de jatinho. — Sua risada ecoou pelo quarto até que mencionei meu jato, e sua expressão mudou. — Meu jato não estava com problema, né?

— Não, nada disso. Eu precisava muito vir, então pedi para o Horner resolver tudo para mim. — E ela pisca para mim.

Seus olhos encontraram os meus com uma expressão de gratidão e ternura, e eu senti meu coração se aquecer diante daquele olhar.

— Eu precisava vir, Max. — Ela disse suavemente, sua voz carregada de emoção. — Estava me sentindo sufocada lá no hospital, longe de você. Eu sabia que precisava estar aqui, ao seu lado.

Seus dedos encontraram os meus, entrelaçando-se com delicadeza enquanto ela falava. Senti a conexão entre nós se fortalecer ainda mais naquele momento, como se nossas almas estivessem se unindo em um só sentimento de amor e proteção mútua.

— Eu não podia mais esperar para te ver, para te abraçar. — Ela continuou, seus olhos brilhando com uma mistura de emoções. — Eu só queria estar perto de você, Max. Isso é tudo o que importa para mim.

Eu a puxei suavemente para mais perto de mim, envolvendo-a em meus braços com ternura. Era reconfortante tê-la ali, ao meu lado, depois desses dias de preocupação e incerteza.

— Ganhei a corrida pela gente. — Sussurrei em seu cabelo. — E precisamos discutir sobre você mudar esse sobrenome logo.

Ela se afastou, visivelmente confusa com minha afirmação.

— Eu estava quase entrando com um processo contra o hospital por não me passarem notícias suas. Isso porque você não é considerada parte da minha família. — Expliquei, enquanto ela ainda parecia não entender. — O que estou tentando dizer é que precisamos nos casar. Assim, você muda o sobrenome logo, porque acho uma falta de respeito...

Não consegui terminar minha frase, pois suas mãos pequenas tamparam minha boca abruptamente.

— Você disse casar? — Ela perguntou, com os olhos arregalados. Assenti. — Casar? Com véu, grinalda, toda de branco?

Mais uma vez, concordei, vendo um sorriso surgir em seu rosto.

— Oh, Max... — Ela começou, antes de me acertar um tapa brincalhão no braço. — Você acha que vai ser assim o meu pedido de casamento? Não mesmo, querido, não vai! E nem pense em algo elaborado, como um jantar em um iate com uma caixinha preta. — Ela imitou minha voz, provocando uma risada quase escapar de mim. — Precisamos mudar seu sobrenome. — Ela repetiu, me imitando. — Faça o pedido direito, senão a resposta será não!

Olho para Giulia, percebendo que ela estava falando sério, mas ainda assim, havia um brilho travesso em seus olhos. Me aproximou dela, segurando delicadamente suas mãos.

— Está bem, então. — Eu digo com um sorriso brincalhão. — Giulia Salvatore, você se casaria comigo e me ajudaria a mudar esse sobrenome incômodo?

Giulia riu, mas ela me da outro tapa em resposta.

— Vai a merda. — Ela respondeu com um sorriso radiante.

Faço uma pausa dramática, como se estivesse preparando o pedido perfeito.

— Giulia, minha querida, minha companheira de vida, você faria a honra de se casar comigo e me ajudar a resolver esse problema do sobrenome? — Pergunto, com um toque de seriedade em minha voz, mas seus olhos ainda brincavam.

Giulia fingiu pensar por um momento, antes de finalmente responder:

— Eu vou te dar outro tapa!

The Contract • Max Verstappen Onde histórias criam vida. Descubra agora